_ Se você quiser, eu te ajudo a bater no Fernando, mas se a polícia perguntar, eu digo que você me obrigou a te ajudar a bater nele! Que você me amarrou, roubou a minha touca e só devolveria se eu batesse no Fernando ou na Vera! (Sussurrei para o irlandês que estava quieto segurando o gelo que ele pegou quando teve a parada obrigatória do ônibus).
_ Murilo, não estou a fim de brincar com você! (Díoman estava muito mal, ele nem me chamava pelo nome e agora estava todo quieto e franzido).
Eu acho que Fernando o desconfigurou ou roubou um pouco da mágica de Díoman quando lhe batei, pois o irlandês não sorria e nem falava coisas estranhas para mim.
_ Irlandês, a viagem já está um tédio, você com essa cara de cú tá me deixando muito entediado, eu não gosto de suas conversas esquisitas, mas o seu silêncio é pior que você falando bobeiras! (Eu já estava irritado com aquela viagem chata).
_ Não enche! (Ele franziu pra mim).
_ A culpa é sua de ter apanhado, você é burro e barraqueiro! (Falei a verdade).
_ A culpa é minha? Você briga com todo mundo, eu tento lhe ajudar e acabo apanhando por causa da sua irresponsabilidade e falta de travamento na língua! Se estou roxo, é porquê realmente sou burro em tentar defender um imbecil feito você, que só fala mal das pessoas! (Ele se levantou irritado e eu fiquei muito confus
Fiquei tão chateado com ele, eu não tinha feito nada e agora o irlandês estava irritado comigo. Tentei seriamente em saber o que eu tinha feito, mas não conseguia me lembrar. O irlandês também não queria ser meu amigo, eu só perdia amigos, apesar dele ser esquisito e eu não gostar muito dele, ele era meu único amigo, mesmo eu o negando.
Fiquei abalado, me encolhi no canto e me martirizando enquanto o via em pé conversando com o time de futebol, ele era estranho demais, mas era um bom jogador. O pessoal não me aceitava no time, eu sempre fui muito ruim em todos os esportes, em todas as matérias e em fazer amigos. Eu não ficava sozinho porquê queria, eu tentava de verdade, mas toda as vezes que me aproximava de alguém eles riam de mim, ou me xingavam de arrogante, ou simplesmente ficavam em silêncio e aí eu percebi que eu era um incômodo.
Quando chegamos no Campus, fiquei animado ao vê-lo vindo em minha direção, iríamos nos reconciliar, mas Dío só pegou as suas coisas e desceu do ônibus, eu fui atrás se não me perderia como sempre.
No Campus tudo era diferente, era ruim enorme e elegante, tinha vários pavilhões com áreas diferentes. Eu queria ser músico, meu avô era músico antes de largar tudo para ser confeiteiro, o múmia dizia que herdei isso dele, porquê meu pai não era muito bom com instrumentos musicais.
Eu por incrível que pareça era hipermercado em instrumentos musicais, e nunca me cansava de dedilhar alguma coisa até aprender, diferente do português que sempre me entediava, mesmo que eu me esforçasse eu não conseguia aprender aquela porcaria maligna!
Na hora do almoço eu estava sozinho de novo, não era algo incomum eu havia me acostumado com aquilo. Minha mãe dizia par eu comer devagar, que não sentia fome eu só comia por desespero ou dopamina e eu mão precisava disso, mas eu não conseguia evitar, aquilo aliviava meu nervoso e estímulos, então comia desesperadamente até me sentir feliz e fazer a minha cabeça parar um pouco, com os remédios que eu tomava acontecia o contrário, eu ficava sem comer por horas e as vezes passava um mal desgraçado por causa disso, tudo meu era ao extremo, comia ao extremo para ficar dopado, esquecia de comer por já estar dopado, é uma loucura a minha cabeça.
E a ouvindo como sempre tentando não me dispersar com coisas bobas, vi o Fernando rindo com os seus amigos, até ele tinha amigos, mas ru não liguei muito até ouví-lo falar mal novamente do irlandês, como aquele cara era chato.
_ Se não fosse a Amélia eu quebraria aquela bichinha no meio! Não sei porquê permitem aquele tipo de coisa na rua, deveriam banir aquilo do mundo! Aquela aberração horrível! (Então fiquei irritado, o irlandês era uma aberração, mas não precisava dizima-lo do mundo, ele era estranho, mas era legal).
