A Porta do Flat estava apenas entreaberta. kally estava espantada com toda a beleza do lugar. O prédio possuía oito andares e o de Dante era justamente o último. Ele entrou e sorriu ao ver o estado que a sala já se encontrava. A música alta vinha da caixa de som de Alex, que encontrava-se num cantinho da sala, o sofá fora afastado para o canto, assim como a mesinha de centro, deixando o lugar mais amplo, onde algumas pessoas as quais Kally não conhecia, dançavam o funk que tocava. Ela apertou a mão dele com um pouco mais de força, fazendo com que ambos se dessem conta de que suas mãos estavam entrelaçadas apenas naquele momento. Ele apertou a mão dela de volta, sorrindo, de maneira a tranquilizá-la.
— Apareceu a margarida! - Eduardo surgiu na frente de Dante, fazendo com que o irmão risse.
— Apareci e trouxe o que você pediu. - Rodrigo ergueu a sacola com as cervejas.
— Trouxe muito mais que isso. - Eduardo disse, olhando para Kally. - Oi, eu sou o Eduardo.
— Oi… Kally. - ela respondeu, um pouco tímida.
— Meu irmão. - Dante esclareceu.
— Esse era seu compromisso? - Eduardo perguntou. - Poxa, tá mais que aprovado hein maninho.
— Cala a boca. - deu um soco no ombro dele. - Não liga pra ele! - falou para kally e revirou os olhos.
— Ok. - ela riu. - Tá tudo bem!
— E essa é a Lari, a namorada do meu irmão. - ele apresentou a morena que abraçava Eduardo naquele exato momento.
— Oi! Você é a…?
— Kally!
— Prazer! - a morena disse simpaticamente.
— E o Le? Nada? - Dante perguntou pelo outro irmão.
— Ele está melhor que eu e você e todos dessa festa, mano. - Eduardi fez um gesto com a mão, indicando sexo, fazendo os três rirem.
— Eu ainda não sei como a Lari te suporta. - DANTE meneou a cabeça. - Cadê a galera?
— Na cozinha, Stefi e LIZA estão apostando quem bebe mais cervejas em menos tempo. - Eduardo explicou.
— Isso vai acabar em alguém no hospital, precisando de glicose.
— Como sempre! - Lari disse.
— Liga não viu, cunhada, somos loucos, mas somos legais! Curte a festa! - Eduardo piscou pra Kally.
— Mas… - ela começou, porém Eduardo e Lari já saíam de perto deles, para irem dançar.
— Eu disse, não liga, o Edu é louco. - Dante pediu.
— Tudo bem.
— Quer tirar essa jaqueta? - perguntou e ela assentiu.
— Eu gostaria muito!
— Tira, o Edu guarda. - ela tirou e Dante gritou pelo irmão, que veio prontamente ao seu encontro e ele pediu-lhe para guardar a peça de roupa. - E então… Vamos lá dentro? - ele perguntou, virando-se pra ela.
— Vamos!
Andaram em direção a cozinha, onde encontraram uma rodinha de jovens envolta da bancada de vidro, onde haviam muitas garrafinhas e latinhas de cervejas vazias. Dante riu e se aproximou, apenas para ver suas amigas virarem ao mesmo tempo uma latinha.
— Elas sempre fazem isso e sempre se dão mal. - ele explicou num cochicho para Kally.
— Que loucas.
— Você não viu nada.
Ainda estavam de mãos dadas e ele apenas a puxou para mais junto de si, andando até os amigos. Postaram-se ao lado de Alex.
— Fala cara! Demorou hein!
— Pois é. - ele apenas disse. - Conhece a Kally? - abraçou a morena pelos ombros.
— Já a vi pela Uni. Oi! - a cumprimentou e ela apenas sorriu.
— Finalmente Barkin! - Tomas, outro amigo de Dante apareceu. - E ai! - piscou pra Kally.
