Vamos acabar com isso!

Mais tarde, esperamos todos da empresa irem embora. Dietrich me levou no seu carro, não conversamos muito no caminho. Quando chegamos na casa dele, fiquei um pouco nervosa.

— Não precisa ficar assim, não vou fazer nada que não queira… — ele tirou seu paletó. — Pode esperar um pouco? Vou me trocar.

— Sim.

Depois de alguns minutos, ele voltou. Sua roupa era bem casual, no final, acabei percebendo que ele era uma pessoa normal, já que eu o via como praticamente alguém fora do meu alcance.

Pelo menos no momento, parece que ele e eu somos iguais.

— Eu posso falar com você agora?

Ele parece saber exatamente o que eu ia dizer.

— Vamos cozinhar? Deve estar com fome. — ele desvia do assunto.

— Você prometeu que me ouviria!

— Eu vou escutar enquanto cozinhamos! Gostaria de provar sua comida.

Sem muita escolha, pego um avental que ele me deu e o coloco, Dietrich também usou um. Nós seguimos uma receita de um livro. Enquanto eu estava cortando as verduras, Dietrich preparava os molhos.

— Chefe, eu…

— Dietrich, me chame pelo nome quando estivermos a sós, Eleonor.

— Tudo bem. Dietrich, eu…

De repente, ele deixa o que está fazendo e aparece atrás de mim.

— Eu não preciso de ajuda para cortar verduras! — ainda assim, ele segura as minhas mãos.

— Diga o que queria falar…

A voz dele estava tão próxima do meu ouvido que me arrepiei.

(Foco!)

— Você me disse que não faria nada.

— Eu não estou fazendo, por acaso está com expectativas altas? Se você quiser…

— Não… na verdade, eu gostaria de dizer que precisamos acabar com isso…

Ele me solta e volta a fazer os molhos.

— Tem certeza de que é isso que você quer?

— Sim.

Eu o olhei de relance, ele pareceu decepcionado.

— Tudo bem…

Ele… simplesmente aceitou?

— Obrigada… — ele não me respondeu.

Assim que terminamos de cozinhar, preparamos a mesa. Ele não olhou para mim uma única vez, isso me incomodou um pouco. Eu não tinha certeza do que dizer, pois talvez o meu pedido tenha magoado ele…

— Mas não é possível que ele goste de mim… — eu acabo dizendo em voz alta.

Eu o olho, mas ele continua focado no seu prato.

— Dietrich… eu poderia voltar para o meu setor?

Ele parecia não querer responder.

— Claro.

Ele disse que não deixava ninguém voltar… está realmente magoado?

O silêncio permaneceu durante todo o resto da refeição. Mais tarde, ele me guiou até um quarto, que não era o dele… eu estava com expectativa? Mas não tem como, certo?

— É um belo quarto… mas parece tão vazio… por que?

Eu me revirei várias vezes na cama, sem conseguir pregar o olho. Apesar de não querer bisbilhotar, acabei saindo do quarto.

— Eu não tinha reparado direito, mas a casa dele é bem organizada…

Eu continuo andando, até que escuto a voz de Dietrich. Olho rapidamente e vejo ele conversando no telefone.

— Não… Acho que em breve ele virá me fazer uma visita. Consegui resolver o problema do contrato, então não acho que ele fique com raiva de mim. Você sabe, meu pai só se importa com a empresa, não duvido nada se ele acabar vendendo eu ou Dayne para um casamento arranjado. Ele já está nos empurrando para encontros…

(C-Casamento? Encontros?)

— Sim, ele tem namorada, duvido que aceitaria, mas o meu pai tem muita influência… ele poderia… é, com toda certeza ele faria isso.

Ele fica em silêncio por algum tempo.

— Sim… mas se for para a segurança dela, eu farei isso.

(Dela quem?)

— Há rumores sobre mim, coisas que nunca fiz, por isso nunca recebi propostas, mas dessa vez é diferente. Parece que a filha dele está interessada em mim e não vai desistir. Se ela oferecer aquilo que meu pai quer, não terei outra escolha.

(Como não teria uma mulher interessada em você?)

— Claro, ele vai me ameaçar com minha única fraqueza, não posso esconder ela para sempre, então talvez seja melhor deixá-la ir e fingir que não me importo.

(Ele não poderia estar falando de mim, certo?)

— Sim, tenha uma boa noite!

Quando ele desliga, não faço esforço para me esconder. Ele me encarou como se estivesse olhando dentro da minha alma.

