ESPERA, para tudo! – Tina disse rindo, quando Kally sentou-se ao seu lado. – Dante te trouxe até a sala? Como assim?
— Pois é! – Kally riu. – Trouxe.
— Certo, cara de pau, me conta o que aconteceu no sábado, por que eu estou simplesmente chocada.
ka soltou uma risadinha e meneou a cabeça.
— Tudo bem, eu conto, mas no próximo horário que será livre, ok?
— Mas por quê? – Tina fez cara de choro.
— Por que a professora acabou de chegar? – indagou Kally, apontando para a porta da sala.
— Aula dessa mulher ainda mais? – Tina reclamou. – Que tortura.
— Shhhhi que a aula já vai começar.
Elas se endireitaram em suas cadeiras e voltaram sua atenção à professora que não perdera tempo em começar a sua aula.
O tempo passou e quando foram liberadas da aula, Kally e Tina correram para fora da sala, sentando-se em um banco mais afastado, para que enfim começassem a conversar. Kally contou à amiga, o que de fato acontecera na festa de sábado, inclusive que dormira com Dante.
— Eu tô chocada, sério. – Tina disse por fim, com os olhos arregalados e meio sorriso pintado nos lábios.
— Pois é. – Kally suspirou, dando de ombros.
— Então vocês estão o que? Namorando?
— Não, não. Claro que não! A gente tá só… Sei lá, ficando? Ai Tina, eu não sei!
— Cara, é sério, eu nunca imaginei que daria nisso. – riu. – Mas sério… Se joga! Curte, o que for pra ser será. Vocês se atraem e é bem nítido isso, tanto quanto é fato que se gostam.
— Não é pra tanto.
— É sim, eu percebi de fato isso quando vocês estavam dançando e depois deram aquele beijo. – Tina deu ênfase a “aquele”. – Você e o Dante parecem cargas opostas, são diferentes, mas se atraem. Se fossem iguais, não seria assim… Como é!
— Talvez. – Kally deu de ombros. – O fato é: tô deixando rolar, vamos ver no que vai dar.
— Assim que eu gosto. – Tina bateu palmas. – E ow! Eu ainda estou realmente besta… Você é virgem! – abriu a boca em um perfeito O, demonstrando uma falsa surpresa.
— Shhh, fala baixo. – a morena murmurou, apertando o braço da amiga e olhando para os lados. – Sou. Algum problema nisso?
— Não, claro que não, é só que… Awn, é fofo!
Kally revirou os olhos.
— Idiota! – bateu no ombro da amiga. – Chega de falar de mim! Me conta como foi com o Nando!
— Ah… Você sabe. – Tina riu e começou a falar como havia sido a noite de sábado com o seu “amigo colorido”.
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Dante chegou a sua sala e lá já podia ver seus amigos sentados no mesmo lugar de sempre, no fundo da sala. Ele se dirigiu até eles, rindo e sentou-se em uma cadeira vazia ao lado de Alex. O professor estava atrasado.
— Bom dia. – o moreno os cumprimentou.
— Bom. – Alex deu um soquinho no ombro do amigo. – Dan, cara, fala logo qual é a tua com a caloura!
— Mano, como assim qual é a minha?
— Você sabe… Chegou atrasado a sua própria festa e deduzo que foi por causa dela.
— Deixou seus amigos esperando. – Stefi disse, revirando os olhos.
—Ela é gostosa. – Tomas riu. – E parece ser legal! Vai fundo, Dan.
— Cala a boca, Tomas. – revirou os olhos. – Não estou entendendo a reclamação!
— Como assim, não? – Stefi grunhiu. – Você chegou mais de três horas depois ao seu flat, local que você deveria estar antes de chegarmos. Queríamos comemorar contigo isso e você não estava lá.
— É, mas pelo que eu me lembro vocês não estavam realmente tristes, sentindo a minha falta, não é?
— Deixem o Dante. – Liza intrometeu-se. – Ele chegou à festa, de qualquer forma e foi muito legal!
— Pois é. – Tomas deu de ombros. – Vocês estão fazendo tempestade num copo d’água.
— Beleza. – Alex concordou. – Eu só quero saber o que tá rolando com a caloura.
— Ela se chama Kally, cara. Você sabe disso. – Dante lembrou-lhe. – E a gente está ficando! Fim de papo. – cortou-os.
Não demorou em o professor finalmente chegar à sala e a aula dar início. A aula de Marketing, era uma de suas preferidas, portanto prestou atenção em tudo o que o professor falava naquelas duas horas que se resumiam em sua aula.
Dante até que gostava do curso, porém, só o fazia realmente, pois sabia que um dia assumiria juntamente aos irmãos, a empresa do pai. E àquela matéria de logística II, a aula seguinte a de Marketing, era realmente um saco. Olhou para o seu celular que estava em cima da mesa e sorriu. Abriu na parte de mensagens e escreveu uma para Kally.
“E aí gatinha… Ocupada?” – mandou.
Não demorou muito em chegar uma resposta.
“Só conversando com a Tina.” – ele sorriu, tão curta e grossa como sempre.