Eu os olhei com ódio, aqueles estúpidos valentões de araque, eles me revidaram com o olhar e foquei na minha comida, pois ela é sagrada e não me critica.
_ O que foi? Está bravo? (Eles se aproximaram de mim debochando).
_ Não fica perto de mim! (Então saí e afastei com a minha comida).
O Fernando riu, e seus amigos colocaram a mao na minha comida me chamando de bichinha, aquilo me deixou a pé da vida quando os vi colocar a mão no meu almoço.
_ Não bota a mão na minha comida! (Como fiquei irritado e quando eu fico assim eu perco o controle eu joguei meu prato neles de raiva).
_ Olha o que você fez, me sujou! Mais eu vou te fazer limpar! (Ele me ameaçou, eu o encarei friamente e quando ele se aproximou eu peguei um pedaço de ferro solto na minha mochila e cacepei sua perna e sua cabeça).
Eu sou baixo, mas sei me defender, principalmente quando mexem com o que é meu. Eu apanhei de seus amigos, mas todos levaram lapadas de ferro bem dadas nas pernas, exceto o Fernando que eu bati nele mais, eu estava nervoso por ele ter mexido na minha comida e xingar o irlandês, eu queria acertar a Vera também, mas ela é mulher e direito iguais não se aplica em brigas iguais, mas eu bateria nela se eu pudesse.
Óbvio que a professora me deixou de castigo e ia contar para a minha mãe que bati em três meninos com ferro e spray de pimenta, que eu nem sabia que era ilegal ter. Fiquei revoltado, eu havia me defendido e estava errado como sempre.
_ Você é louco? Não deveria ter batido nas pessoas com um ferro e um spray de pimenta! Por que você anda com isso na mochila? (O irlandês dizia confuso e indignado).
Eu não ia ficar perto daquele estúpido, estranho, e idiota, reclamando do que eu tinha feito, eu já sabia que todos achavam que eu era o errado como sempre.
_ Não adianta fazer bico para mim, você está errado batendo nas pessoas assim! (Ele só brigava comigo, eu fiquei muito bravo com aquele estúpido).
_ Ele te bateu e te xingou, eu te defendo e você fala que sou errado! O Fernando meteu a mão na minha comida, eu odeio que toquem em minha comida e ficam rindo feito hienas com aquelas caras idiotas para mim! E eu sou sempre a droga do errado em tudo! (Eu estava indignado com aquele imbecil narigudo).
_ Mas você bateu nele com um ferro, se estivesse com raiva de mim, você me bateria com um pedaço de ferro? (Ele dizia perplexo e eu o encarei confuso).
_ M-me erra irlandês! (Fechei o rosto pra ele, aquele estúpido, estranho e burro só fala bobagens).
_ É o que pensei! (Eu não gostei daquele tom de voz, Díoman era um idiota).
_ Você não pensou em nada, eu não respondi nada! Idiota, eu não te bateria nem se eu quisesse!Estúpido, você é burro, mas é meu companheiro e por mais que não faço nada por você, eu não gosto que te maltratem eu fico irritado com quem te maltrata! Você é meu amigo, irlandês! Nós ainda somos amigos, não somos? (Não vou mentir, eu sentia medo dele ir embora igual todo mundo, ele é meu amigo, talvez o único que eu confiava um pouco para compartilhar alguma coisa, e o ver irritado me irritava e me deixava ansioso).
Ele ficou quieto alisando seus cabelos castanhos escuros com os dedos e eu fiquei no meu canto, estávamos brigados, brigávamos muito, mesmo dividindo o mesmo quarto, tínhamos gostos e jeitos completamente distintos, ele sempre foi muito grande e assustador, mas Díoman é delicado e sensível. Eu sempre fui pequeno e bobo, mas sou bruto, bem desajeitoso e grotesco.
_ Eu não bateria em você, me desculpa por te assustar, irlandês! (Eu era um ogro).
_ Sua mãe vai ficar irritada em saber o motivo de você agredir os meninos! (Ele falava se encolhendo feito um camarão).
