Ah Ka, vai ser legal! - Tina insistiu mais uma vez.
— Não Tina, eu realmente não estou a fim!
— Mas é o momento de se enturmar, ka. Todo mundo vai!
— É, todo mundo menos eu.
— Me dê um motivo plausível. Um! - Tina continuou a insistir.
— Eu trabalho, meu bem, no fim do dia estou sempre moída!
— Não me convenceu! - empinou o nariz, fazendo Kally rir.
— Tininha, por favor, não insista mais, sério. Eu nem gosto muito de festas. - deu de ombros.
— Esse então é um ótimo momento para começar a gostar.
— Ah meu Deus, você não descansa?
— Não! - Tina riu.
— Vamos para a sala, a professora já deve ter chegado.
Ambas rumaram em direção à sala de aula, com Tina ainda pedindo por favor para que Kally fosse a festa.
Era o fim da segunda semana de aulas, sexta-feira, e os veteranos estavam preparando uma pequena festa numa chopperia que havia próxima a universidade. Logo o boato se espalhou e por ser inicio de semestre, todos estavam ansiosos para ir a tal festa que teria até mesmo música ao vivo. Todos, menos Kally pelo visto, já que a Morena não curtia muito esse tipo de coisa.
— Você pode dormir na minha casa, ka.
— Tina, qual o seu problema em levar um não?
— Todos. Eu simplesmente não lido bem com recusas!
— Eu notei. - riu ao dizer. - Mas sério, na próxima eu vou.
— Me enrola mais, Kally, eu deixo. - revirou os olhos.
— Presta atenção menina! - murmurou, voltando sua atenção para o que a professora dizia.
— Continua me enrolando mesmo, que está lindo.
Como resposta, kally riu.
As aulas passaram voando naquela manhã e logo a turma já havia sido liberada. Tina e kally andaram até a saída com a pequena loira ainda insistindo para que a nova amiga fosse a festa. Podia ter apenas duas semanas que se conheciam, mas ela já gostava muito da presença e companhia de kally, esta que apenas ria da insistência da outra.
— Desculpa Tina, mas ficará para uma próxima. E deixa de insistir.
Tina suspirou, finalmente dando-se por convencida.
— Tudo bem. Mas da próxima não passa hein! - alertou.
— Ok! Vou indo nessa. Até segunda!
— Até.
Quando Kally virou-se, bateu em um peito masculino. Deu um passo para trás e encarou a pessoa. Revirou os olhos quando viu de quem se tratava. Claro, por que o destino era muito legal com ela, tinha que dar de cara com aquele idiota. Dante Chato Barkin.
Imediatamente ela fechou a cara e ele pintou um sorriso cínico nos lábios, o qual ela teve vontade de arrancar à unha!
— Fui. - tentou passar, mas ele logo impediu, ficando em sua frente.
— Por que a pressa, chatinha?
— Vai se danar, cara. - grunhiu e novamente tentou desviar e ele, novamente, entrou em sua frente. - Dá pra parar de ser tão mala? Sai da minha frente.
— Pede com educação.
— Educação não funciona com você, meu querido. Você é um troglodita.
— Falou a rainha da educação!
— Perto de você? Com certeza!
Eles não se deram conta, mas a pequena discussão já chamava atenção. Tina que estava ali atrás de Kally ria sozinha. A morena era super meiga e calma, mas parecia que quando o moreno veterano se aproximava, algo dentro dela ligava e ela explodia. Bastava ele falar. Isso acontecia sempre que davam de cara um com o outro, como naquele momento. E os amigos de Dante, que antes estavam ao seu lado, afastaram-se para ver o pequeno show que sempre se formava quando eles se olhavam e também riam.
— Garoto, deixa de ser acéfalo e sai da minha frente. - novamente tentou passar e ele outra vez bloqueou.
— Educação, menina. - cinicamente disse. - Aliás você nem me pediu desculpas! Bateu sua cabeça grande em mim e olha… - alisou o peito por cima da camisa preta. - Doeu!
— É um idiota mesmo. - bufou. - Pega a educação e enfia no seu… MERDA! - olhou para o outro lado e viu o seu ônibus saindo da parada naquele momento. - Merda! - grunhiu.
Num ato de reflexo empurrou o moreno com toda a força que possuía. Ele espantou-se! Ela tinha muita força para alguém daquele tamanho.
— Ei sua selvagem! - alisou o braço.
— Que é riquinho mimado de uma figa? Corre para um hospital, vai ver seu braço de porcelana tá quebrado. - explodiu. - Perdi minha condução, por sua culpa idiota! Nem todos tem um papai bunda de ouro para ter carro. - o empurrou pelo peito novamente e saiu pisando firme em direção ao ponto de ônibus.
Todo mundo começou a cochichar e continuaram a rir do pequeno circo que havia se formado ali. Ele olhou para os amigos que riam e deu de ombros.
— Maldade fazer a menina perder o onibus, Dan! - Alex riu, com a namorada pendurada em seu pescoço.
— Como se você estivesse com pena. - Liza meneou a cabeça rindo.
— Deixa pra lá. - Dante riu também. - Viram como ela ficou irritada?