— Perdeu o sono?

— Sim…

Ele se senta, e eu faço o mesmo.

— Está tudo bem?

Ele bate os dedos um no outro várias vezes.

— Sim… Senhorita Vinturinne, eu…

— Por que você sempre muda a forma de me chamar? Às vezes "Eleonor" ou "Nora" e "Senhorita Vinturinne"...

— Apenas… não sei bem como me dirigir a você.

— Me chame pelo meu nome, mas não na empresa.

— Não acho que vamos nos ver mais, então isso não é um problema.

— Não vamos?

— Ando bem ocupado ultimamente, acho que você percebeu.

Eu me senti um pouco triste por isso.

— Ah… entendo. Acho que todos vão estranhar já que sou a única que voltou para o departamento depois de virar sua secretária.

— Me desculpe pelas coisas que aconteceram, e por ser egoísta ao ponto de não querer te deixar ir…

— Mas no fim, você deixou, então está tudo bem.

— Fiz isso apenas porque não tive opção.

— Como assim?

— Me responda uma coisa… você não sentiu nada nesse curto período?

(Outra vez mudando de assunto.)

— Eu…

Meu telefone toca.

— Alô? O quê? Você só pode estar brincando! E por que você está sabendo disso primeiro que eu?

Dietrich me olha curioso.

— Tudo bem… espera, o quê? Ei, não desligue! ELENA!

— O que foi?

— Elena me disse que vai se casar com o seu irmão amanhã, e que eu fui desejada da casa que aluguei.

— Eles vão? — Dietrich não esconde o quão surpreso está. — E você foi despejada e ela sobre primeiro que você?

— Por que eles decidiram isso tão rápido? Ainda nem havia data, e acabou sendo tão cedo… sobre a minha casa, ela disse que os móveis foram enviados de volta, meu telefone estava desligado antes, então não vi as ligações dela. Ao que parece, eles me despejaram porque apareceu um inquilino com boas condições de vida, precisando de um lugar, ele pagou o dobro que eu pela casa, então fui chutada.

Eu acabei mordendo minha boca, e Dietrich puxou minhas mão.

— Não faça isso, as coisas vão melhorar!

— Como? Eu não tenho mais um lugar para morar! — ele ia dizer algo, mas eu continuei falando. — Elena e Dayne resolveram casar mais cedo por causa do seu pai?

Acabei deixando escapar.

— Então você ouviu… acho que eles decidiram acelerar o casamento pois meu pai disse que não interferiria se caso algum de nós já estivesse casado.

— Quando ele falou isso?

— Ontem... de qualquer forma, como Dayne é comprometido, meu pai focou mais em mim, mas enquanto ele ainda não estiver casado, ele não irá parar.

— Sério? Se eles vão se casar tão rápido, vou precisar arrumar outro lugar urgentemente! Eles não vão querer que eu volte, por isso Elena me ligou tão desesperada...

De repente, o olhar de Dietrich mudou. Parece que ele teve uma ideia, mas não comentou nada. Logo, ele me disse para dormir.

Voltei para o quarto, mas ainda sim continuei sem conseguir dormir bem.

— Eleonor! — sinto alguém me sacudir.

— Sai, Elena… eu não dormi bem…

— Não é a Elena! Se não levantar logo vai perder o casamento da sua irmã!

(Casamento?)

— Espera, é agora pela manhã? Mas nós não temos que ir para o trabalho?

Eu me levanto com tudo.

O choque foi tão grande que nem ao menos me importei com como estava minha aparência na frente de Dietrich.

— Calma, ainda temos tempo. Dayne me enviou as informações, e eu preparei roupas para você! Sobre a empresa, deixei um aviso que estávamos fora por conta de negócios.

— Mas eu não sou mais sua secretária… — eu sussurro.

— Realmente, mas você é outra coisa…

— Uma funcionária normal?

— Não apenas isso. Eleonor, hoje vai ser um dia surpreendente!

Por que ele está tão sorridente assim?

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Comments

ARMINDA

ARMINDA

EITA ACHO QUE ELES VÃO CASAR TB.🤪🤪🤪🤪🤪🤪🤪🤪

2023-04-10

7

Barbara Gonçalves de Oliveira

Barbara Gonçalves de Oliveira

Será que ele vai casar com ela também?

2022-12-30

1

melany

melany

ele vai cazar com ela 😂😂😂

2022-12-22

2

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