Se agarrando a esperança

Celina organizou duas coisas com cuidado e as de Ben, não queria esquecer alguma coisa e precisar voltar. Era claro que Ben passaria um bom tempo no hospital e ela precisava está preparada para tudo. Com tudo organizado, ela pediu um Uber e partiu para o hospital. Para sua surpresa, não havia ninguém para segurar ela dessa vez. Ao chegar no hospital, viu Diana agitada falando com Thiago e correu na direção deles dois.

— Aconteceu alguma coisa com meu filho? — Celina pergunta nervosa.

— Vamos acordar ele em alguns minutos para chegar se está tudo bem deixar ele acordado, caso vejamos uma alteração, vamos induzir ele ao coma por mais um tempo — Thiago respondeu pausadamente para que ela pudesse digerir cada palavra. Celina ao ouvir tudo aquilo conseguia compreender o motivo da agitação da sua amiga com o assunto.

— Caso ele acorde agora e esteja com o coração bem, poderá voltar para casa? — Celina perguntou esperançosa.

— Infelizmente não. No mínimo, vamos precisar monitorar ele por uma semana. Ele teve crises em um curto espaço de tempo, mesmo que tivesse sido totalmente estabilizado e medicado após elas. Então, precisando ter mais tempo de monitoramento para saber se haverá outras crises ou se dessa vez, ele realmente foi estabilizado. Talvez assim, possamos descobrir o gatilho que ativa suas crises. — Thiago explicou atencioso a reação de Celina.

— Está certo. Muito obrigada pela atenção e paciência com minhas várias perguntas — Celina agradeceu pensando o que faria.

— É o meu trabalho. Não se preocupe. Se precisar de algo ou qualquer pergunta, estarei a sua disposição. Só precisa avisar a enfermaria, caso eu não esteja por perto. — Thiago disse se despedindo, acenando enquanto se afastado.

— Diana, pode ir. Ficarei com ele hoje a noite. Amanhã você pode ficar duas horinhas com ele? Preciso resolver algo importante do trabalho e não posso deixar atrasar — Celina precisava conversar com Bianca e resolver tudo. Assim poderia se dedicar apenas ao filho sem correr risco de vida por um agiota louco, que também é um pai babão.

— Tudo que precisar amiga. Caso precise de mais tempo, posso ficar a tarde toda. — Celine concordou com a amiga. Não se preocupava em ter que cuidar de Ben, na verdade, até gostava da ideia.

— Você é maravilhosa! — Celina agradeceu abraçando a amiga com força. Diana era a amiga que sempre salvou Celina de todo caos que a rodeava. E agora, mais do que nunca, vai precisar do máximo de aliados possíveis nessa batalha.

Liberada por Celina, Diana foi para casa, estava caindo de sono, mal conseguia se manter de olhos abertos. Pediu a amiga a informasse a ela como tudo estava indo. E deixou claro, que deveria ligar para ela, se tivesse necessidade independente da vida. Quase uma hora depois que Diana saiu, Thiago volta para o quarto acompanhado de alguns enfermeiros.

— Então, Celina. Vamos indicar a retirada dele do coma. Eu já expliquei como tudo funcionava, estamos torcendo que ele esteja bem e possa ficar fora do coma. —Thiago informou enquanto as enfermeiras se preparavam.

— Sim, eu também estou. a expectativa, mas que seja tudo da vontade de Deus. Se ele tiver que ficar mais uma semana e ficar bem, isso é o melhor a se fazer. Uma vez me disseram que nem sempre o que queremos é aquilo que realmente precisamos. Então deixarei na mão de quem tem todas as respostas — Celina disse. Ela não era do tipo religiosa, mas aquele momento, sabia que a única coisa que podia se apegar era a Deus.

Thiago fez sinal para começarem o procedimento, enquanto ele estava prestando atenção nas maquinas. Finalmente Ben estava acordado, Celina alisava de leve sua cabeça, ele ainda parecia sonolento. Thiago faz álbuns exercícios nos braços e pernas ele. Na mesma hora Ben começa a ficar agitado, as máquina começam a apitar. Thiago na mesma hora aplica uma medicação, fazendo as máquinas se calarem um tempo depois, outra medicação é inserida, Celina viu aos poucos seus filho adormecendo novamente.

— Como você percebeu, com pouco movimento seu coração está sobrecarregando. Será melhor que se mantenha em como até está forte o suficiente para conseguir fazer movimentos simplesmente sem que seja problemático para sua saúde. — Thiago voltou a explicar com cuidado. Tinha total certeza que não era uma informação que uma mãe gostaria de receber.

— Então daqui a uma semana tentando novamente? Ou durante a semana haverá alguns outros testes? — Celina perguntou querendo se preparar para o que viria de verdade durante a semana.

— Não, vamos tentar apenas após sete dias, não fará nem a ele várias crises durante a semana, na verdade, possível que até atrase sua progressão, fazendo com que ele demore ainda mais para ficar estável. — Thiago explicou. Sabia que o Ben era um bebê, que não podia forçar o seu coração tantas vezes.

— Você está certo. Obrigada. Vamos esperar e dar tempo ao tempo. Dizem que ele é o melhor remédio. No caso do meu filho, o único remédio, então vamos assistir sua recuperação grandiosa que será em alguns dias. — Celina estava decidida que não mrorerria mais de véspera. Enquanto fosse dada esperança para ela, se agarraria dele e não soltaria mais.

— Bom, está na hora da minha soneca, preciso dormir um pouco já que estou de plantão. Indo que faça o mesmo. Nada deve acontecer, ele estará apenas dormindo em toda a semana. Descanse um pouco. Se algo acontecer, as enfermeiras me chamam. Até mais tarde — Thiago se despediu.

Thiago após sair, foi diretamente da enfermaria, pediu que tivesse cuidado redobrado com Ben e fossem com frequência em seu quarto. Para ele, Celina era uma mãe muito nova e que não tinha tanta experiência, ela precisava de ajuda. Enquanto isso, Celina acariciou seu filho um tempo, o sono acabou consumindo ela, que adormeceu segurando a mãozinha pequenina do seu bebê.