— Oi! - respondeu. - Eu acho que elas vão desmaiar. - comentou rindo, olhando para as meninas.
— Daqui a pouco. - Alex garantiu e apenas riu quando Liza gritou.
— Sou foda, ganhei. - ela dizia mostrando os músculos inexistentes, fazendo com que todos ali em volta rissem.
— Quero revanche! - Stefi gritou, já afetada pela enorme quantidade de álcool.
— Que tal daqui a pouco? - Alex sugeriu.
— Você não aguenta mais nada, Stefi. - Rodrigo disse rindo.
— O dono da festa resolveu aparecer. - Stefi disse, olhando um pouco zonza para o amigo. - Você é um péssimo anfitrião!
— Estou vendo o quão tristes estavam em minha ausência. - o moreno riu, ironicamente.
— E trouxe uma mala junto? - a morena olhou para kally. - Não sabia que estava andando com chaveirinho agora, Dan. - riu.
— Brother, cuida da tua namorada, acho que ela já bebeu demais. - bateu nas costas do amigo e puxou kally consigo, saindo de perto dos amigos.
Ela ficou um pouco irritada e ainda bem que DANTE lhe puxou dali antes que voasse em cima da amiga dele e lhe arrancasse tufo por tufo daquele cabelo preto. Bufou quando já estavam fora da cozinha.
— Ei, relaxa. Não liga pra ela, a Stefi nem sabe o que está dizendo.
— Eu sabia que ela não gostava de mim, mas tanto assim? - deu de ombros, ainda irritada. - Eu nunca nem dirigi uma palavra a ela, para que me odeie assim, poxa!
— Calma, ela tá bêbada! Não se importe com isso.
— Tudo bem. - suspirou.
— Quer beber alguma coisa? - perguntou para mudar o foco da conversa. - Vou pegar uma cerveja pra gente, pode ser? - sugeriu.
— Pode. Eu acho que vi a Tina ali. - riu e apontou para o sofá. - Vou lá.
— Ok, e eu vou pegar nossas bebida, não demoro. - beijou a cabeça dela e saiu em direção a cozinha.
Kally andou em direção ao sofá, desviando de algumas pessoas. E isso era que Dante falara que não ia muita gente, o lugar estava lotado. Meneou a cabeça até chegar a amiga, que beijava Nando ensandecidamente. Kally puxou o cabelo de Tina, fazendo a garota soltar o rapaz a sua frente imediatamente.
— Tá louca? - Tina perguntou, já levantando. - Já estava pronta para dar uns belos tapas, kally. Que susto.
— Que fogo hein. - Kally debochou.
— Você disse que não vinha, o que está fazendo aqui?
— Ossos do ofício. - deu de ombros. - Alguém me convenceu!
— Alguém é? - Tina riu. - Esse alguém seria o dono do flat?
— Quem sabe? - Kally riu.
— Safada! - Tina gritou, dando um tapa no ombro da amiga. - Cachorra!
— Mais respeito.
— Ah eu amo essa música! - Tina gritou.
— Tina, foco. - riu.
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Música: {http://www.youtube.com/watch?v\=B1aavItHCq0}
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Mas não pôde fazer nada, só se viu sendo arrastada para o local algumas meninas riam, enquanto dançavam.
Kally ficou rindo, olhando enquanto Tina rebolava e resolveu se deixar levar.
— Que música nova, só que não! - gritou pra Tina.
— Quem se importa? Se joga!
Estava numa festa, muitas garotas estavam dançando, por que iria ficar parada? Imediatamente acompanhou tina na dança, ambas davam passinhos, no ritmo da música e rebolavam, rindo de maneira descontraída.
