Os seguindo de longe, vi os dois entrarem em uma sorveteira. Eles falavam sei lá o quê, mas as vezes davam uma risada suave e maligna, eu via aquilo! Provavelmente planejavam algo muito mal, pois riam quase sempre, o Marcelo as vezes passava a mão no irlandês, e quando ele fazia isso eu sentia meu rosto queimar e sentia um pouco de raiva vendo aquilo! Eu não sabia o motivo daquela sensação, mas eu queria bater no Marcelo!
E me corroendo de raiva vendo aqueles dois estúpidos conversando juntos, nem fazia ideia de quem eles estavam falando, mas sorriam de um jeito que me deixava angustiado! E na hora que levantaram pra ir embora, eu vi Marcelo pegando na mão do irlandês por debaixo da mesa, mas Díoman tirou sua mão da dele e disse algo, e Marcelo acenou aceitando aquilo. Aí se levantaram e voltaram para direção da escola, o irlandês havia encontrado um novo amigo e havia me esquecido, e eu me sentia mal vendo aquilo, mesmo sabendo que não posso ficar com raiva pela felicidade dos outros, principalmente do irlandês fazendo novos amigos além da escola.
Então eu fui pela rua da direção da escola para guardar meu fósforo, eu havia enfiado a caixinha no bolso, e quando voltava para casa cabisbaixo, senti a caixinha e então voltei para guardá-la enquanto me lembrava, caso precisa-se de um fósforo mais tarde eu o teria lá. E com o cigarro queimando lentamente em volta dos meus dedos, cheguei no beco e vi o irlandês beijando o Marcelo, perto de onde eu guardo meus fósforos.
Eu sabia que ele beijava Marcelo igual fazia comigo, mas aquilo me arrebentou por dentro, eu senti meu peito sendo esmagado de novo! Eu queria bater no Marcelo, por estar atracado no irlandês, mas o Díoman estava correspondendo o beijo dele, e isso doía muito. Doía a ponto deles nem me verem lá do seu lado, eu me sentia como se não existisse e só estava atrapalhando os dois naquele beco, me sentia invisível. Díoman havia trocado minha amizade por um jogador de futebol feio e bundudo, eu era mais legal que aquele cara sem graça.
Vendo aquilo um calor subiu em meu rosto e uma vontade de gritar, chorar e esmurrar alguém subia junto, minhas emoções estavam se bagunçado de novo eu não entendia aquilo! A única coisa que eu queria era que o Marcelo fosse embora e deixava o irlandês em paz para eu lhe dar uma surra para ele aprender a não trocar amizade dos outros por qualquer outra coisa que aparece na frente, meu rosto avermelhava, e sem reação a minha caixinha de fósforo caiu no chão. E quando foi pegá-la eu acho que a minha mente toda bagunçada me atrapalhou novamente e acabei batendo em algo, voltando a atenção deles em mim.
_ Murilo?! (Díoman me encarou assustado e surpreso).
Eu não conseguia conter meu rosto de desgosto, como me sentia enraivado naquele momento, vendo ele me olhando, e quando ele tentou se aproximar de mim, saí correndo dele, eu iria lhe dar uma surra se ele ficasse do meu lado, aquele traíra sem vergonha, com cílios enormes e nariz de batata, parecendo um lunático com aquela cabeleira desgrenhada.
Foi aí que com a cabeça girou e acabei tropeçando e caindo. Eu sei que me ralei porquê partes do meu corpo ardia. Caído, me ergui e encolhi no chão, sorte que não tinha ninguém pra rir de mim, quando eu tropecei e caí, seria pior ainda se alguém tivesse visto isso, eu iria descontar minha ira de leão na pessoa que risse da minha desgraça, eu era um homem mudado e ruim agora!
_ O que aconteceu? Você se machucou todo! (O irlandês me olhava desesperado e preocupado).
O olhando assustado, me encolhi mais quando vi Marcelo atrás dele, eu espumei de ódio, aquele desgraçado do irlandês havia feito uma vítima das suas artimanhas doentias e esquisitas, e o Marcelo parecia esquisito e maquiavélico feito Díoman, por isso eu odiava ele, aquele Marcelo idiota era estúpido feito o irlandês traíra e sem vergonha que tinha boca de caçapa e beija qualquer um.
_ Ele está bem Dío? (Marcelo falava com o irlandês assustado).
_ Eu não sei! (Ele olhava para o Marcelo e depois me encarou de novo).
Eu estava chateado demais, não queria papo com o irlandês!
_ Murilo, o que aconteceu? Por que está assim? Está chorando? Está doendo muito? (Díoman tentava me acalmar, mas eu estava me sentindo estranhamente irritado).
_ NÃO! Me deixa! (Eu o olhei enraivado).
_ Você está machucado! Você caiu agora? (Ele colocou a mão em mim, e eu tirei a mão dele de mim e fiz uma cara ruim).
