~ Angelo
Já estava noite quando cheguei na casa da tal médica para fazer a varredura do local e tentar descobrir rastros de quem provavelmente a tenha sequestrado. Há essa altura, já estava arrependido de não tê-la matado, evitaria toda essa dor de cabeça.
Da próxima vez, ela não sairá ilesa, é mais útil para mim morta do que foi em vida. Não correria o risco de colocar a integridade e o legado de minha família por causa de uma vadiazinha que viu demais.
- Parece que encontrei uma pista. - disse Vitor que estava investigando pelo quintal da casa.
A pista era uma pequena câmera portátil acoplada entre os galhos de uma árvore, no entanto, aparentava estar descarregada. Esse era um sinal de que não éramos os únicos a vigiando.
Vitor também encontrou umo tecido rasgado entre os galhos, com o pedaço de um brasão bordado, provavelmente daquele que realizou a instalação da câmera.
Diante das pistas encontradas, eu e Gustavo decidimos fazer o percurso do hospital refazendo as rotas que Martina andou pela última vez. Invadimos o acesso às câmeras domiciliares e de vias públicas da região. Então começamos uma cansativa perícia acerca de cada imagem captada, até finalmente encontrar o vídeo de uma câmera de segurança registrando Martina, aparentemente fugindo de alguém, logo após, ela sai do campo de visão, indo em direção ao que parecia ser um beco.
Fomos até o local para tentar encontrar mais sinais que esclarecesse onde ela poderia estar. Foi então que recebo uma ligação de Vitor.
- Líder, após muito procurar, encontrei a imagem do brasão da família que corresponde ao símbolo bordado no pedaço de pano encontrado. A máfia em questão é da família Colins, mais especificamente, Felipe Colins pode estar por trás disso..
- Ok Vitor, aquele desgraçado não perde por esperar. Há anos tenta me destituir da máfia para tomar o poder na cúpula dos anciãos. Não será hoje que conseguirá obter informações sobre mim. Mas de uma coisa eu tenho certeza, ele terá uma grande surpresa durante essa noite.
Angelo já tinha uma ideia formada de onde Felipe estaria mantendo Martina presa, seria o momento perfeito para acabar com dois problemas de uma só vez.
~ Martina
Estava exausta de ficar naquela posição de vítima, sempre a vítima, sempre aquela que as pessoas descontam suas frustrações, sempre a que é alvo da violência contida das pessoas. Estava cansada de tudo isso, talvez realmente fosse o momento de deixar esse mundo...
Já haviam passado aproximadamente três horas, desde que o tal Felipe me deixou aqui. A aflição do que poderia acontecer comigo me castigava mais do que a dor que sentia pelas cordas apertando meus braços e pernas.
Ouço a porta ranger e quando a luz novamente foi ligada pude ver Felipe, dessa vez estava acompanhado por mais dois homens. Um deles veio em minha direção e desatou as cordas que me prendiam à cadeira.
- Você virá conosco. Existem pessoas à sua espera vadia. - Disse Felipe em tom de escárnio.
- Levante! - Praticamente gritou.
Ao tentar ficar em pé, sinto minhas pernas fraquejarem e acabo caindo no chão, provavelmente estava fraca por ter ficado muito tempo na mesma posição.
Um dos capangas coloca Martina de pé bruscamente, pega em seu braço e a arrasta para fora daquele quarto escuro. Vai em direção a uma sala no fim de um corredor, mas antes de entrar, põe um capuz na cabeça dela.
Após andar mais um pouco, põe Martina sentada e prende suas mãos e pés em fechaduras de ferro e tira o capuz de sua cabeça.
Quando teve seu rosto descoberto, pôde ver que estava sentada à mesa, com várias pessoas mascaradas sentadas ao redor. Ela era a única que estava presa, o que era um mau sinal.
Um dos componentes sentados, que aparentava ser o mais velho, pelo som da voz, se pronunciou.
- Que bom que está acordada pequena criança. Não haverá desculpas agora para não dizer as informações que precisamos.
Martina observava apavorada aquela sena, sentia um misto dos piores sentimentos possíveis naquele momento.
- Bem, vou fazer as perguntas por ordem, cada vez que você se recusar a responder, nosso capataz ficará encarregado de cortar algum pedaço de seu corpo. - Disse as palavras com uma voz incrivelmente suave e calma.
- Por favor, eu não sei de nada, não conheço aquelas pessoas. Fui vítima de um sequestro, não trabalho para eles. - Martina já estava com os olhos marejados.
O homem então levanta a mão como um sinal para o capataz, que golpeia Martina no estômago, a fazendo perder o fôlego devido o uso de um soco inglês.
- Essa é a primeira regra das que eu irei lhe apresentar criança. Não me interrompa quando estiver falando e responda somente o que lhe perguntarem, caso contrário, sofrerá consequências como essa.
A situação não era nada boa para Martina, que agora sentia uma dor absurda na região do abdômen. Mas se recusava a perder o controle e dar o gosto de sofrer mais ainda nas mãos daquelas pessoas.
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Atualizado até capítulo 72
Comments
Nucineide Neves
Isso é cruel com ela
2025-02-08
1
Socorrinha Lima
Gente q essa menina nasceu pra sofrer.credo
2024-10-05
1
Josefa Gomes Silva
que merda de vida é essa?os pais um pesadelo, só sofrimento o escroto que ela salvou quer mata lá e agora essa atrocidade, que é isso é a vítima das vítimas,sem direito de defesa,eu hein
2024-10-03
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