_ A vida é uma festa Murilo! Vamos viver como se não houvesse amanhã! (Ele dizia animado e descia o morro correndo).
_ Eu não quero morrer! Para isso! Já passamos da escola, eu tenho que ir para lá! (Eu tava tremendo e abraçado na bicicleta para não me esborrachar no chão).
_ E quem disse que estamos indo para à escola? Eu estou lhe levando para a minha casa! (Ele me encarou e sorriu maliciosamente).
_ Para a sua casa? O que vamos fazer na sua casa? Eu quero descer! Eu tou com medo! (Eu o olhava assustado, e quanto mais o olhava, mais ele sorria animado).
_ Nos divertir Murilo! Vamos saber sobre os prazeres da vida, e se você tiver dúvidas sobre isso lhe ensinarei lentamente tudo! (Ele se empolgava e eu sentia que ia ser torturado por aquele louco).
_ Eu não quero saber de nada! Eu quero sair! Eu não tou mentindo sentindo bem! (Eu abracei a bicicleta e tava me sentindo mal e enjoado com aqueles pensamentos).
Assim descemos a ladeira a mil. Pensei que íamos morrer com a velocidade que estávamos descendo. Díoman era louco, passava entre os carros como se a vida não valesse nada! Ultrapassamos todos, e eu temia morrer naquela loucura. Entramos em um condomínio fechado a mil, mais parecia que o porteiro não se importou com a gente. Ficamos correndo até ele fazer uma curva, e de um jeito horrível paramos na frente de uma casa gigantérrima e elegante, na qual sua entrada eu vomitei tudo o que tinha comido em mim e nele. Tremendo feito vara verde e pálido o encarei com medo, e ele me encarava de volta sem reação.
Depois o irlandês me puxou para dentro daquele lugar enorme. Provavelmente a casa ia ser roubada! E ele ameaçou o porteiro para deixá-lo entrar sem permissão naquele condomínio!
_ Eu quero ir embora! Me solta seu maluco! (Assustado eu puxava meu braço da mão dele, mas parecia que ele nem sentia aquilo).
_ Agora você poderá me ver quando quiser! Irei lhe mostrar o meu quarto, mas antes você terá que se limpar, está amarelado porquê vomitou muito, eu não sabia que caras brutos enjoavam fácil! (Ele me encarava empolgado me puxando pela casa).
_ Não quero ver nada! Quero ir embora! (Eu morria de medo do que ele ia fazer comigo, eu tinha quase certeza que o irlandês ia se vingar por aquilo, vomitei no pé dele).
_ Você irá sujo assim? (Díoman parou e me olhou de cima em baixo).
_ Não tem problema, eu vou para minha casa e me troco! (Eu não tinha notado que tava todo imundo, por causa daquele estúpido).
_ Claro que não irá assim! Darei lhe um banho e irá ficar limpo de novo! Tomarei banho também, podemos aproveitar o chuveiro juntos! Eu lhe lavarei e você me lavará! (Ele olhou sério para mim e eu comecei a ficar morrendo de medo dele).
Sem conseguir reagir, ele me encarava e depois começou a rir do nada. Eu não sabia do que ele ria, mas era maligno! Com certeza, ia me matar no banheiro com uma faca, igual naquele filme psicose! Já que o irlandês queria me levar na cozinha de todo jeito, e por algum motivo eu não conseguia fugir enquanto ele me arrastava pela casa.
_ Deveria ver a sua cara quando lhe disse aquilo! Eu deveria ter filmado isso! Você é engraçado, fazendo essas expressões! Vou lhe mostrar o banheiro e lhe darei algo para vestir! (Ele continuava sorrindo enquanto me puxava pela escada à cima).
_ Eu quero ir embora! Eu tou com medo! (Eu tava tremendo de medo, pois só tinha nós dois na casa e Díoman ria feito um lunático, e eu tinha certeza que ele ia me matar por ter vomitado e gritado com ele mais cedo!).
_ Medo? Você tem medo de água Murilo? Não se preocupe, não deixarei você afogar lá dentro do chuveiro! (Díoman continuava rindo e eu ficando mais trêmulo).
_ Eu quero ir para casa! Não quero morrer! Pode levar meu dinheiro, eu não vou gritar mais, eu juro! Vou até... (Eu comecei a ficar muito mal sentindo medo dele, sentia que ia desmaiar).
_ Do que está falando? Está doido? Você irá tomar um banho e se trocar dessa roupa de vômito! Está até ficando mais pálido por causa do enjoo! Isso deve está afetando seus neurônios! (Assim ele me mostrou o banheiro).
_ Você não vai me afogar lá dentro? Ou me dá uma facada que nem o psicose? Ou me esquartejar e me jogar dentro de uma dessas paredes e passar cimento, que nem o caso daquele garoto que matou sua mãe e a escondeu dentro da parede? Saiba que eu sou mais forte do que pareço! Eu lutarei pela minha vida, mesmo que eu morra depois! (Tremendo eu falava com ele aflito).