“Você não tem aula não, menina? Cria vergonha na cara!” – enviou, sabendo que ela enviaria uma resposta, bem irritada. Adorava irritá-la, essa era a verdade.
“Não!” – a resposta era curta e grossa. Antes que pudesse digitar mais algo, chegou outra.
“Sem aula agora, seu bobão.”
“Ah, que vida boa. Acho que vou transferir o curso para Letras” – ele implicou, rindo.
“E eu para adm, já que mesmo tendo aula os alunos ficam mandando sms. Deve ser super fácil!” – ele já esperava um resposta desse nível, apenas meneou a cabeça.
“Aula chata, apenas.”
“Então é igual a você”
“Você bem que gosta… Assuma”
“Eu não!”
“Você adora, assume, vai chata!”
“Me obrigue.” – ele riu e disfarçou dando uma leve tossida, apenas para ver uma nova mensagem dela chegando. – “Vai prestar atenção, vai Dante. Minha aula vai começar aqui, até depois ;*”
“Boa aula, chata. Beijos” – mandou e bloqueou a tela do celular, levantando sua cabeça em direção ao quadro, apenas para ver o professor finalizando sua aula.
O resto da manhã passou-se normal. Dentre seus amigos, mais nada fora comentado a respeito de Kally, o que ele agradeceu mentalmente. Não estava gostando do desdém para com ela.
No fim daquela manhã, por volta de meio dia, ele já saía da sala, acompanhado dos amigos, estavam rindo e Tomas já falando que na sexta-feira haveria uma festa.
— Vai ser numa boate, aniversário de uma amiga minha. Vamos não é? – Tomas indagou aos seus amigos.
— Claro. – Stefi respondeu prontamente. – Tô dentro.
— Piolho de festa, claro que ela aceita. – Liza brincou. – Vamos não é Alex?
— Claro, gata. – deu um selinho na namorada.
— Depois eu sou piolho de festa. – Stefi resmungou. – E você, Dan?
— É, vamos ver. – deu de ombros. – Bem, eu vou nessa! – disse ao ver Kally sair do prédio aonde tinha aula ao lado de Tina e Gloria.
— Não vai almoçar com a gente? – Tomas perguntou. – Íamos a um restaurante novo no Leblon!
— Hoje não vai dar. Até mais. – acenou para os amigos e correu em direção à Morena.
Gloria cutucava Kally, falando alguma piadinha, enquanto ela revirava os olhos e Tina ria, quando Dante aproximou-se.
— Oi meninas. – cumprimentou-as e as três lhe sorriram, porém ele só tinha olhos para Kally. Ele não fez nada além de abraçá-la e beijá-la na testa, descendo os lábios para encontrarem-se aos dela, depositando na boca da Morena um leve selinho. – Então, pronta?
— Pronta. – ela confirmou. – Até amanhã meninas. – acenou para as amigas, que estavam rindo de maneira sugestiva.
— Até mais. – ele piscou para ambas, enquanto tocava as costas da loira, guiando-a até o estacionamento. – Como foi à aula? – ele perguntou enquanto andavam.
— Normal, mas meu professor quer que comecemos a fazer um artigo. Será tipo, a avaliação do fim do semestre.
— Eita, começando a ralar. – ele brincou.
— Pois é. – ela suspirou. – Diferente de uns e outros, sabe? – Kally provocou.
— Nem vem hein. – ele riu. – Logística é ruim demais!
— Cálculo… Deus é mais na minha vida. – ela disse e ambos riram. – E a sua aula, foi legal?
— O mesmo de sempre. – deu de ombros. – O carro está ali naquela árvore. – apontou.
Eles caminharam até o automóvel, ainda falando a respeito de suas aulas e não demorou muito para estarem dentro do carro, saindo da universidade.
— O que a sua amiga estava te falando quando eu cheguei? – ele perguntou, olhando para frente.
— Gloria só é boba!
— Mas por que estava rindo de você? E a Tina também?
— É que às vezes eu não atendo quando elas ligam, não sou ligada ao meu celular. – deu de ombros. – E eu estava trocando mensagens com vocês naquela hora… Elas só estavam fazendo piadinha disso. – revirou os olhos. – Nada de mais!
— Entendi. – ele assentiu. – Então para mim você está sempre disponível, é isso?
— Idiota, sabia que ia ficar se achando!
— Tem motivos? – ele a olhou de relance.
— Cala a boca e dirige, vai!
— Chata. – ele disse rindo. – Mas… Suas amigas, elas parecem ser legais.
— São doidas, mas são sim legais. – ela riu.
Durante o caminho em direção à lanchonete, eles continuaram a conversar. Dante perguntando a respeito do pai dela e como foi chegar em casa, depois de ter passado a noite fora. Ela também fez algumas perguntas a respeito de sua família, as quais ele respondeu normalmente, com um sorriso nos lábios.
Logo estavam em frente à lanchonete e ela o olhou.
— Obrigada pela carona. – riu e desprendeu o cinto, inclinando-se em direção a ele.