No refrão da música, ambas se olharam, riram e começaram a descer até o chão. E ainda rindo, voltaram a subir, mexendo os quadris de maneira sensual. Antes que Kally se firmasse em suas próprias pernas, um corpo colou atrás de si, fazendo-a arrepiar-se de maneira imediata. Ela não precisou virar-se para saber que se tratava de Dante. Algo gelado entrou em contato com sua pele do pescoço e desceu por seu braço, e ela pôde ver a latinha de cerveja. Kally a pegou e colou suas costas ainda mais ao peito do moreno, enquanto tomava um imenso e último gole da bebida, descartando a latinha logo em seguida. A essa altura, o mundo ao redor já havia sumido para eles e só existiam os dois, envolvidos na batida da música, enquanto seus corpos se mexiam de maneira sincronizada.
— Me dê uma chance, quem sabe esse lance vai virar um romance… - Dante cantou ao pé do ouvido de Kally, fazendo-a sorrir e virar-se para ele.
Ele a puxou pela cintura, colando seus corpos e ela pôde sentir que alguém já estava bem animado, mordeu os lábios, gostando de saber que causara tal efeito nele. Eles entrelaçaram as pernas, enquanto desciam, rindo cúmplices um para o outro e em nenhum momento desconectando seus olhares. Quando subiram Kally voltou a virar, encostando as costas ao peito dele e Dante, já bastante animado e sem conseguir se controlar, puxou o quadril dela em direção ao seu, colando ambos o máximo que a física permitia enquanto estavam vestidos e continuaram a mexer-se, roçando os quadris, fazendo com que ambos os corpos pegassem fogo, ou pelo menos, fizesse focos de incêndio.
A música acabou e tanto Dante quanto Kally estavam com água na boca. Ele não fez nada além de fazê-la virar-se para si e puxá-la pela nuca, colando seus lábios em um longo, delicioso e apressado beijo. As línguas moviam-se sedentas, com desespero, buscando por algo que nem eles mesmos sabiam. Não importava se era lento, rápido, casto ou fogoso, o beijo deles dois era sempre maravilhoso, algo que nenhum deles já experimentara em suas vidas. Dante desceu as mãos em direção a cintura dela, puxando-a para que ficassem ainda mais colados, pressionando seus quadris aos dela, disfarçando enquanto movia-se em algum ritmo de alguma música que nem um nem outro sabia com exatidão qual era. Ela arfou, sentindo a ereção dele, mesmo que por cima da calça e viu-se com a pulsação ainda mais acelerada.
O ar se fez necessário de repente naquela atmosfera que ambos criaram e eles foram voltando a realidade aos poucos, em meio a selinhos, final daquele beijo avassalador.
Olharam ao redor, somente naquele momento se dando conta de que haviam virado o centro das atenções para algumas pessoas, dentre elas Eduardo que ria ao lado da namorada e de Tina que também tinha um sorriso pintado em seus lábios.
— Está suada. - Dante comentou, levantando os cabelos dela e assoprando a região do pescoço.
Ele fez isso com a intenção de ajudá-la, de amenizar o calor. Mas tal ato só fizera com que um fogo consumisse ainda mais Kally, deixando-a arrepiada. Ela encostou a cabeça no ombro dele, enquanto Dante passava a mão livre pelos braços dela.
— Você também tá suado. - ela constatou.
— Quer outra cerveja? - ele ofereceu. - Eu certamente preciso de outra e pensar em coisas que não sejam você, suadas, arrepiada e perto de mim.
— Cerveja. - ela não disse nada além disse, fazendo-o sorrir e puxá-la em direção a cozinha.
Ele pegou uma latinha no congelado, abrindo-a e bebendo alguns longos goles, antes de oferecer a ela.
— Onde está sua amiga? - ela perguntou, olhando em volta, vendo a cozinha mais calma.
— Eles foram. A Stefi e a Liza estava bem mal mesmo! O Alex e o Tomas foram levá-las!
— Entendi! - ela bebeu um pouco da cerveja. - Ow, seu flat é muito lindo!
— Você quer conhecer o resto?
— Eu vou adorar.
— Então vamos lá para o tour!
Ela apenas riu.
