Capítulo 15

...Harry...

Chegamos no abrigo, Ian está podre de cansaço. Coloco ele na cama, não demora muito para ele dormir.

— Nunca imaginei que fosse ter ajuda com o bebê. — Isis fala quando eu sento na cadeira da mesa.

— Eu gosto demais dele. Eu também nunca imaginei que teria contato com criança tão cedo. — Falo olhando seu rosto, seus hematomas estão menos evidente.

— Muito obrigada por me acompanhar até a casa da minha irmã.

— Não precisa me agradecer, adorei passar mais tempo com você. — Falo e ela me dá uma risada. — O que foi? — Pergunto, ela para de rir e me olha com um sorriso nos lábios.

— É besteira, foi só o que minha irmã falou. — Ela fala se levantando e eu acabo fazendo o mesmo que ela.

— O que ela disse? Agora estou curioso. — Pergunto.

— Ah nada, é coisa da cabeça dela, ela disse que você estava gostando de mim, mais do que amiga. Olha para você vê, como é engraçado. — Ela da outra risada. Sua risada é tão linda, que vibra meu coração. — Porque você não tá rindo? Não é engraçado, eu diqsse que ela estava maluca.

— Porque não é coisa da cabeça da sua irmã. Eu realmente quero você mais que uma amiga. — Falo olhando em seu olhos, ela vai parando aos poucos de rir.

— Não é possível, é alguma brincadeira de mal gosto. — Ok, não era essa reação que eu esperava.

— Porque?

— Eu já aprendi a muito tempo que pessoas como você, não se envolve com pessoas como eu.

— Ah para né Isis, só porque você se envolveu com o miserável do João, não significa que todos irão te tratar como ele. — Pego suas mãos. — Eu sei que você ainda não está preparada para assumir um relacionamento. Sei disso, eu estava esperando passar tudo isso, para dizer algo a você.

— E aquela mulher que está nos seus pensamentos?

— Você não sacou que era você? Era de você que eu falava, é você que tem dominado meus pensamentos, você está nele quando acordo, até a hora de dormir é em você e no Ian que deu penso.

— Eu não sei o que dizer.

— Que tal não dizer nada? Em vez disso, me deixa fazer algo que estou sonhando desde o dia que a vi pela primeira vez?

— O que?

— Te beijar. — Envolvo seu corpo em meus braços. — Essa é a hora de você me afastar, Isis. — Falo próximo a sua boca, Isis não faz nada, então eu envolvo minha mão em sua nuca, trazendo sua boca próxima a mim, beijo seus lábios, e peço passagem com a minha língua. Isis. no começo parece perdida até ela entrelaçar seus braços em meu pescoço, sua língua se encontra com a minha. Paramos de nos beijar para respirar, encostamos nossas testas uma na outra.

Vou começar a falar quando ouço meu celular tocar.

— Alô. — Atendo ainda com meus braços na cintura da Isis.

— Harry tem algo errado, estou sentindo uma dor estranha. — Francine diz parecendo nervosa.

— Como assim, você está bem? — Pergunto, acabo chamando a atenção da Isis, que me olha alarmada.

— Eu estou mas tô com medo, pode vim aqui? Acho que é o bebê. — Francine diz e eu olho para a Ísis, não queria ter que deixá-la contudo pode ser algo urgente então só por isso eu tomo a decisão de ir.

— Ok, chego aí daqui a pouco. — Falo e desligo o celular.

— O que houve? — Isis pergunta.

— Francine diz que não está bem, ela acha que é algo com o bebê. — Falo e guardo o celular no bolso.

— Então é melhor você ir.

— Ok, eu vou porém a gente ainda vai conversar sobre nós. — Beijo seus lábios e deixo um beijo na testa do Ian.

............

Quando eu chego na Francine, aperto a campainha e ela parece estar bem, entro na casa dela

— Vamos, vou te levar ao hospital. — falo para a Francine.

— Não precisa, acho que é uma dorzinha a toa.

— Que não o que. Vamos sim, o médico aproveita e vê se está tudo bem com o bebê.

— Sei não Harry, não é também como se eu tivesse sangrando.

— Francine eu estou te estranhando. Me liga preocupada pedindo para vim até aqui, que está com medo de ser algo com o bebê, e quando eu resolvo levar você ao hospital, você decidir não ir.

— Aí calma Harry, só acho desnecessário ir sendo que amanhã eu tenho consulta.

— Não Francine, amanhã pode ser tarde demais. Vamos hoje, vem eu vou te levar. — Por fim Francine concorda e vai se arrumar para ir ao hospital.

Eu fico na sala aguardando, depois de alguns minutos minha ex namorada aparece na escada, porém assim que ela põe o primeiro degrau, ela se desequilibra e cai da escada, ela vai rolando degrau por degrau.

— Francine você está bem.

— Aí, está tudo doendo. — Ajudo ela a levantar, pego ela no colo e coloco ela no carro indo para o primeiro hospital.

Ao chegar no locar, Francine passa na frente por ser emergência, o médico lhe atende enquanto eu aguardo aqui na recepção.

Uma hora depois eu vejo o médico.

— Família de Francine avilar.

— Sou eu, eu sou o ex dela.

— A senhorita Francine está bem, quebrou apenas um braço, mas.esta tudo bem com ela, inclusive, ela já pode ir embora

— Mas e o bebê?

— Que bebê? Ela está grávida?

— Sim, é recente ainda.

— Eu não vi sinal de bebê nenhum, mas vamos fazer um ultrassom, como você disse que é recente, por isso pode ter passado despercebido por mim. Você pode assistir se quiser, é o pai do nenê?— Eu afirmo e acompanho ele até a sala, ele explica para Francine que irá fazer um ultrassom, para ver como está o bebê. Francine parece nervosa.

— Então vamos lá, quanto tempo mais ou menos?

— A gente ainda não sabe. — Respondo a pergunta só médico.

— Certo, aqui está o útero e está limpinho sem feto ou embrião ai dentro.

— Tem certeza doutor, será que ela não perdeu? — Pergunto.

— Impossível, ela não chegou com sangramentos, nem algo que denunciasse um aborto.

— Mas ele pode ser ainda pequeno demais para o ultrassom? — Pergunto.

— Não, por mais que o embrião não aparecesse existiria pelo menos o saco vitelino.

— Então você está me dizendo que ela não está grávida? — Pergunto nervoso

— Sim meu jovem.

— Ok obrigado.

— Harry...

— Você fica quieta. — Pego uma nota de cinquenta e dou a ela. — Para o seu táxi.