O moreno não fez nada além de inclinar-se em direção a ela também, fazendo como Tina dissera mais cedo: duas cargas opostas, atraindo-se. Beijaram-se lentamente no inicio, apenas provando e matando um pouco a vontade um do outro, porém não demorou em que a suavidade desse espaço a profundidade e que aquele beijo se tornasse mais rápido e urgente.
Quando o ar fez-se necessário, ele separaram suas bocas com longos e delicados selinhos, para em seguida sorrirem, enquanto abriam os olhos para se encararem.
— Você não tem que agradecer, linda. – ele disse passando o dedo indicador pelos lábios dela. – Te ligo mais tarde?
— Claro. – ela sorriu e mordeu de leve o dedo dele. – Até mais!
— Até. – ele a puxou para beijá-la novamente. – Bom trabalho.
— Obrigada. – ela murmurou e enfim saiu do carro, ainda meio mole, com um sorriso bobo em seus lábios.
Ele esperou até que ela entrasse na lanchonete, para enfim ir para casa.
A semana passou-se sucinta. Entre Dante e Kally uma nova rotina fora estabelecida: ele sempre lhe dava carona para o trabalho e todos os dias à noite, lhe ligava. E sempre trocavam mensagens de texto ao longo do dia.
Era algo novo, tanto para um quanto para o outro, mas que estava sendo maravilhoso de compartilhar entre eles.
Na quinta-feira, porém, quando Dante ligou para Kally de noite, lhe falou de uma festa que aconteceria em uma boate na noite seguinte.
— Vai ser bem legal. – ele concluiu, depois de dizer da tal festa.
— Eu imagino, você adora não é? – ela deu uma risadinha.
— Sim. Adoro. – ele suspirou. – E então?
Ela franziu o cenho do outro lado da linha, e então o que? Não era como se ela fosse sua dona, eles ficavam? Sim, ficavam. Mas ainda eram livres, certo? Mesmo que a risadinha dela tenha sido forçada e mesmo que não gostasse da ideia de Dante solto, em uma boate, cheia de menina rica e bonita. Lhe apertava o coração imaginá-lo beijando outra. Na realidade, ela ainda não havia parado para pensar nisso, na possibilidade de ele ficar com outra.
Ela respirou fundo e fechou os olhos.
— O que? Está esperando minha permissão ou o que? – ela riu, querendo distrair.
— Não exatamente. – ele respirou audivelmente. – Acho que você não entendeu… – ele murmurou. – Eu meio que queria que você fosse comigo.
— Ah! – ela sussurrou.
Ir com ele? Não havia pensado nisso.
De repente ambos estavam ansiosos. Ele a espera de uma resposta e ela para lhe dar uma resposta.
— E ai? – ele novamente perguntou. – Vai ser legal!
— Hum… Eu não sei. Eu…
— Estou com dois convites. – ele a cortou. – Vamos, por favor. No sábado foi divertido, não foi? E eu juro, você pode ir embora a hora que quiser, se não gostar. Mas vamos!
— Eu não sei, sério.
— Só diga que sim… Sim? – ele riu. – Vamos lá, ka!
— Ai! – ela fechou os olhos. – Ok. Ok. Vamos!
— Sério? – ele falou um pouco mais alto.
— Sério. Logo, antes que eu me arrependa!
— Você não vai. – ele disse logo em seguida.
— Espero. – ela respirou fundo. – Eu ainda vou tomar banho, então… Preciso desligar.
— Ok! Eu vou confirmar nossa presença. – ele riu, feliz. – Boa noite, Xole.
— Boa noite, chato. Beijo!
— Beijo. – desligaram enfim.
Kally levantou-se de sua cama e ainda sorrindo, sentindo o coração acelerado, foi em direção ao banheiro. Fez toda sua higiene e quando voltou para o quarto, deitou-se em sua cama, pegando o celular para ajustar o alarme, notando então que havia uma mensagem de Dante.
“Presença confirmada. Amanhã vai ser demais! Xoleana, eu estava pensando que você podia levar suas coisas para o trabalho e eu te buscava lá, você poderia arrumar-se no meu flat, até daria tempo de tirar um cochilo, já que a boate fica lá perto… Sei lá, só uma sugestão, comodidade para nós dois… Beijo, linda.”
Mesmo que não quisesse, Kally estava sorrindo bobamente. Suspirou antes de responder.
“Hm… Parece um bom plano para mim. Lembrando que: o cochilo realmente foi o que me convenceu. Beijo.”
“Eu sei que o que te convenceu foi lembrar-se da minha cama. Não se preocupe, eu serei seu travesseiro durante o seu cochilo.”
“Até parece. Quem foi que te disse que eu te quero como travesseiro? Se enxerga!”
“Veremos se não vai querer. Doces sonhos, ka.”
“Veremos. Boa noite.”
E naquela noite, os sonhos de Kally foram os melhores, já que Dante estava em todos eles.
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Atualizado até capítulo 98
Comments
Maria Aparecida Nascimento
Parabéns pela história maravilhosa parabéns 👏👏👏👏
2025-03-19
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Maria De Fatima Carvalho
linda história amando 💖 💘 💖 não separa eles não
2024-09-13
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odia Costa
O amor é lindo 🤩🤩
2023-05-24
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