O que você quer de mim?

Não trocamos uma palavra a mais em todo o de volta. Assim que entramos em casa, fiquei completamente assustada. Minhas coisas já estavam na casa de Dietrich, ele já sabia que eu aceitaria a proposta.

— Não precisa fazer essa cara, apenas poupei você do trabalho! — ele colocou a mão no meu ombro e sorriu.

— Sinceramente, estou começando a pensar em outras coisas… tipo, em como você é estranho! — eu o olho com raiva.

— Gostaria de discutir sobre o contrato agora?

— Óbvio!

Nós fomos até o escritório pessoal dele, que é exatamente igual ao da empresa.

— Você tem gostos esquisitos! — olhei ao redor percebendo que até mesmo a pintura da parede é igual. — Pelo visto você é um eterno viciado em trabalho!

— Também sou viciado em outras coisas, sabe… — ele me olha de cima a baixo.

— Vamos direto ao assunto, por favor?

Logo, eu comecei a citar minhas exigências.

— Primeiro de tudo, não quero que me cobre indenização ou algo assim em caso de separação. Segundo, não teremos uma relação de casal… — ele me olhou como um cachorrinho dengoso. — Terceiro, se você quiser estar com alguém, pode fazer isso.

— Eu não vou trair você!

— Você sabe que eu estarei aqui apenas até conseguir um lugar para morar, certo? Por isso, irei permanecer como a sua secretária, já que o salário é melhor. E tenho mais uma exigência, não deixe ninguém saber que estamos casados!

Dietrich pareceu triste, mas fez o possível para esconder.

— Por que não quer que ninguém saiba?

— Como eu já disse, esse casamento é apenas temporário, não quero que os outros saibam.

— Tudo bem. — ele me entregou o contrato.

Nós assinamos e ele foi direto para o quarto, enquanto eu fiquei no mesmo que estive ontem.

No dia seguinte, Dietrich havia ido para o trabalho mais cedo, então eu apenas peguei um ônibus. Tinha mais ou menos três pontos de parada até chegar lá, e em um desses, uma pessoa inesperada apareceu.

— Você está radiante, gostaria de uma carona bela senhorita? — Rafael estendeu a mão para mim.

— Não! Guarde seus elogios baratos para outra pessoa! — virei meu rosto esperando que ele entendesse e fosse embora.

— Você sabia que seu próximo ônibus está quebrado? Ainda não percebeu que ele atrasou cinco minutos?

Eu olhei para o relógio, percebendo que realmente estava atrasado.

— E como é que você sabe disso? Por acaso foi você quem mandou quebrarem ele?

Eu falei brincando, mas a cara que ele fez, até pareceu que realmente foi culpado.

— Você é maluco?

— Haha, eu até poderia ter feito isso por você, querida, porém não tive relação com isso, foi apenas uma coincidência te encontrar aqui!

(Que nojo…)

— Eu odeio pessoas como você!

— Vai querer a carona?

Eu realmente não queria aceitar, mas se eu fosse a pé não chegaria a tempo.

— Acho que vou chamar um táxi. — Inesperadamente Rafael puxou meu celular da minha mão e o jogou no chão.

A tela do meu celular estava completamente quebrada, mas ainda estava ligando. A minha vontade foi de enforcar Rafael, ainda mais porque ele continuava sorrindo mesmo depois do que fez.

— Se não queria que eu chamasse um táxi, por que simplesmente não pegou o celular e escondeu? Era muito mais simples do que quebrar!

— Mas assim eu posso te dar um presente com essa desculpa!

(Esse cara tem minhocas na cabeça!)

— Não precisa, ainda está funcionando!

Ele tenta pegar mais uma vez o celular de mim, mas dessa vez eu consigo evitar que ele pegue.

— Desista! Não quero nada de você!

(Que dor no coração, por que justo o meu celular?)

— Venha, vou te dar uma carona! — Ele abriu a porta do carro.

— Acha mesmo que vou confiar na pessoa que quebrou o meu celular?

Ele pula em mim, fazendo com que eu deixe o celular cair. Rafael pegou o celular do chão rapidamente e entrou no carro.

— Vamos? — Ele piscou.

Sim, definitivamente eu estava prestes a cometer um crime! Entrei naquele carro por força do ódio, e assim que ele começou a dirigir, Rafael jogou meu celular pela janela.

— Seu maníaco! Ficou doido? Pare esse carro agora! Meu celular tem muita coisa importante que preciso recuperar! — Bati nele várias vezes na porta do carro, mas Rafael apenas continuou com um sorriso no rosto.

Sem esperanças, eu apenas fiquei em silêncio.

— Sabe, você é muito interessante… — Ele continua olhando para frente.

Eu não o respondi, já que meu psicológico estava completamente acabado. Logo, percebi que o caminho que ele estava me levando é completamente diferente… Estávamos praticamente do outro lado da cidade.

— VOCÊ ME SEQUESTROU? — Acabei gritando.