Eles terminaram de beber a cerveja e então Dante mostrou a pequena área de serviço que havia ali na cozinha, em seguida saíram em direção ao corredor. Haviam quatro portas. Kally descobriu que a primeira era do banheiro, local que estava imundo. A segunda era de um quarto de solteiro e a terceira de um quarto de casal, ambos estavam arrumados impecavelmente e de maneira fina e rica.
— Não deixo que as festas se estenderem pros quartos. - ele explicou, quando fechou a porta do segundo quarto.
— Entendi! E os quartos são lindos. Tudo é lindo!
— Espere mocinha, você ainda não viu o melhor!
— O que é melhor?
— Tcharam!
Ele abriu a última porta, que era de vidro. Era uma pequena varanda, que dava de frente ao mar. Haviam duas espreguiçadeiras e uma mesinha no meio. Dali de cima dava para ver a praia e dava uma vista privilegiada do céu estrelado. Kally estava boquiaberta diante de tanta beleza.
— Nossa, que coisa mais linda. - ela disse, andando em direção a sacada. - Caramba! Eu iria morar nessa varanda até o fim da vida.
Ele riu do comentário dela.
— Pode armar sua barraquinha aqui, eu deixo. - ele disse, fazendo-a ela sorrir.
— Você vai se mudar pra cá? - ela perguntou, enquanto sentava-se em uma espreguiçadeira.
— Não. - ele meneou a cabeça. - Afasta que eu também quero sentar aí.
— Folgado. - ela reclamou, enquanto afastava. Ambos deitaram-se ali, ficando abraçadinhos, devido ao espaço reduzido. - E então…?
— Então que foi presente de aniversário. Eu acho que mais um incentivo dos meus pais para que eu seja independente. Mas não pretendo sair de casa, não por agora pelo menos.
— Entendi. - ela respondeu. - Mas pelo menos quando você decidir sair, já tem seu lugar.
— Exatamente. - ele concordou.
— Nossa, a gente deitou aqui e… - sacudiu a cabeça. - Sua festa. Não quer voltar para lá?
— Não… Eu prefiro ficar aqui com você, está legal conversar aqui. Você quer voltar?
— Não! - ela adiantou-se em dizer. - Foi legal dançar e tudo mais. - riu. - Mas eu também prefiro ficar aqui, playboyzinho.
— Ótimo, sua implicante. - ele fez com que ela se aconchegasse ao seu peito.
Ficaram conversando amenidades, apenas descobrindo um pouco mais um sobre o outro, enquanto trocavam alguns beijos e bebiam algumas cervejas. Dante descobriu que apesar da carinha de santa, Kally fora a maior pestinha de todos os tempos na infância e viu-se encantado ao saber um pouco mais sobre ela.
Foi em algum momento da madrugada, perto do amanhecer que ele notou que ela adormecera, enquanto ele lhe acariciava o braço. O ressonar suave da respiração ritmada lhe dera uma calmaria sem igual. Olhá-la dormir lhe trouxe paz ao espírito. E foi pensando nessa calma e nessa paz que ele a pegou no colo, levando-a em direção ao seu quarto, acomodando-a em sua cama.
Sabia que possivelmente ela surtaria quando acordasse. Mas naquele momento pouco importava. Ele só queria sentir mais daquela paz, que apenas ela lhe transmitia. Só queria mais dela, de qualquer coisa que ela lhe desse, até mesmo os seus sonhos. Tirou a camisa e o tênis, em seguida ligou o ar-condicionado, antes de deitar-se ao lado dela e cobrir ambos com o edredom. E soube naquele instante que dormir com ela estava na lista de suas coisas preferidas a se fazer.
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Atualizado até capítulo 98
Comments
Maria Aparecida Nascimento
A kally esqueceu de ir pra casa dos pais dela
2025-03-19
0
Maria De Fatima Carvalho
esse casal é muito fofo não separa eles não
2024-09-13
0
odia Costa
Esqueceu de ir pra casa
2023-05-24
3