_ Eu não ligo pra ela, ela sempre quer saber de tudo, dominar meus passos, me obrigar a fazer coisas que não gosto, eu odeio quando ela fica mandando em mim e me forçando a fazer aquelas aulas horríveis de português! (Eu odiava tudo aquilo, era só tarefa e limpezas de quarto, o tempo todo aquilo, isso quando não ia homens estranhos para minha casa e ficava fazendo barulhos no quarto dela, isso me irritava muito).
_ Do quê você gosta? (Eu não entendi aquela pergunta, eu não era bom em nada, então eu não gostava de nada).
_ N-não sei! Do que você gosta irlandês? (Era confuso, eu nunca havia parado para pensar naquilo).
_ De você! (Aquele estúpido deu um riso bobo e escondeu aquele olho roxo entre as pernas e ficou moado).
_ Eu não sou coisa irlandês, e seu olho vai ficar inchado se você mexer nele assim! (Me aproximei dele, parecia que Díoman era muito medroso, eu tentei ver seu olho, mas ele desviou do meu olhar).
_ Não seja medroso, olha o seu tamanho! Está inchado, mas vai passar rápido, e você nem vai sentir mais isso! (Eu peguei a bolsinha de gelo e fiquei do lado dele e coloquei o gelo em seu olho e ele me ouvia quieto).
_ Eu ainda estou com raiva de você! (Ele sussurou para mim e segurou a bolsinha).
_ A culpa não é minha, argh! Odeio todo mundo, odeio quando você fica de mal comigo por causa dos outros! (Eu gritei estressado e ele riu).
_ Não ri de mim Díoman, não tem graça! (Ele fechou o rosto e se levantou da cama).
Nos havíamos arrumado o quarto, o lado dele como sempre estava intacto, Dío sempre foi bem arrumado, já o meu lado era uma bagunça sem tamanho, eu não sabia como aquilo ficou daquele jeito, mas ainda estava arrumado. O vendo olhar aquelas coisas, Díoman pegou um cigarro e acendeu e colocou na boca. Eu sinceramente odiava aquilo, isso significava que havia algo o perturbando, mas o irlandês depois que começou a sair com o maldito do Marcelo, ele ficou mais afastado de mim, estava brigando mais comigo, e ficava tragando e bebendo álcool por aí, irlandês estava sendo contaminado pelo maldito do Marcelo, como eu odiava aquele garoto quando se aproximava do irlandês e o beijava. Díoman nem me beijava mais, eu não sentia falta daquilo, mas Dío não me revistava e nem me beijava mais por causa daquele imbecil do time de futebol.
O vendo tragar fiquei em profundo silêncio, irlandês tragava no banheiro para não feder o quarto e nem chamar atenção da professora que já havia nos dedurado para as nossas mães, aquilo era um pesadelo. Fiquei trêmulo em pensar como a minha mãe me trataria, a última vez que ela se irritou comigo, ela me du um tapa no rosto e ficou sem conversar comigo por quase uma semana.
Eu abri a porta do banheiro e o olhei tragando e se assustando ao me ver.
_ A professora está aí? (Ele olhou assustado e eu o encarei friamente o vendo se matar de câncer, meu pai sempre dizia para eu não usar drogas pois eu morreria cedo, mas Díoman fazia isso e estava vivo).
_ Ela está ou não está? (Eu me aproximei e lhe tirei o cigarro da mão e ele me olhou confuso).
_ Você vai morrer de câncer! (O respondi sério e apaguei o cigarro, Dio fechou o rosto e tentou tirar da minha mão).
_ Devolve! Não seja impulsivo, Murilo! (Ele dizia embolado agarrando a minha mão e eu não soltei).
_ Você vai morrer se continuar fumando desse jeito, eu não quero que você fique doente, seu imbecil! (Gritei como sempre e ele tampou a minha boca revirando os olhos, parecia um ser de outra dimensão o dominando, irlandês estava diferente).
Óbvio que ele não ficou contente por eu estar o salvando, Dío ficou estranho e tomou o cigarro e me mandou ficar quieto, eu fiquei preocupado o vendo daquela forma e impensávelmente eu puxei o cigarro de sua boca e lhe beijei, já havia tanto tempo que irlandês me irritava e me ignorava, eu queria reconciliação, mas não queria o Marcelo no meio da nossa amizade.
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Atualizado até capítulo 142
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