— Você e essa sua corja me dão nojo! - a turminha olhou para trás para ver uma Tina irritada. - Ela vai chegar atrasada e a culpa é toda sua. Francamente… Vai brincar com alguém do seu nível, cara, por que a ka está acima de você! - irritada, Tina o empurrou.
— Uhhhh! - Stefi debochou. - Que medo! - a morena gritou.
Tina não se deu ao trabalho de virar, apenas estendeu o dedo do meio.
O grupinho se olhou e riu. Até que Dante olhou para o outro lado da rua, vendo a esquentadinha esperar ansiosamente o próximo ônibus. Querendo ou não, sentiu-se culpado e suspirou.
— Valeu galera, tô indo nessa.
— Dan, rola uma carona? - Liza perguntou.
— Hoje não Liz, não vou pra casa!
— Safado! - Alex riu, fazendo o amigo rir também.
— Até mais tarde!
— Até! - eles iam respondendo a medida que Dante se distanciava.
Logo ele estava no estacionamento e demorou muito pouco para que entrasse em seu carro e desse partida. Saiu da universidade, deu a volta no quarteirão e foi em direção ao ponto de ônibus, olhando o outro lado para ver que os amigos não estavam mais ali. Foi parando o carro e baixou o vidro.
Kally estava distraída, olhando para o relógio de pulso e para a direção em que vinham os ônibus.
— Psiu! - ele gritou. - Irritadinha.
Aquela voz… Ela revirou os olhos e o olhou com desprezo. Cruzou de imediato os braços embaixo dos seios.
— O que é imbecil!
— Entra! Eu te dou uma carona! - ofereceu.
— Mas nem morta!
— Vai, nós vamos para o mesmo lado, eu te fiz perder o ônibus.
— Obrigada playboy, mas eu passo! - sorriu sem mostrar os dentes. O pessoal da parada também já os observava.
— Anda logo! Eu não posso estacionar aqui, você vai se atrasar!
— Me deixa! - virou-se para não olhá-lo.
— Última chamada hein.
O sinal havia aberto e os ônibus e carros já vinham naquela direção, Kally olhou e para seu azar, o ônibus para chegar ao seu destino não estava entre eles. Amaldiçoou o céu e o inferno, quando correu e entrou no carro.
— Que fique bem claro que eu só estou aceitando para não me atrasar! - ela disse enquanto colocava o cinto e ele riu, saindo antes que os ônibus começassem a buzinar.
— Não foi minha intenção te fazer perder o ônibus!
— Deixa pra lá e cala a boca que sua voz me irrita muito.
Ele não precisava saber que ao falar, o coração dela disparava.
— Idem, sua chata.
— Eu disse pra calar a boca! - ela repetiu e ele riu.
— Você é uma carona muito exigente.
— Só digo verdade, sua voz é irritante. Aceite!
— Não é o que as meninas falam.
— Claro que não, as que você beija são idiotas como você. Graças a Deus eu tenho cérebro.
— Há há! - ele riu sem humor.
— Ah tá, vai dizer que as doidas que te beijam tem conteúdo? - ela inquiriu rindo. - Aposto que a grande maioria são bêbadas e o resto idiotas da universidade.
— Nossa, você é presunçosa hein garota! - ele bufou. Parou em um sinal vermelho e a encarou. - E eu aposto que você deve ser até BV, por que não acho que nenhum doido iria querer beijar alguém como você.
— O que? Agora virou mãe diná? - ela riu sem humor. - Você é péssimo para adivinhar então!
— E você péssima para deduzir.
Ambos encararam-se e foi como se uma eletricidade saísse de seus olhares. Algo estranho e que os assustou.
Os carros buzinaram atrás de Dante e então ele notou que o sinal ficara verde.
— Cala a boca, vai. Não me torra mais a paciência! - ela murmurou.
Ambos fecharam a boca e querendo ou não, com o ego ferido. Quem ele pensava que era para imaginar quem ela beijava ou não?
E quem ela achava que era para taxar as meninas que ele pegava?
Permaneceram em silêncio durante o resto do caminho.
— Você vai pra festa hoje? - ele perguntou quando já estavam chegando.
— Não. Não gosto desse tipo de festa. - ela respondeu, já retirando o cinto.
— Aposto que é tão chata que nunca foi em festa nenhuma! - ele anunciou quando estacionou em frente a lanchonete.
— E você não sabe nada sobre mim então, quieto meu filho. - abriu a porta e saiu do carro.
— Por nada! - abaixou o vidro e gritou.
Kally apenas lhe estendeu o dedo do meio e entrou na lanchonete, fazendo Dante rir, enquanto dirigia para casa.
Enquanto colocava o uniforme, KALLY sacou o celular.
“De que horas você pode me pegar para ir para a festa? Eu decidi que quero ir.”
A resposta imediatamente chegou.
“Às dez eu estarei te esperando. Sabia que você não iria querer perder.”
Kally riu e guardou o aparelho. Aquele riquinho playboy mimado iria engolir suas próprias palavras.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 98
Comments
Maria Aparecida Nascimento
O amor está no ar
2025-03-18
0
Maria De Fatima Carvalho
o amor está chegando
2024-09-12
0
maria fernanda
eles briga de mas.kkkkk
2024-09-08
0