Não tem nenhuma comédia romântica, sei lá? - Kally perguntou, olhando os filmes em cartaz.
— Parece que não! - Dante respondeu, olhando também.
Já encontravam-se no cinema do shopping, estava prestes a dar dez horas da noite e não havia muitos filmes disponíveis naquele horário. Na realidade, o único que estava era Frankestein, do qual Kally se negou prontamente em assistir e o qual Dante queria muito assistir, e que começaria em dez minutos.
— Achei que SOS Mulheres Ao Mar já estava em cartaz. - ela disse com pesar.
— Não! - Dante deu de ombros. - Só daqui a duas semanas, se você quiser a gente vem ver!
— Jura? - ela perguntou, sorrindo largamente.
— Juro. - ele lhe deu um selinho. - Mas vamos decidir o agora. Eu vi o trailer desse Frankestein, não é terror.
— Ai não sei. - ela fez uma expressão um pouco temerosa.
— Se você se assustar, pode fingir que eu sou seu ursinho de pelúcia e me agarrar, juro que nem vou me importar. - ele disse sinicamente e ela riu, dando um tapinha no braço dele.
— Idiota. - revirou os olhos. - Já que não temos escolha e já estamos aqui mesmo… - ela deu de ombros.
— Isso. - ele comemorou, passando o braço pelos ombros dela, a guiando em direção ao caixa, para enfim comprarem os ingressos.
Ele comprou, descobrindo que tinham poucos minutos para chegar a sala do cinema.
— Quanto foi para eu te reembolsar? - ela perguntou quando saíram dali.
— Vou fingir que não ouvi. - ele respondeu e andaram em direção a parte aonde ficavam as salas de cinema. - Pipoca?
— Eu só não me sinto a vontade, gostaria de dividir! - ela insistiu.
— Legal, mas eu não me sinto a vontade dividindo, ok? - piscou o olho, a guiando em direção ao balcão onde havia pipoca. - Um combo grande. - pediu ao atendente.
Quando viu que o assunto de dividir não seria discutido, Kally resolveu deixar para lá. Até gostou de saber que ele tinha um osso cavalheiro em si, na realidade, e sorriu com tal pensamento. Com a pipoca, refrigerante e chocolate comprados, seguiram em direção a sala aonde o filme seria exibido.
Devido ao horário, o local estava praticamente vazio, com poucas pessoas distribuídas pela sala. Ambos subiram até a última fila e sentaram-se na região do meio. Assim que se acomodaram, as luzes do cinema apagaram de vez e uma série de trailers apareceu na tela. O último fora o de SOS Mulheres Ao Mar, kally virou-se prontamente para Dante.
— Nós viremos não é?- perguntou só para confirmar.
— Na estreia se você quiser. - ele piscou e beijou-lhe a testa, fazendo-a sorrir.
— Vou cobrar.
O filme teve início e já nos primeiros minutos, kally ficou apreensiva e assustada, agarrando com força o braço de Dante, quem apenas riu e levantou o braço da cadeira que os separava. Ele a puxou para si, fazendo com que ficasse aconchegada ao seu peito. Ela suspirou, sentindo o cheiro maravilhoso que emanava dele e também sentindo-se segura em seus braços.
Teve a impressão de estar no céu, mesmo que não gostasse de admitir.
— Melhor assim? - ele perguntou, acariciando seu braço.
— Sim. - ela conseguiu murmurar, levantando a cabeça para encará-lo e ele capturou seus lábios em um beijo rápido.
— Eu também achei melhor. - ele disse, apertando-a um pouco mais, e kally apenas sorriu.
O resto do filme passou-se com os dois abraçados, trocando carinhos, dividindo a pipoca, o chocolate e o refrigerante, e também trocando alguns beijos suaves e delicados.
— Você roubou o chocolate. - ela reclamou baixinho, depois do beijo.
— Roubei. - ele disse na maior cara de pau e em seguida mordeu mais um pedaço da barra. - Sua vez agora.
Kally não resistiu e sorriu, indo beijá-lo, a fim de roubar o pedaço de chocolate. Estava sentindo-se plena ali, fazendo aquele programa com ele. E Dante, que não lembrava-se de ter feito algo parecido em sua vida, só pensava que se ela quisesse, amanhã e todos os dias ele repetiria.
— Muito legal! - ela disse quando os créditos começaram a subir na tela e as luzes acenderam.
