Capítulo 02

A fazenda Toledo era realmente fascinante. A casa branca, com portas e janelas na cor azul marinho, possuía mais de 20 suítes e ficava em cima de uma imensa colina verdejante. Um caminho de paralelepípedo, ladeado por árvores frutíferas, levava até a entrada principal da casa, onde o senhor Toledo já aguardava Pedro ansioso. Uma criança, um pouco maior que Marina, estava ao lado dele aguardando a entrada de ambos os visitantes.

- Bom dia sr. Toledo. - Pedro falou apertando a mão de homem assim que se aproximou. - Essa é minha pequena\, Marina.

- Bom dia Pedro. Que jovem mais linda. - Respondeu sr. Toledo encantado com Marina\, passando a mão na cabeça da menina. - Esse aqui é meu filho Paulo.

Paulo era dois anos mais velho que Marina. Um menino bastante agradável e educado, que sempre passava as férias com a família na fazenda. Ambas as crianças trocaram apertos de mão, seguindo exemplo dos adultos, e entraram para dentro da fazenda.

Sr. Toledo e Pedro teriam uma reunião para tratar da contratação do pai de Marina como novo administrador da fazenda. Dessa forma, eles seguiram para o escritório.

- Paulo leve Marina para ver seu piano. Você pode ensinar alguma música para ela. - Sugeriu sr. Toledo ao mesmo tempo que entrava com Pedro no escritório.

- Está certo\, papai. - Paulo respondeu educadamente. - Vem comigo Marina. - Convidou Paulo estendendo a mão para que Marina pudesse segurá-la. Receosa\, Marina segurou a mão dele\, que imediatamente a puxou\, correndo em direção a sala de piano.

- Não corra dentro de casa! Você sabe que sua mãe não gosta\, Paulo. - Sr. Toledo balançou a cabeça num gesto negativo. - Crianças! Cynthia\, minha esposa\, morre de medo que Paulo escorregue nesses tapetes. Eu já mandei retirá-los\, mas ela insiste em manter essa decoração aqui na fazenda.

- De fato sua casa é belíssima sr. Toledo. - Elogiou Pedro.

- Pare de me chamar assim. Pode me chamar pelo meu primeiro nome\, Sidney. Não sou muito adepto a essas formalidades. - Sidney falou sorrindo.

- Claro\, como você preferir. - Pedro respondeu.

Sidney pediu que Pedro se sentasse em uma cadeira em frente a mesa dele e a reunião começou. Ele explicou a Pedro todo funcionamento da fazenda, que entendeu tudo rapidamente. Administrar aquela fazenda seria muito simples para Pedro por maior que ela fosse. Enquanto isso, Marina e Paulo se conheciam na sala de música.

- Posso tocar alguma música para você? - Perguntou Paulo. - Algumas crianças não gostam de piano. Preferem brincar lá fora. Já que você é uma visita\, eu vou deixar você escolher.

- Minha mãe também toca piano\, mas não temos um em casa. Eu quero ver você tocar sim. - Pediu Marina.

Em seguida, Paulo começou a tocar lindamente. Ele tinha 11 anos e começou a ter aulas de pianos aos 08. Marina observava a cena deslumbrada. Ela também queria aprender a tocar. Assim que ele terminou de tocar aquela sonata, Marina começou a bater palmas com os olhinhos brilhando.

- Eu tenho aulas de piano\, durante as férias\, você pode vir participar das minhas aulas. Quando eu não estiver aqui\, você também pode usar meu piano. Venha com sua mãe. - Paulo tinha gostado de Marina de cara e foi muito gentil com ela.

Naquele dia, começava uma linda amizade que duraria alguns anos.

DIAS ATUAIS.

O sol de meio dia estava extremamente quente. O vento completamente parado, deixava o ar ainda mais abafado e as copas das árvores pareciam estátuas sem nenhum movimento. Com pês descalços, Marina saiu correndo pelo píer de madeira e pulou dentro do enorme lago para se refrescar. Seu amigo de infância, Paulo, pulou em seguida logo atrás dela. Ambos emergiram da água logo após o mergulho.

- Sua mãe vai ficar louca se ver você assim. - Paulo ria do estado de Marina. Toda molhada\, desgrenhada\, nadando no lago de roupa e tudo. - Pelo menos você tirou os sapatos.

- Não reclame\, Paulo. Hoje está muito quente e você fez mesma coisa. - Ela observou olhando firme para ele.

- Mas eu sou homem. - O tom de voz de Paulo era o mesmo que a mãe de Marina usava para chamar atenção dela.

- Você tem razão\, mas não fale nada disso a mamãe. Eu estava derretendo de tanto calor e quando voltarmos para casa\, minhas roupas já estarão secas.