_ Não coloca a mão em mim! (Eu falava com ele olhando o Marcelo que estava me encarando sério).
_ É melhor deixar ele pra lá Dío! Ele não quer papo contigo! (Marcelo dizia assustado com o irlandês).
_ O que há com você Murilo? Você não é assim! (Assim Díoman ignorou o Marcelo e tentava se aproximar de mim).
_ Vamos embora! Está ficando tarde, e o Murilo não quer papo! Vai ser melhor pra gente ir embora e ele se acalma sozinho! Ele faz isso na escola também! (Assim Marcelo passou a mão nas costas do irlandês, e eu o encarei furioso querendo o esganar).
_ Vai na frente! Ficarei aqui até Murilo ficar melhor! Não vou deixá-lo sozinho! Depois lhe falarei mais tarde pelo celular! (Díoman me olhava pensando em como faria eu desaparecer junto de Marcelo, já que iam planejar algo à noite, aquele irlandes maldito).
_ Você vai ficar aqui, com ele? Murilo nem quer você por perto Díoman! (Pasmado Marcelo falava com o irlandês, nem Marcelo acreditava nas maldades de Díoman).
_ Não vê que Murilo precisa de alguém agora? Ele não se sente bem! Acho que ele nem deveria estar aqui! (Mentiroso).
Aí Díoman deu lhe uma encarada séria, e depois se levantou e disse algo para seu amigo estúpido. Assim Marcelo o olhou e disse algo e depois foi embora. E eu encarava tudo sem entender nada emburrado no chão.
Depois o irlandês me puxou pra cima, me obrigando o encarar, já que eu não queria olhá-lo por sentir raiva dele.
_ Por que está agindo assim, Murilo? (Ele levantou meu rosto enquanto me perguntou aquilo).
_ Eu não estou fazendo nada! (Eu tentava disfarçadamente lhe armar um golpe, já que ele estava fazendo o mesmo).
_ Então olha para mim, enquanto fala isto! Se machucou todo, e saiu correndo! Como não houve nada? Sua mãe disse que você quer ser meu amigo, mas está agindo estranho! (Ele colocava os dedos em meus machucados por diversão, ele era cruel e eu repuxava).
_ Por que você beijou ele? Está amigando com ele, seu traíra imundo? (O amedrontei, com meu rosto feroz).
_ Marcelo? Estamos nos conhecendo! Quem sabe dê certo! (Ele me olhou e depois me deu um sorriso).
_ Eu não gosto dele! Ele é mal! (Eu olhei pro irlandês e depois fechei meu olhar irritado).
_ Ele lhe disse coisas feias? (Assim o irlandês me perguntava enquanto eu arrumava a minha roupa).
_ Não! (Eu disse sério para ele, estava com raiva dele também por beijar qualquer um na rua em busca de amizade).
_ Lhe bateu? Brigou com você? (Ele me cutucava tentando chamar minha atenção).
_ Não! (Eu o encarei emburrado).
_ O quê ele fez contigo? (O irlandês me olhava curioso e confuso).
_ Você me trocou por ele, éramos amigos e agora você faz amizade com aquele esquisito bundudo! Pra piorar você fez amizade com ele da forma que eu disse que não era normal, ninguém faz amizade beijando a outra pessoa seu estúpido pervertido! Foi horroroso vê isso, seu irlandês traíra, safado, bandido, mentiroso! Disse que tinha compromisso, mas estava me substituindo por esse cara ridículo! (Eu o encarava furioso e triste com sua atitude, ele nunca aprendia nada).
_ Você está com ciúmes de mim? (O irlandês mudou seu rosto para sarcástico e começou a rir de mim).
_ Eu não tenho ciúmes de você! Por que eu teria ciúmes de você? (Eu o encarei irritado).
_ Está vermelho e a fazendo biquinho por causa disso! Ciumento! (Ele sorriu para mim malignamente).
_ Eu não estou com ciúmes! Irlandês estúpido! (Eu bati o pé irritado com ele, e aquele irlandês me olhava estranho e me irritava).
Em silêncio Díoman sorria para mim, eu odiava ele! Queria bater nele, por ser assim, tão estranho quando sorria para mim. Seus olhos castanhos claros refletiam as luzes que acendiam no decorrer do escurecer do dia, e sem perceber eu me perdia olhando seu rosto de novo enquanto ele me chamava de ciumento.
_ Você é engraçado! Tão pequeno, e batendo o pé, parece um duende zangado e ciumento! (Ele gargalhava de mim).
Então fui pra cima dele, iria mostrar quem é duende ciumento! Eu nunca fui isso e nem sou tão pequeno para ser um! Iria aproveitar para descontar minha raiva e frustrações nele, já que sua guarda estava baixa, e ele havia me irritado beijando aquele cara do time se futebol!
Então lhe dei um soco, e o irlandês me encarou pasmado, depois dei vários tapas nele e comecei a ficar vermelho por causa daquilo. E comecei falar coisas entalada em minha garganta.
