Capítulo 5

...Harry

...

Isis esconde algo, mas ela ainda não está pronta para me contar. Só por isso eu vou embora, sem uma resposta.

Mas algo me diz que tem haver com o marido. O jeito que ele a tratou, automaticamente eu já coloquei minha mão na arma, não sabia se teria que interromper alguma briga, aquele homem não desceu na minha garganta.

Olho meu relógio assim que estaciono em casa, são cinco horas da manhã, minha namorada vai brigar comigo.

Entro em casa, tomando cuidado para não fazer nenhum barulho. Entro no quarto, encontrando Francine dormindo, tiro minha roupa, coloco apenas um samba canção.

Tiro minha arma do coldre, deixando em cima da mesa de cabeceira e guardo meu distintivo dentro da gaveta. Deito ao lado da minha namorada.

Fecho meus olhos me preparando para dormir, mas parece que minha namorada tem outros planos.

— Bonito né? Chegar só agora, o que você estava fazendo? — Francine diz batendo em meu ombro.

— Trabalhando, você sabe, eu liguei para você. — Digo com os olhos ainda fechados.

— Como vou saber que você não estava com nenhuma vagabunda. — Abro meus olhos cansado das mesmas conversas.

— Por Deus, Francine. Você sabe que eu nunca te trai. Não iria começar a fazer agora. — Digo calmo para ela entender de uma vez por todas.

— E porque você demorou para chegar? Você disse, já tem horas que estava vindo embora. — Cruza os braços no peito me olhando com os olhos desconfiados e o famoso bico que faz. Eu me sento na cama e pego suas mãos.

— Estava vindo embora, quando encontrei com uma moça que precisava de ajuda, eu me ofereci para ajudar. É isso que faço ajudo e protejo as pessoas, não é?

— Sabia que tinha mulher nessa história. — Me irrito, estou falando mas parece que tudo o que falo, não entra pelo seu ouvido.

— Sério? Que de tudo que falei você só ouviu a parte da mulher? Na boa Francine está ficando chato isso, toda vez você desconfia de mim. — Falo irritado e me levanto da cama. — A mulher estava precisando da minha ajuda, seu filho estava desmaiado, passando mal. E não me arrependendo de ajudar a moça, porque esse é o meu trabalho, cacete! — Falo colocando uma calça e uma camisa. Pego minha arma e meu distintivo.

— Onde você vai? — Francine pergunta parecendo arrependida.

— Vou dormir na sala, tô falando sério Francine ou começa a confiar em mim ou eu vou acabar com esse namoro, que está mais frio que geladeira. — Falo, me dói dizer isso. Mas como vou ficar em relacionamento que não tem confiança?

— Me desculpa. — Pede com os olhos molhados, me machuca ver isso, mas todo dia é a mesma coisa.

— Eu estou cansado, vou dormir. — Falo e dou um beijo em sua testa, indo para a sala, onde eu me deito no sofá e durmo todo torto.

......

...

Sou acordado com beijos em minha boca, abro os olhos e vejo a Japinha me olhando.

— Me perdoa por hoje de madrugada. Fiz seu café da manhã.—Coloca a bandeja no meu colo, assim que sento. — De verdade me desculpa.

— Tudo bem amor, mas você tem que parar de desconfiar tanto. Eu não sou o idiota do Luciano, eu não vou te trair, quando eu ver que não estamos nos encaixando, eu vou te comunicar e não te trair. — Digo segurando suas mãos e olhando em seus olhos.

— Tá bom.

— Eu falo sério Fran, sem desconfianças mais.

— Eu também estou falando sério, não vou mais desconfiar. — Diz e beija meu rosto.

— Ótimo, o que quer fazer hoje? Tenho o dia inteiro de folga.

— Quero ir no parque Ibirapuera. Podemos fazer um piquenique, o que acha?

— Eu acho ótimo. Deixa eu tomar esse café, então podemos tomar um banho juntos e irmos. — Selo nossos lábios.

— Mal posso esperar. — Ela diz encostando o corpo ao meu lado.

........

...

O clima estava agradável, então estendemos um lençol no gramado verde, em frente ao lago.

Ajeitamos a comida que preparamos antes de vim.

— Amor, estava pensando. Você gostaria de ter filho? — Francine pergunta, eu me sento ao seu lado pensando na pergunta.

— Nunca parei para pensar sobre isso, atualmente eu não quero, tem minha carreira ainda. Mas quem sabe futuramente, talvez daqui uns 6 anos, até lá já vou ter virado capitão. — Falo e vejo ela murchar na minha frente.

— Então você não pretende ter filhos comigo? Ter uma família?

— Claro que penso, mas agora não é minha prioridade Fran. Você entende né?— Falo carinhoso e ela sacode a cabeça em concordância. — Vamos aproveitar esse dia que está gostoso demais. Tô pensando em começar com alguns beijos. — Falo indo com o meu corpo para cima do seu e acabo a deitando no lençol.

As próximas horas ficamos de chamego um com o outro até decidirmos ir embora.

— Fran quero visitar o Ian, o garotinho que socorri ontem. Você quer ir? Aproveito e apresento você para a mãe do garotinho. — Pergunto guardando as coisas no carro.

— E quem deixou? — Ela pergunta e olho rindo em sua direção.

— E desde quando preciso da sua autorização? — Devolvo a pergunta rindo. — Estou te comunicando e te convidando. Você gostaria de ir? — Pergunto mais uma vez.

— Sim, quero conhecer a mulherzinha. — Olho para a minha namorada sério.

— Fran estou indo para ver a criança, não para ver a mãe do garoto. — Falo impaciente.

— Desculpa, eu vou querer ir sim e não é porque eu estou desconfiando de você. É porque eu quero conhecer essa família que você ajudou. — Acabo concordando e seguimos para o hospital.

Que minha mulher não faça nenhuma graça.

...ΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩ...

Apresentação de personagens.

...Tenente Harry - 34anos

...

...Francine - 25 anos....

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