Marina estava agora com 19 anos e Paulo 21. Ela tinha se tornado uma moça lindíssima. Há amizade deles já durava 10 anos e mesmo com a distância, pois Paulo só conseguia vir para fazenda nas férias e nos feriados, eles continuaram extremamente ligados.

PAULO

Paulo era apaixonado por Marina secretamente. Cynthia, mãe de Paulo, já tinha observado a paixão dele pela jovem e fazia de tudo para mantê-los separados. Ela gostava de Marina, mas julgava que a jovem, que cresceu no interior, não era digna do seu filho. Por mais bela, inteligente e estudada que Marina fosse, ela já tinha 19 anos e não tinha pretensão de ir para universidade. Não que ela não tivesse interesse, não era esse o caso, mas Marina sabia das condições financeiras de seus pais e jamais iria impor aquela vontade a eles. Ela já teve uma educação bem acima de média dos locais. Tocava piano lindamente e falava 04 idiomas com fluência.

Apesar de ter a mesma elegância e o jeito sofisticado da sua mãe, o desejo de Marina era ter um casamento feliz, como o do seus pais, que sempre se amaram, e continuar morando naquela pequena cidade.

Definitivamente, não era aquilo que Cynthia desejava para seu filho, que no momento, cursava a universidade de administração. Ela tinha feito de tudo para que seu filho tivesse ido morar fora, para estudar numa universidade mais famosa, mas por causa de Marina ele não quis. Apesar de tudo, Cynthia não desistia fácil.

Usando um vestido de linho branco, que no momento estava ensopado, Marina saiu do lago para espremer a água da roupa. Se estivesse sozinha, ela tiraria o vestido para que ele secasse, mas como estava com Paulo, ela não faria isso.

- Marina\, eu preciso falar uma coisa com você. - Paulo tinha saído do lago também e estava logo atrás dela.

- O que é? - Ela ficou de frente para ele sorrindo. Por conta da água\, Paulo podia ver o contorno do corpo de Marina\, pois o tecido branco\, molhado\, estava transparente e colado ao corpo dela. - O que é? - Ela falou mais uma vez fazendo com que ele encarasse seus olhos.

- Eu vou ter que estudar fora durante 1 ano. - O tom de voz de Paulo era triste.

- Sério?! - Marina respondeu surpresa ainda sem saber o que achava daquela notícia inesperada. - Mas isso vai ser maravilhoso para você. - Ela falou insegura. - Sua mãe sempre quis que você fosse cursar a universidade fora do país.

- Sim. Estou fazendo isso por ser um pedido de mamãe\, mas não vou fazer meu curso fora. Como falei\, será por 1 ano. - Paulo tinha vontade de responder que era por causa dela que ele não ia\, pois ia sentir falta de Marina demais. - Você não se importa de ficar todo esse tempo sem me ver? - Indagou ele com esperança de que Marina sentisse o mesmo que ele sentia.

- Claro que me importo e que vou sentir saudades. - Marina tentava disfarçar a tristeza. Paulo era seu melhor amigo e eles nunca passaram tanto tempo sem se ver. - Mas vai ser fantástico para você e nós podemos nos falar todos os dias pelo celular. - Ela tentava se mostrar alegre\, mas se sentiu abandonada por Paulo. Ele como sempre cedia aos caprichos da sua mãe.

- Eu quero que você me prometa uma coisa. - Pediu Paulo se aproximando de Marina. - Você vai esperar minha volta. Certo? - Paulo abraçou Marina colando seu corpo ao dela.

Antes, que ela pudesse responder qualquer coisa, Paulo colou sua boa a dela, invadindo-a com sua língua, num beijo apaixonado. Marina, que nunca tinha sido beijada daquela forma, ficou sem reação, mas acabou cedendo ao beijo intenso dele. Ela já tinha sido beijada antes, por um rapaz da cidade, mas quando contou para Paulo, ele a repreendeu falando que ela não podia sair beijando qualquer rapaz. De repente, Paulo deslizou a mão até a bunda de Marina, apertando-a contra seu corpo e ela sentiu o membro dele firme.

Assustada, Marina reagiu na hora, levando as duas mãos ao peitoral de Paulo para empurrá-lo com força.

- O que você pensa que está fazendo?! - Exclamou Marina extremamente ofendida e com raiva.

- Eu acho que você sabe\, Marina. - Paulo respondeu tentando se aproximar dela novamente\, mas Marina saiu correndo assustada.

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Comments

Silvaneide Ágatha

Silvaneide Ágatha

tadinha 😢

2024-12-05

0

Silvaneide Ágatha

Silvaneide Ágatha

que idiota

2024-12-05

0

Silvaneide Ágatha

Silvaneide Ágatha

que machista 🤬

2024-12-05

0

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