_ Você é um idiota! Não deveria ter beijado aquele estúpido! Nós não éramos amigos? Você nem conversa comigo mais e me trocou por aquele cara do futebol! (Eu o encarei com os olhos fundos, tristes e furiosos).
_ Docinho, para! Está me machucando e eu não tenho culpa se você tem ciúmes dos outros! Não sabia que você se importava desse jeito comigo! (Ele pegou meus braços e depois me colocou encostado na parede rindo).
Eu o olhava e tentei me soltar, então empurrando quase me soltei, aí ele abaixou meus braços e me deu um abraço, me prendendo nele. Eu sentia ele cheirando meu cabelo, então olhei pra cima, e ele me olhava diferente também. E pra piorar, a escuridão da rua, as luzes refletindo em seus olhos, e a lua brilhando no céu, me deu mais vontade de ir pra casa comer ou lhe dar um chute no saco para ele ter juízo, irlandês era muito estranho, talvez fosse um psicopata e precisasse de remédios, por isso era daquele jeito, o irlandês era um ser estranho e perigoso e agora estava me prendendo tentando me matar como sempre.
_ Você vai me matar? Saiba que eu não tenho medo de você e sou muito cruel a noite! (Eu sentia no olhar dele, que só estava experimentando Marcelo sem compromisso).
_ Matar? (Era tão falso, ele me olhava feito um tosco confuso).
_ É... primeiro você arma o bote me prendendo desse jeito, depois você vai quebrar meus ossos feito uma cobra maligna e aí você vai me morder feito um vampirão arrancando meu sangue ou injetando veneno em mim! Você me injetaria veneno irlandês? (O disse sério e curioso, já que ele me olhava confuso).
_ Você é louco! (Díoman me respondeu de forma perplexa).
_ Não Díoman, você não entendeu! Morder igual um vampirão, aqui assim no pescoço, deixando aquelas marcas roxas bem aqui, igual os meninos lá da escola quando saem com suas namoradas! Como elas fazem aquilo? (Eu estava pensativo sobre aquilo, acho que todos haviam sido contaminados por um vampiro).
_ Você quer ser mordido no pescoço? Quer que te morda aí? (Eu acho que ele havia entendido, todos estavam sendo mordidos no pescoço feito uma epidemia, era uma loucura aquela situação, e eu afirmei pra ele bem sério).
_ Não posso lhe dar um chupão no pescoço, o Marcelo vai ficar chateado comigo! Ele não vai gostar de saber que fiz isso! (Até o Marcelo havia sido contaminado pelos vampiros, o irlandês tinha razão a gente não podia ficar perto das pessoas e o Marcelo não precisava ficar perto dele, se não ficaria contaminado também).
_ O Marcelo não precisa saber! (O disse bem sério, Dío era burro e sentia vergonha de contar pro Marcelo que ele estava contaminado).
Assim Díoman olhou seu relógio e me deu uma encarada amarga. Depois sussurrou algo em estrangeiro e puxou minha mão, e olhou meus ralados, e foi me puxando por aí sem dizer nada. Ele ia me sequestrar, eu estava sendo sequestrado por aquele estúpido louco sem nenhum motivo aparente.
_ Você vai me levar para onde? Não pode me sequestrar! (Ele havia me ignorado).
Aí comecei a ficar extremamente preocupado, eu não sabia o que tinha dado nele e porquê ele estava irritado.
_ Você tá com raiva? Por isso vai me bater e depois me jogar na vala? (Eu o encarei com medo).
_ Quê? (O irlandês parou e me olhou confuso).
_ Vai me matar, por isso está me puxando por aí? (Eu dizia medrosamente para ele).
Então ele ficou em silêncio e me deu um encarada bem feia, e passou a mão no rosto e voltou a me guiar.
Assim ele ficou em silêncio o percurso todo, até eu reconhecer o caminho que estávamos trilhando, era o caminho da minha casa e em pouco tempo, ele havia me levado pra lá, era o tempo bem menor do que eu costumava andar, pois me distraía com qualquer coisa na rua.
_ Por que me trouxe pra casa? Você nem sabia se eu ia vir pra cá ou não! (Eu o indaguei, já que ele ficou em silêncio o tempo todo, talvez ele fosse o rei dos vampiros).
_ Está tarde, você não pode ficar na rua desvaneiando olhando para qualquer lugar! É perigoso, mesmo você conhecendo o caminho, ainda mais sozinho! (Ele passou a mão no cabelo e não olhava em meus olhos enquanto falava comigo bem esquisito como todas as outras vezes).
_ Você é um vampiro, não é? Eu não vou contar pra ninguém irlandês, sobre esse segredo obscuro seu! (Eu sussurei em seu ouvido tentando ganhar confiança, mas o irlandês me olhou assustado).
_ Não! Eu tenho que ir embora, está tarde! (Ele ficou bravo).
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 142
Comments