Quando Gael estacionou o carro na vaga de que ele tinha saído mais cedo, ele sentiu seus músculos relaxarem.
— Realmente está dando-me este carro?
— Eu não vou repetir-me Gael, faça bom proveito.
Dizendo isso ele deixou Gael ainda no carro e saiu, mal ele colocou os pés para fora, Felicite se jogou em cima dele.
— Querido, onde você estava?
Ravier tirou os braços dela de cima dele e irritado, disse:
— O que você quer Felicite? Por que está aqui?
— Nossa Ravi, eu só estou com saudades.
— Você me viu hoje de manhã.
Ela fez beicinho e disse de uma maneira melosa:
— Sim, mas nós brigamos e eu não suporto saber que você está bravo comigo.
— Eu não estou bravo, agora você pode ir.
— Por que me trata assim? Será que só uma vez você poderia ser carinhoso?
— Eu tenho mais o que fazer Felicite, o mundo não gira em torno de você.
Gael se manteve dentro do carro, ele não queria deter na vida de Ravier, de dentro do carro não dava de escutar muita coisa, até porque o motor ainda estava ligado e as janelas fechadas, mas os noivos pareciam estar brigando.
Em um ato desesperado para chamar a atenção de Ravier, Felicite disse:
— Ravier, se me deixar aqui, pode considerar o nosso noivado desfeito.
Ravier nem sequer olhou para trás, ele estava farto dos ataques e carência de Felicite, se ela queria acabar com isso, um tanto melhor.
Depois que Ravier deixou sua noiva no estacionamento, Gael saiu do carro, ele sabe muito bem como é ser alvo das grosserias do chefe, então ele pensou em consolar Felicite, que chorava convulsivamente, enquanto seu noivo, ou melhor, ex-noivo entrava no elevador, com uma expressão impassível, como se nada tivesse acontecido.
Gael se perguntou o quão duro o coração desse homem pode ser. Ravier saiu dali muito aliviado, aquilo fora a melhor coisa que lhe aconteceu em muito tempo.
O secretário, pegou um lenço no bolso do terno e o estendeu para Felicite.
— Aqui senhorita.
Ainda com o rosto lavado por lágrimas, ela levantou o olhar para ele e disse:
— Quem você pensa que é para me consolar? Vai cuidar da sua vida, seu pobretão.
Nesse momento, sua expressão era tão fria e desdenhosa, que Gael se perguntou se ela esteve chorando de verdade em algum ponto.
Felicite deu um tapa na mão de Gael que ainda segurava o lenço, a força que ela usou foi o bastante, para arranhar as costas da mão dele.
Ao ver que tinha causado algum dano nele, Felicite enxugou suas lágrimas falsas e como se nada tivesse acontecido foi embora.
Ela não precisava chorar agora, somente quando estivesse com Marjorie, ela com certeza não deixaria Ravier desfazer esse noivado.
Quando chegou no andar da presidência, Gael foi direto para o banheiro, atrás de um kit de primeiros socorros, as unhas de Felicite pareciam unhas de gato, pois mal ela o feriu, ao redor do ferimento começou a inchar.
Ao voltar para sua mesa, o telefone soou, era Ravier queria que ele lhe levasse alguns documentos.
Gael foi até o arquivo e procurou pelos documentos que Ravier solicitou e os levou para ele.
Como sempre, Ravier estava bastante concentrado na tela em sua frente, só quando Gael depositou os documentos na mesa, ele notou que a mão dele estava com um curativo, foi que ele parou com seu trabalho.
Está muito curioso para saber o que aconteceu, pois, a menos de uma hora, ele deixou Gael no estacionamento e ele estava muito bem.
Ravier não se conteve, puxou a mão de Gael e perguntou:
— O que foi isso?
Gael se surpreendeu com o toque de Ravier e tentou puxar a mão, no entanto, o chefe não permitiu que ele se soltasse.
— Não foi nada.
Essa atitude humilde de Gael irrita muito Ravier. Ele é um idiota por acaso? A certeza que ele teve, foi de que Gael não diria nada, então ele o soltou e disse:
— Eu tenho meus meios de descobrir.
— Precisa de mais algo Sr. Valente?
Com a expressão fechada e novamente concentrado no seu trabalho, Ravier não respondeu e Gael sabia ser a sua hora de sair dali.
Depois que Gael saiu, Ravier acessou o sistema de segurança da garagem. Olhou as gravações e viu exatamente o que aconteceu. Aquilo não o surpreendeu nem um pouco, Felicite é uma psicopata, só os seus pais não enxergam isso, pois estão desesperados por vê-lo casado.
Como é de seu costume, Felicite foi imediatamente chorar no colo de Marjorie.
— Eu queria tanto você como mãe, mas o Ravier está disposto a impedir isso de todas as maneiras.
— Acalme-se querida, eu e o meu marido vamos resolver isso.
— Se eu disse que rompia o nosso noivado, foi apenas pelo fato de Ravier ignorar-me totalmente. Eu sinto que dou tudo de mim para essa relação, enquanto ele só quer me afastar, mais e mais.
Depois de cada fala que ela ensaiou a caminho dali, Felicite rompia num choro desesperado.
Marjorie estava muito comovida pelo sofrimento dela e nesse momento já pensava que ela e o marido teriam que conversar seriamente com Ravier, ele não pode fazer isso com uma moça tão boa.
Felicite soltava fogos de felicidade por dentro, ela sabia que depois dessa manipulação, com certeza os pais de Ravier o pressionariam a se casar o mais rápido possível.
A família de Felicite está a ponto da falência e ela tem que conseguir esse casamento antes que seja tarde demais.
Assim que Felicite partiu, Marjorie foi na empresa do marido e ambos decidiram que teriam que ter uma conversa séria com Ravier e o pressionar a se casar o mais rápido possível com Felicite. Eles empenharam a sua palavra com o pai dela, ele não poderia os fazer passar essa vergonha agora.
Quando Ravier chegou ao estacionamento para ir embora, ele observou o carro dos pais. Todos os funcionários já partiram, com o estacionamento vazio foi fácil identificá-los. Ele aproximou-se da janela traseira, o vidro abaixou e o seu pai disse:
— Entre no carro, agora.
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Atualizado até capítulo 107
Comments
🌟OüTıß🌟
okay...eu realmente estou questionando ainda mais o caráter dela
2024-07-06
3
Elenilda Soares
hurum 😁 😁
2023-12-18
3