Havia se passado um mês desde que Gael fora contratado, havia sido um mês de altos e baixos.
Dias em que Ravier fora um chefe normal, como todos os outros e dias em que ele estava como um demônio furioso.
Ele já conseguia identificar os dias que seriam bons dos ruins, apenas pelo modo como Ravier caminhava até a sua sala quando chegava.
Hoje seria o dia em que os médicos do plano determinariam todo o tratamento de sua mãe e ele estava ansioso, por isso, quando Ravier apareceu e ele viu que o chefe estava soltando fogo pelas ventas, ele segurou a onda, hoje ele teria que ser o profissional exemplar.
Naquela manhã Ravier estava irritado, era mais uma noite em que ele sonhou com o seu assistente. Ele já até havia perdido as contas de quantas vezes ele possuiu Gael nos seus pensamentos.
Ele havia chegado a uma conclusão, estava obcecado, não havia outra explicação. Ele já esteve assim uma vez, no entanto, quando ele tentou se aproximar desse rapaz, houve uma tragédia e o objeto do seu desejo acabou morto.
Havia sido um acidente, mas Ravier se culpou por toda uma vida.
Ele já havia se livrado de seus sentimentos, mas parece que Gael está trazendo tudo à tona.
Irritado até mesmo com a eficiência de Gael, Ravier pegou a xícara de café que o esperava na ponta da mesa e a jogou no lixo.
Gael não veio trazer a agenda, só mandou uma mensagem quando chegou a hora da reunião de Ravier.
Ravier já havia se controlado o suficiente para participar da reunião sem se vir em suas calças e ficar envergonhado.
Quando se dirigiu para a sala de reunião ele andou apressado, não queria nem por um decreto, ter Gael andando em sua frente, ele sempre olhava um ponto específico em sua nuca que o fazia ter vontade de morder ali.
Assim que a reunião terminou Ravier foi diretamente para seu escritório, foi um verdadeira tortura. Gael se sentou bem dentro do seu campo de visão. Manteve sempre os olhos concentrados no tablet onde fazia o relatório da reunião. De tempos em tempos ele apertava uma caneta em sua mão, mesmo que ele não escrevesse nada em um papel, parecia apenas um gesto inconsciente, a única coisa que demonstrava que ele estava nervoso.
Ravier queria muito saber, no entanto, ele se recusa a perguntar qualquer coisa para Gael, ele quer ter o mínimo de interação.
Já era meio da tarde e Ravier estava em seu escritório, concentrado em seus papéis. Foi quando Gael anunciou a presença de sua mãe, Dona Majotie, seguido do anúncio de que ele sairia mais cedo por causa de uma das consultas de sua mãe.
Ele realmente admira o amor que Gael tem por sua mãe, ele se esmera muito na tarefa de cuidar dela.
Dona Marjorie como sempre elegante e imponente entrou na sala do filho, ela parecia ter um sorriso especial.
— Olá mãe.
Ela apenas acenou para Ravier e começou a dizer.
— Confesso que Felicit tinha razão, um assistente homem conferiu um ar mais profissional a este escritório. Às secretárias ficavam sempre tentando me agradar na esperança de chamar sua atenção, era realmente irritante.
Ravier pensou desanimado, pelo menos aquelas mulheres não o faziam ter reações tão inapropriadas como seu atual assistente faz.
— Pode ser.
— Por que você está desanimado querido? O rapaz não é um bom profissional?
— Sim ele é.
Como Ravier estava desanimado, sua mãe o interpretou mal.
— Não vai me dizer que você está triste por ter mudado sua assistente?
— Claro que não, nada disso me importa.
— Então qual o problema filho? Tem uma noiva linda, que lhe ama. Os negócios vão muito bem, diz-me o que lhe falta?
Um nome surgiu na mente de Ravier, "Gael".
— Não me falta nada mãe, mas eu também não estou contente em casar-me.
— Você tem outra pessoa no seu coração?
— Eu não tenho ninguém mãe, nem mesmo Felicit.
— Como você pode dizer-me isso filho?
Ravier se levantou da cadeira e disse para sua mãe:
— É A verdade mãe, todos que se aproximam de mim, tem algum interesse. Ninguém me enxerga pelo que sou.
A conversa seguiu com Marjorie tentando convencê-lo do contrário, mas isso não aconteceu.
Gael saiu fascinado com Marjorie, ela é uma mulher muito distinta, chique e elegante.
Mas, logo em seguida, ele concentrou-se totalmente na sua missão, levar a sua mãe ao médico.
Desde o momento em que eles chegaram, até o momento em que eles saíram o tratamento foi completamente diferente.
Foram recebidos por uma recepcionista muito simpática, que os levou a uma sala de espera muito confortável. Ofereceram uma cadeira de rodas para que a mãe dele pudesse se locomover pelo hospital. O médico e todos os profissionais foram muito atenciosos.
Eles saíram dali com toda a agenda do tratamento e com todas as datas marcadas, tudo organizado.
Quando estavam no caminho de casa, Dona Íris disse ao filho:
— Meu amor, eu nem sei como agradecer tudo o que você está fazendo Por mim.
— Eu não estou fazendo nada demais mãe. Isso é tudo o que você mereceu desde o começo, esse tratamento.
— Mas, a que preço meu filho. Eu vejo que você está triste. Eu prometo que vou fazer de tudo para ficar curada logo, quem sabe você pode voltar para a universidade.
— Isso não é mais para mim mãe.
— Como não filho? Você não pode desistir dos seus sonhos.
— Eles morreram, a vida real é essa que estamos vivendo.
— Conviver com aquele homem te faz mal.
— Ravier Valente não tem nada com isso mãe.
— Como não filho? Ele está sugando a sua vida lentamente.
— Eu não quero mais falar sobre isso, estou fazendo o que é preciso, o resto eu vejo depois.
Gael não queria brigar com a mãe, então ele adotou o silêncio a partir daquele momento.
Antes de dormir ele foi até o quarto da mãe, lhe deu o medicamento e disse que lhe amava e depois a colocou na cama.
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Atualizado até capítulo 107
Comments
Da Silva Lopes Clinger
precisa matar seu sogro antes kkk a sogra vc dobra fácil
2024-09-28
0
Da Silva Lopes Clinger
que fofo Jajá vc vai pra faculdade bb
2024-09-28
0
🌟OüTıß🌟
meu Deus....
É muito amor msm
2024-07-06
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