Capítulo 08

Desistindo de qualquer contato com Paulo, uma semana depois, Marina acabou se mudando para seu país de origem. O voo foi bastante longo e cansativo. Ela perdeu duas conexões e por conta disso chegou bem depois do horário previsto. Victor tinha deixado um motorista para pegar Marina no aeroporto, mas devido ao grande atraso na chegada dela, eles não se encontraram e ela acabou ficando sozinha no aeroporto.

Era por volta de dez horas da noite, quando Marina desembarcou. Ela tentou ligar para Victor, mas o sinal do celular dela não estava funcionando naquele país. Dessa forma, para não continuar sozinha, esperando, ela resolveu pegar um táxi para o endereço que Victor havia fornecido.

Marina vestia roupas simples, estava com olheiras de cansaço e bastante exausta da viagem, quando chegou ao seu destino. O taxista ajudou a tirar as malas do carro e colocou no terraço da porta principal da enorme mansão.

MARINA

- Tem certeza de que é aqui que seu tio mora\, moça? - Indagou o taxista olhando para Marina dos pés a cabeça.

- Esse foi o endereço que ele me deu. - Marina respondeu insegura. Será que estava na casa errada?

- Eu posso esperar um pouco até que alguém apareça. Se não for esse o endereço\, vai ser bem difícil você conseguir outro táxi\, aqui\, a essa hora.

Concordando com motorista, Marina bateu na porta e esperou que alguém viesse abri-la. Já estava tarde e aquele não era o horário ideal para chegar na casa de ninguém. Sem resposta, Marina bateu novamente.

- Meu deus do céu! - Uma morena alta\, bastante elegante e sensual\, abriu a porta para Marina. - Você sabe que horas são para chegar assim batendo\, várias vezes\, na casa dos outros?

- Desculpe\, mas meu voo atrasou bastante e eu ...

- Empregados devem entrar pela parte dos fundos da casa. - Interrompeu a antipática mulher.

- Mas eu não sou empregada. - Respondeu Marina. - Eu gostaria de saber se o senhor ...

- Que discussão é essa na minha porta a essa hora da noite? - Um homem alto\, de cabelos escuros e olhos azuis\, perguntou interrompendo Marina mais uma vez.

- Essa mocinha. - A mulher falou com desdém se agarrando ao homem. - Estava batendo. Eu já disse que empregados devem entrar pelos fundos da casa.

- Desculpe pela hora\, mas acho que está acontecendo um mal-entendido aqui. - Marina se adiantou em falar\, um pouco constrangida pelo olhar intenso do estranho sobre ela. - Meu nome é Marina. Eu preciso saber se essa é a casa do senhor Victor?

- Mas que droga. - Respondeu o homem alto com um tom de voz gelado. - Você deveria ter chegado bem mais cedo. - Resmungou ele\, dispensando o motorista de táxi. - São quase uma hora da manhã\, isso é uma tremenda falta de educação. - Mais uma vez a frieza e grosseria eram claras naquele tom de voz.

- Eu sei\, mas meu voo atrasou bastante. - Marina se explicava novamente ainda na porta da casa\, quando de repente a ficha dela caiu. - Mas quem é você para me tratar dessa forma? Onde está o senhor Victor? - Marina engrossou o tom de voz. Estava bastante cansada\, triste e tinha vindo de muito longe para ser distratada daquela maneira por aqueles dois estranhos.

- Nossa! - Exclamou a mulher. - Ela tem garras\, Felipe.

- Vá chamar Jamila\, Renata. - Respondeu Felipe sem tirar os olhos de Marina. - Eu sei muito bem quem é essa jovem e de onde ela veio. - Assim que Renata\, a morena antipática\, se afastou Felipe se dirigiu a Marina. - Victor não está aqui. Deve chegar amanhã. Por enquanto\, você deve aguardar Jamila\, a governanta\, aqui na porta. Ela vai acomodar você. - Dito isso\, ele virou de costas e saiu\, deixando Marina sozinha\, plantada na porta.

Ela ficou de cara com a falta de gentileza daquele estranho. Estava muito frio ali e ele não a chamou para entrar. Mesmo assim, Marina não retrucou. O motorista de táxi já tinha ido embora e o melhor que ela podia fazer era esperar sem criar confusão. Quando encontrasse com Victor, ela ia contar tudo o que aconteceu e como tinha sido recebida.

Uma simpática senhora. baixinha e muito sorridente, apareceu junto com Renata. Ela já sabia tudo o que fazer e levou Marina para dentro.

- Venha por aqui\, menina. - Chamou Jamila cortando os pensamentos de Marina. - Eu sou a governanta da casa e vou levar você para o quarto que o senhor Felipe mandou arrumar.

- Quem é o senhor Felipe? Eu achei que essa casa era do senhor Victor.

- Ele é o rapaz que recebeu você na porta. Ele é o filho do senhor Victor.

- Filho... eu não sabia que o senhor filho tinha um filho. - Aquela resposta deixou Marina decepcionada. Ela tinha falado com tio Victor pelo telefone algumas vezes e ele fora extremamente simpático e gentil. Como ele podia ter um filho tão desagradável. Ela ainda teria que viver na mesma casa que ele. Isso não ia funcionar bem. Marina não estava disposta a continuar sendo tratada daquela maneira.

Jamila levou Marina para ala dos empregados, como Felipe já havia orientado. A casa era extremamente grande e organizada. Elas cruzaram a cozinha até chegarem em um longo corredor que dava para um pátio arborizado. No pátio, existiam várias portas que Marina entendeu que deviam ser quartos.

- Esse aqui será seu quarto e nessa outra porta aqui\, nós temos o banheiro. - Jamila falou mostrando os ambientes para Marina.

O quarto era bastante limpo e confortável. Tinha uma cama de solteiro com duas mesas de cabeceiras laterais. Um guarda-roupa alto, todo branquinho, mesa de estudo e uma televisão. O banheiro era todo em cerâmica branca, já tinha toalhas e alguns produtos de higiene. Marina ficou muito contente com tudo aquilo. Era uma moça simples e sem muitas exigências.

- Obrigada Jamila. Eu agora só quero tomar um banho e dormir.

- Claro\, Marina. Amanhã\, quando você acordar\, me procure para tomar seu café da manhã e assim que senhor Victor chegar\, eu aviso para que você possa falar com ele.

- Tudo bem. Boa noite.

Jamila se recolheu e Marina foi tomar banho, cansada da viagem. Precisava muito falar com senhor Victor para saber como seria sua vida naquele lugar. Foi muito ruim descobrir que aquele homem, Felipe, extremamente frio e antipático, era filho dele. Pela forma que ela foi tratada inicialmente, Marina percebeu que não devia ser bem-vinda ali. Ela não queria ser um peso. Ela tinha duas pernas e dois braços. Podia trabalhar para pagar um aluguel em um local onde não fosse maltratada.

Assim que terminou o banho, Marina colocou seu pijama e foi se deitar. A cama era confortável e macia e ela não demorou muito para ela pegar no sono.

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Comments

Suzy Bolos

Suzy Bolos

Nossa coitada,Marina não merece ser tratada assim,que ódio de vc Felipe, mas o que é teu tá guardado homem sem coração

2022-11-16

266

Euridice Neta

Euridice Neta

Coitada já chegou sendo destravada por um ogro frio e sem educação

2024-04-10

1

Maria Aparecida Alvino

Maria Aparecida Alvino

Felipe como que vc pode ser tão mal educado homem tratar uma dama desses jeito

2024-03-12

4

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