Martina
A manhã no hospital estava calma até o momento, sem grandes emoções, o que era ótimo, sinal de que as pessoas estavam bem, vivendo suas vidas nessa cidade pacata.
Desde que me mudei para Berlim e iniciei meu trabalho no hospital Florine, não constitui muitos amigos. Pois amigos seria sinônimo de proximidade, perguntas sobre o passado e coisas que eu gostaria de esquecer. Então preferia estabelecer apenas uma boa relação profissional com os demais presentes no hospital, sem grandes aproximações fraternais.
O dia prosseguiu tranquilo, já estava quase no horário do meu almoço, quando ouço um burburinho vindo da recepção do hospital, me direciono ao local e vejo praticamente todos os funcionários do hospital agitados em frente a TV, assistindo ao jornal local. Pelo pouco que consegui ouvir diante da agitação, me parecia que nesta manhã houve uma intensa troca de tiros entre integrantes da máfia.
Esse era um assunto que me causava calafrios nessa cidade, a fama que as famílias da máfia tinham e a influência que exerciam sobre a população local, me fazia lembrar da criminalidade constante da minha terra natal, onde o tráfico de drogas e contrabando causava tantos conflitos quanto esse retratado na TV.
Foi então que um estrondo vindo da entrada do hospital preencheu o local, o olhar de toda equipe atordoada, vendo homens fortemente armados adentrando no hospital com homem na maca, pelo que me parecia, estar gravemente ferido.
- O QUE ESTÃO OLHANDO? SOCORRAM ELE, OU ESTARÃO TODOS MORTOS. - disse um homem alto, encapuzado, com arma em punho, apontando para qualquer um que se colocasse à frente do seu caminho.
A equipe médica logo se agitou, juntamente com os enfermeiros em plantão. Todos olharam para mim, visto que estava lotada na ala de urgência e emergência nesse bendito dia.
- Ve...ve..venham comigo, eu atenderei ele. - Disse tentando manter a calma frente a todo o meu nervosismo.
- Podem me informar a origem do ferimento? - Falei enquanto corria juntamente com aqueles homens até a sala de cirurgia.
- Atiraram nele, três balas de pistola 9mm. - respondeu um dos homens presentes no local.
Ao entrar na sala de cirurgia disse - Esperem! Não posso deixar vocês entrarem na sala de cirurgia, pode ser perigoso para ele, devido ao ferimento exposto ter contato com organismos externos e ocasionar uma infecção generalizada. Por favor, peço que aguardem aqui fora. - Nesse momento, meu coração já estava acelerado, quase saindo pela boca, a adrenalina já havia tomado conta do meu corpo.
Eles se entreolharam e o que aparentava ser o mais velho do grupo se posicionou à frente dos demais e disse:
- Ficaremos aqui de guarda, mas se algo acontecer com ele, você e todos nesse maldito hospital morrem boneca. - Disse ele perto do meu rosto.
Estava sem saída, como iria fugir dessa situação? Não só minha vida está a em risco, como a de todos do hospital. Como fui me meter nessa confusão?
Não conseguia controlar meus próprios batimentos, parecia que o coração a qualquer momento sairia pela boca. Nunca havia presenciado de perto a atuação de grupos mafiosos, só havia ouvido falar sobre as muitas história que relatavam o controle que as famílias tradicionais da Máfia alemã tinham sobre toda aquela região.
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Atualizado até capítulo 72
Comments
Anonymous
Então, todos os livros de mafiosos que li eles tem hospitais particulares em suas mansões
2024-12-06
1
Ana Lucia Jambeiro Alves
olá boa noite, começando a ler hoje, também gosto quando ten fotos
2024-10-03
0
Jussana Soares
porque não tem fotos dos personagens?,
2024-05-02
6