Capítulo 16

Uma semana depois...

...Isis...

Harry desapareceu, eu fiquei preocupada com ele, liguei várias vezes mas ele não me atendia, cheguei até falar com o Thiago, mas o mesmo dizia que era tarefa demais na delegacia, talvez ele não tivesse tido tempo para falar comigo.

Poxa, pode até ser isso, mas ele não me avisar, estou chateada com ele.

Termino de fazer o Ian dormir, quando ouço uma batida na porta.

— Isis — Vejo Harry entrando mas não paro para prestar atenção nele. — Isis me desculpa. — Ouço ele mas ainda não o olho. — Eu quero te explicar porque eu sumi...— Ele começa a se explicar mas não permito.

— Deixa eu adivinhar? Se arrependeu de me beijar? Lembrou que não é isso que você quer para sua vida? — Pergunto.

— Claro que não, o problema não foi você. Eu descobri que a Francine inventou a gravidez — Ele diz parecendo magoado.

— Como é? — Pergunto confusa, até me sento na cama.

— Sim, no dia que eu fui a casa dela, fomos ao médico e não tinha nenhum bebê, nunca teve. — Posso ver sua cara de dor, talvez,por deixar ser enganado, ou talvez seja o fato de já ter se acostumado com a ideia de um bebê. Harry senta na cama ao meu lado.

— Eu sinto muito, mas isso não isenta você de não me telefonar ou mandar uma mensagem de oi idiota, eu tive um problema, mas não preferiu se manter calado, Harry eu não tenho mais tempo para jogos em minha vida, perdi anos com o João, não quero mais perder tempo. Então se eu sou uma aventura, me diga logo. — falo ele coloca sua mão em minha nuca, ficando com minha boca próxima dele.

— Claro que não é uma aventura Isis, eu gosto de você, gosto de você demais. Eu só não soube lidar com isso, eu me joguei de cara no trabalho, mas não teve um dia que eu não pensei em você ou no Ian. — Harry fala olhando em meus olhos e sinto a verdade neles.

— Certo, senti a sua falta. — Falo o abraçando.

— Eu também Isis, senti muita falta. Eu só estou acostumado a lidar com os problemas sozinhos, mas prometo que vou melhorar. Me perdoa.

— Claro. — Harry me beija, porém antes que as coisas pudessem esquentar Ian acorda chorando.

— Tem alguém que precisa mais da mamãe que eu. — Harry diz rindo.

Pego Ian no colo mas para minha surpresa ele estende os braços para o Tenente.

— E aí meninão. — Ian solta uns burburinhos para ele.

— Ele gosta de você. — Falo.

— E o sentimento é recíproco. — Harry cheira o cabelo do Ian. — Eu amo esse cheirinho dele.

— Tem planos para hoje? — Harry indaga.

— Como se eu pudesse sair. — Falo e solto uma risada.

— Então nós vamos dar um passeio. — Harry diz.

— Para onde? — Pergunto, o tenente pensa até falar:

— Gosta de zoológico? — Pergunto.

— Nunca fui. — Respondo.

— Então conhecerá hoje. ,

— Gostei, vou trocar o Ian e me trocar. — Falo Harry sai do quarto, e eu fecho a porta, coloco um dos poucos vestidos que eu trouxe e coloco um conjunto de regata com bermuda no meu bebê.

Pego a bolsa do bebê e abro a porta.

— Podemos ir? — Harry pergunta pegando meu filho no colo, já que Ian se joga para ele.

— Sim. — Fecho a porta com tranca e sigo o tenente

..........

Chegamos no zoológico, nunca tinha ido em um antes, mas me encanto com tudo de primeira.

Harry é praticamente meu guia, por onde passamos ele vai explicando, no fim do passeio acabamos ficando com fome.

Harry compra lanche para nós, depois andamos mais um pouco até nos cansarmos e irmos embora.

Ian aproveitou demais, apesar de não falar ainda, ele balbuciava para tudo, tiramos muitas fotos, ele optou por ir o passeio todo nos braços do Harry.

O danado só vinha para os meus braços quando estava com sono ou fome.

Chegamos no abrigo e eu saio primeiro que o Harry do carro, tiro o meu filho da cadeirinha.

Cumprimento o policial na porta da entrada do abrigo, vejo algumas meninas e sorrio cúmplice.

Ao se aproximar da Porta percebo, ela destrancada.

— Estranho.

— O que foi? — Harry pergunta atrás de mim.

— Podia jurar que eu tranquei a porta antes de sair. — Falo quando estou com a mão na maçaneta para abrir sou impedida pelo tenente.

Ele faz um sinal de silêncio para mim, vejo ele sacar sua arma, ele faz um sinal com a mão para eu me afastar, ele abre a porta devagarinho.

— Porra! — Ele diz mas não consigo ver da onde eu estou o interior do cômodo, ele passa alguns minutos lá dentro.

— Tá limpo, pode entrar. — Harry autoriza, quando eu passo pela porta.

Meu quarto está revirado, as poucas roupas que eu tinha esta rasgado no chão.

— Quem fez isso? — Pergunto assustada.

As fraldas e roupas do Ian estão todas no chão, o pouco que eu tinha me tiraram.

— Eu não sei, mas vamos descobrir. — Harry garante.

Eu tô torcendo muito para isso, porque eu não faço ideia de quem foi.

— Meu Deus ! O João descobriu onde eu estou.

— Calma sem pânico, não temos certeza, se ele tivesse invadido aqui. Eu saberia.

— Eu não sei...você confia na segurança daqui?

— Absoluta, meus homens são competentes!

— Eu não devia ter saído da casa do João, ele não vai me deixar em paz, quando ele por as mãos em mim eu vou morrer..

— Ei Eleu disse que a protegeria e vou fazer isso. Você está segura comigo.

Eu respiro lentamente, trazendo um pouco de ar para os meus pulmões.

Quando esse pesadelo terá fim?

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