Capítulo 17

...Harry...

Eu não estava preparado para encontrar o quarto na situação que estava. O quarto estava uma bagunça, roupas rasgadas jogadas no chão, foi como se tivesse dado algum aviso. Tirei fotos do local para ter como provas, pedi para mudarem Isis de quarto, aquele eu mandaria a perícia passar um pente fino no local.

Depois de eu certificar que tanto Isis quanto o Ian estavam bem, reuni todos os policiais que fazem a guarda do abrigo.

Quando eu cheguei no lugar que indiquei já encontrei todos posicionados em linha horizontal.

— Boa noite a todos! — Cumprimento.

— Boa noite chefe.

— Como já devem saber, hoje na parte da tarde, o quarto em que a senhorita Isis estava foi invadido. Eu vou perguntar apenas uma vez,e não quero que mintam para mim. Quem estava responsável por fazer o plantão a tarde?

— Gael e Alan. — Todos os policiais falam de uma vez.

— Gael e Alan um passo a frente. — Ando com as mãos para trás, cruzo os braços no peito, olhando para ambos, todos os meus soldados, tem medo e respeito por mim.

— Vocês podem me explicar como essa porra foi acontecer? — Pergunto.

— Senhor, estavamos em ronda realmente, mas ninguém passou por mim. — Gael fala e olha para o parceiro.

— Alan?

— Senhor, comigo não teve ninguém que entrou, sem ter sido verificado o RG e sem ter o nome na lista de visitas.

— Não é possível, alguém falhou na segurança do lugar. — Falo. Ando de um lado para o outro, tentando entender como essa merda aconteceu. — Vocês colocaram alguém no lugar no horário de descanso?

— Sim senhor,exatamente uma hora da tarde. Horário em que o Soldado Otávio pegaria o posto.

— Senhor, permissão para falar. Mas eu infelizmente só pude chegar duas horas da tarde. Houve um imprevisto com a minha neném. — Diz Otávio com a mão levantada.

— Então você estão me dizendo que a porta de entrada ficou vazia por uma hora? — Elevo meu tom de voz. Respiro fundo para não me exaltar muito.— Vocês tem noção de quanta merda poderia ter acontecido? Quantos ex maridos poderiam ter entrado aqui? Vacilaram feio, já disse uma vez e vou falar de novo, Por consideração ao Novato Alan, Não saiam do posto enquanto o outro policial não chegar, não importa quanto tempo levar, vocês não podem abandonar a entrada. Podem saber que serão punidos pela irresponsabilidade de vocês. Espero que não se repita isso.

— Sim senhor! — Ouve-se um coro.

— Dispensados, Arthur quero as câmeras.de segurança de todo o abrigo. — Peço.

— Ok senhor.

O policial sai para fazer o que lhe foi pedido e eu volto para o quarto da Isis, bato na porta e entro.

Isis está sentada na cama tem a cabeça abaixada.

— Isis...— Chamo e ela levanta seu rosto para mim, seus olhos estão banhados em lágrimas. — Ei, eu vou pegar quem fez isso. — Falo e abraço seus corpo.

— Eles me tiraram o pouco que tinha, estou sem roupas, meu bebê está com pouca fralda, e eu estou sem emprego. Minha cabeça está fervilhando de preocupação. — Isis diz chorando em meu peito.

— Calma ok, você não está sozinha. Vamos dar um jeito. — Falo alisando seus cabelos.

— Não me arrependo de ter saído das garras do meu marido. Mas não sabia que seria tão difícil assim.

— Nenhuma luta é para sempre, quem luta com perseverança pode crer que no final sempre sairá vencedor. Se hoje você está embaixo, amanhã você estará em cima. Só não desista. Ok? Tenha esperança.

— Obrigada por me apoiar tanto.

— Nao precisa me agradecer. — Ouvimos uma batida na porta e eu autorizo a entrada.

— Senhor, as imagens da câmera já estão separadas.

— Obrigado Arthur já estou indo. — Respondo e ele fecha a porta. — Tenho que ir. Mas antes de ir embora eu passo aqui. — Beijo seus lábios.

Vou até a sala de monitoramento, peço para passarem as imagens, desde o horário em que saímos para ir para o zoológico, até o horário em que chegamos.

Cerca de meia hora depois, da o horário que era a troca de policiais.

— Ali. — Vejo uma mulher, ela está de cabeça baixa, entra e acena para uma das moradoras.

Peço para eles aproximarem a imagem, mas percebo que a moradora conhece a visita já que elas se abraçam e eu juntas. Mais alguns minutos se passam, até eu notar um homem entrar, aparentemente ele está de cabeça baixa, mas quando ele levanta o rosto, João aparece e da um sorriso de canto, é como se ele soubesse que iríamos ver ele.

— Filho da puta!— Esbravejo socando a mesa — O filho da puta esteve aqui, e deixamos ele passar. Ele está nos seguindo, ele sabia que não estávamos no abrigo, ele sabia que a entrada estava aberta.

— Senhor, mas não faz sentido por mais que ele visse a entrada aberta e entrasse, ele não poderia sair, porque ele não poderia saber se teria polícias na entrada.

— Você tem razão. Você acha que liberaram a saída dele?

— Eu não quero ser x9 chefe, mas é o que parece.

— Então vamos descobrir. Quem é o traíra entre nós. — falo. — Mas não hoje, vamos deixar que o policial pense que está a frente de nós, uma hora ele vai vacilar, então pegamos ele.

Quanto termino de ver as imagens, dou um pulo no supermercado 24 horas. Compro fraldas, fórmula infantil e algumas peças de roupa tanto para ela quanto para o Ian.

Acho que para essa semana isso dá, amanhã iremos ao shopping e compramos mais algumas coisas.

Chego no quarto da Isis, e ela está dormindo, deixo um beijo em sua boca e coitada acorda no susto.

— Ei, calma sou eu. Comprei algumas coisas para vocês, amanhã você da uma olhada. Eu vou embora, deixar você descansar. — falo e deixo um beijo na testa do Ian.

Coloco as sacolas em cima da mesa e saio do quarto.

Tem muita coisa para fazer até achar esse desgraçado.

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