— Sim, mas fique tranquila, te levarei de volta quando terminarmos nosso negócio.

— Negócio?

Ele estava com o rosto pacífico, talvez não tivesse más intenções. Ao que parece, ele me levou para outra cidade próxima. Mesmo com meus surtos e gritos, ele ignorou totalmente o que eu dizia.

Nós chegamos até um restaurante.

— Sério? Você me sequestrou apenas para me trazer a um restaurante?

— Não apenas por isso, gostaria de passar um tempo com você, e também sei que Dietrich irá surtar, gosto de imaginar isso.

— Cara, você tem uma obsessão por ele! Ele já não te disse que quem deve cancelar o contrato é o seu pai?

— Meu pai nunca vai mudar de ideia, ele é assim. Você não entende a gravidade da situação, se isso for concretizado, minha família vai perder tudo que construiu ao longo dos anos! Dietrich vai levar a fama de tudo, e eu serei apenas um sócio.

— Então, você realmente quer salvar sua empresa?

— Sim, eu quero reerguer os negócios da minha família! Mas claro, também quero que Dietrich sofra, eu o odeio.

— Por que você o odeia?

— Eu tenho que responder isso? — Ele não parecia bem.

— Olha, não precisa falar se não quiser.

— Haha, que linda. Acho que entendo porque Dietrich gosta de uma garota tão simples!

— Você calado é um poeta!

— Que malvada, mas como eu disse, realmente entendo porque ele gosta de você…

— O Dietrich? Ele não gosta de mim, segundo Dayne, ele apenas nunca teve ninguém, por isso acredito que ele se apagou a primeira pessoa com quem se envolveu. Não acho que isso seja algo bom.

— Na verdade, é sim!

— Por que?

— Significa que tenho uma chance com você, pelo visto você não gosta dele…

— Primeiramente, você não tem uma chance comigo, NUNCA! E eu… não gosto dele, e muito menos de você.

— Haha… você é bem estranha! Enfim, vamos!

Rafael pegou minha mão e me levou para dentro do restaurante. Minha preocupação era acabar sendo demitida, para piorar a situação, nem pude justificar minha falta por culpa dele! Se bem que agora eu era casada com o chefe, mas ele odeia incompetência.

— Sabe, meu pai está decepcionado comigo. — O rosto de Rafael se desfez, ele virou o copo de vinho com tudo.

— Por causa dos rumores? — Ele confirmou acenando com a cabeça.

— Sendo sincero, ele ficou puto... meu pai não quer que eu me intrometa nos negócios dele. Depois que Dietrich deixou o rumor sobre nossa “relação”, meu pai acha que estou implicando de propósito por ter sido rejeitado. — como na empresa todos acham que Dietrich é gay, depois que Rafael foi procurá-lo, começaram a surgir rumores de uma suposta relação entre ambos.

Dietrich propositalmente deixou que chegasse aos ouvidos do pai de Rafael, e fez parecer que ele o rejeitou.

— Me desculpa, mas qualquer um pensaria isso.

— Isso é uma mancha na minha reputação, ser rejeitado por ele? Eu nunca! — Ele continuou bebendo.

Eu evitei de beber, para não ficar bêbada.

— No escritório... Eleonor, eu estou interessado em você, mas apenas para saber o que ele viu em você! No começo eu estranhei o que aconteceu, já que Dietrich é conhecido por sempre priorizar a empresa. Confesso que mesmo te achando interessante, ainda não consigo entender o que prendeu tanto a atenção dele em pouco tempo.

— Nossa, obrigada. — eu disse, em um tom debochado.

— Meu pai sabe sobre você, eu não escondi que tenho interesse. Acalmou a fera, e também ganhei um apoio, já que meu pai quer que eu tire você de Dietrich. Está realmente preocupado que eu seja gay, mas ele não acredita em mim.

— Mas... Eu e ele já estamos casados...

— Isso é verdade? Ele nunca perde tempo… — Rafael não escondeu o quanto estava decepcionado por não poder lutar abertamente para provocar Dietrich.

— Bom, ninguém sabe do casamento de vocês, isso significa que eu ainda posso provocá-lo! — ele riu.

Em seguida, sua expressão ficou séria, e ele ficou encarando a bebida:

— Me diga, Eleonor, você não quer deixar Dietrich e vir comigo? Posso te ajudar no divórcio!

— Não mesmo.

Eu não sei como acabei entrando no meio dessa guerra, mas não posso aceitar isso. A partir do momento em que conheci Dietrich, minha vida entrou direto pelo ralo.

Já não bastava ele, agora Rafael também está na minha cola?

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Comments

Aldeir Rodrigues

Aldeir Rodrigues

mulher imbecil criansona

2024-01-31

5

Jeni Braz Marques

Jeni Braz Marques

ela é muito infantil

2023-12-15

3

Tania Maria

Tania Maria

Por favor Autora não faz isso cm nosso casalzinho deixa eles serem felizes ela grávida claro 🤭🤭🤭

2023-07-16

3

Ver todos

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