Levantou sua cabeça e sorriu.
— Eu também gostei. - ele deu um beijo na cabeça dela, desceu pelo nariz e parou em sua boca. - Apesar de seriamente não ter entendido muito bem.
— Shiu. - ele disse sorrindo, levando um dedo à boca dele. - Não espalha por que eu também não entendi.
Ele mordeu de leve o dedo dela.
— Não se preocupe, seu segredo está guardado comigo. - ambos riram da piadinha e beijaram-se levemente. - Vamos? - ele chamou quando separaram suas bocas.
— Vamos sim.
Levantaram-se e kally calçou as sapatilhas, que tirara em algum momento do filme. Se dirigiram à saída da sala de mãos dadas, mal notando tal ato. Saíram animados, comentando animadamente os momentos do filme os quais assistiram. Não demorou para estarem acomodados dentro do carro dele, no estacionamento do shopping.
— Nossa. - Dante disse rindo quando tirou o celular do bolso, que até então encontrava-se no silencioso. - Até parece que alguém morreu!
— O que foi? - ela quis saber.
— Um milhão de ligações… - ele respondeu, olhando de quem fora as chamadas. - Do meu irmão e de um amigo meu.
— Estão na festa do seu ap, não é? - ela perguntou, sentindo-se culpada. - Acho que não deveria ter vindo ao cinema!
— Que nada! Eu adorei fazer isso, sério. - ele garantiu, inclinando-se para beijá-la. - E sim, estão lá na festa.
— Eu também gostei. - ela sorriu timidamente.
— Então, isso que importa! - Dante piscou o olho.
— Vai ficar muito contra mão pra ti ir me deixar em casa e depois voltar?
— Não se preocupa, relaxa!
Não deu tempo para Kally falar nem um ´´A``, o celular dele começou a tocar e ele ergueu a mão, pedindo que ela esperasse um pouco, levando o celular ao ouvido.
— Fala Edu… - ouviu. - É mesmo?…. Sei. Não, eu tive um compromisso… É, muito importante! - ele sorriu, pegando a mão dela e levando-a aos seus lábios, fazendo-a sorrir também. - Hum, eu levo mais cervejas, pode deixar… Não demoro não… Falou. - e desligou.
— Seu amigo? - ela perguntou.
— Não, era Eduardo, o meu irmão. - riu. - Eu acho que ele ficou mais empolgado que eu com essa história de Flat. - ambos riram e Dante meneou a cabeça. - Ele foi liberado na quinta, por isso não fiquei te esperando, Eduardo me encheu tanto o saco para ir ver que… - deu de ombros.
— Eu entendo. - ela sorriu.
— Você tem que voltar pra casa mesmo? - ele perguntou. - Não ouvi sua mãe falando que tinha hora para chegar!
— Acho que não tenho hora… - ela deu de ombros.
— Então o que acha de ir comigo para a festa? Não tem muita gente, se você está pensando isso. - ele adiantou-se em falar. - Acho até que sua amiga, a Tina, está lá. Ela tá pegando um amigo meu.
— O Nando!
— Isso! - ele confirmou.
— Foi ela quem falou da sua festa, ela me chamou para ir.
— Ah, tudo fez sentindo. - ele riu. - Mas não vamos ficar pensando no que rolou, e sim no que tá rolando agora. E aí, vamos?
— Eu não vou incomodar? Digo, você tem seus amigos e… - deu de ombros.
— Claro que não, vou adorar estar lá com você! E na hora que você quiser ir embora, eu te deixo.
— Tudo bem! - ela se convenceu e ele abriu um enorme sorriso.
— Gosto assim! - deu mais um selinho nela e finalmente ligou o carro.
Pararam no meio do caminho para comprar as cervejas que Eduardo pedira e em seguida seguiram em direção ao prédio em Copacabana.
Kally estava extremamente nervosa por aparecer assim, do nada, com ele. Mas ambos estavam mais imensamente feliz por estenderem aquele encontro por mais algum tempo, pois começavam a descobrir que a companhia um do outro era viciante.
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Atualizado até capítulo 98
Comments
Maria Aparecida Nascimento
Acho que a Liza não vai gostar de ver a kally chegando na festa no apartamento do Dante junto com o Dante
2025-03-19
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Maria De Fatima Carvalho
que continue assim sem maldade tá linda a história
2024-09-13
0
maria fernanda
tomara que não aconteça nada
2024-09-08
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