_ Murilo, você acha que irei lhe matar? (Ele começou rir de novo, malignamente planejando minha morte).
_ Você é engraçado! Sua imaginação é extraordinária! Mas como você é tão forte, terei que me preparar melhor para dar-lhe uma emboscada! Então hoje não irei fazer isso, porquê não estou em um nível de crueldade tão alto, a ponto de matar meu oponente no aniversário dele! (Ele passou sua mão em meu rosto delicadamente falando aquilo suave).
_ E como posso confiar em você? (Eu não era burro a ponto de confiar nele).
_ Dando-lhe a chave do banheiro, para você se proteger lá dentro, caso você sentir medo de alguns monstros que estiverem aqui fora! Enquanto isso vou fazer um chai para nós! Pegarei uma toalha e uma roupa limpa pra você, meu carinha forte e temível! (Assim o irlandês entregou a chave para mim).
Eu o olhei e ele pediu para que eu o esperasse, pois ia me dar uma toalha para me enxugar. Quando ele se foi eu entrei lá dentro com medo.
O banheiro era enorme, quase do tamanho de meu quarto. Mas eu não me distraía com aquilo! Díoman disse que ia fazer um chai! Que diabos era um chai? Era uma poção? Uma sopa, e eu era o prato principal dela? Ou pior de tudo, veneno! Ele ia me envenenar com esse tal de chai e vender meus órgãos!
Então fiquei de guarda olhando a porta do banheiro, depois me virei e vi os potes de xampu. Eu olhava para eles e uma embalagem era bem diferente da outra, tinha xampu para cabelos lisos e outros para os ondulados. Tinha vários cremes nas prateleiras, tinha muitas cores em cada pote parecia um arco-íris.
Havia um armário com um espelho enorme! Dentro dele, tinha alguns potes de remédio, escova de dentes, creme dental, barbeador, e outras coisas de uso pessoal. Era bem organizado aquilo. E no box tinha uma banheira, eu nunca tinha visto uma! Ela era branca e tinha umas torneiras do lado, por curiosidade eu abri elas e me perdia vendo a temperatura delas, uma era fria e a outra quente. Do lado da banheira tinha um chuveiro bem diferente, ele tinha um negócio agarrado na parede que lavava as costas, e tinha aquelas torneiras de duas cores e um painel digital na parede que fazia parte do chuveiro, e eu não faço a mínima ideia do que era!
Era divertido o tapete lá dentro, era bem macio. Os azulejos eram bem detalhados, os ladrilhos eram brancos com detalhes. Era bem diferente do banheiro lá de casa, que só cabe o chuveiro e o vaso. Nesse banheiro, cabia minha cama, meu guarda roupa e ainda sobrava muito espaço! O espelho lá dentro era bem estranho, mas elegante.
Enquanto eu encarava tudo aquilo, deixei a toalha cair no chão quando foi fuxicar um cestinho que parecia um baú, era apenas cesto de roupas de gente rica. Aí então eu tirei minha roupa e tentei ligar aquele chuveiro que eu nunca tinha visto na minha vida. No começo foi bem complicado, eu não entendia como mexer naquilo, mas depois vi que era só rodar as duas torneiras para deixar a água morna.
Era um chuveiro tão grande, era difícil concentrar no banho olhando a água cair daquele troço. Ainda mais quando eu via o sabonete, era tão diferente dos que eu era acostumado usar. Era de marca diferenciada, vinha em caixas, e não em papel embrulhado. Tudo naquilo era estranho e de rico, confortável e gostoso, mas não lembrava a minha casa. Eu queria tomar banho em casa, aquilo era muito diferente da minha vida!
Então desliguei o chuveiro e me enxuguei, eu não sabia o que fazer minhas roupas estavam vomitadas e eu não queria ficar sujo estando limpo. Então sentei no vaso, esperando uma iluminação na minha mente, mas eu me distraía com tudo naquele lugar, até sentir umas batidas na porta e me assustei.
_ Murilo? Está tudo bem? Mandei fazerem um lanche, mas se você demorar muito vai ficar pronto e esfriar! (Era o irlandês batendo na porta).
_ Eu... eu tou! Como que vou sair daqui irlandês? (Eu não sabia o que tava fazendo lá, minha cabeça começou a querer dar pane novamente, eu pensava a mil e me sentia assustado).
_ Posso entrar e lhe ajudar? Você está há muito tempo aí preso! Estou preocupado com você! (Então Díoman abriu a porta, que eu havia esquecido de trancá-la).
Então eu o encarei assustado, e confuso com aquilo tudo que tava acontecendo. O irlandês estava segurando algo na mão, e me encarava assustado também.
_ O que você está fazendo sentado aí? Você está bem? (Ele me olhava preocupado e se aproximava, e depois percebi que só tava de toalha perto dele).
_ Eu tou sem roupa! Eu não sei onde limpar elas para vestir de novo! (Então peguei minhas roupas e mostrei para ele).
_ Você está assim por causa disso? Era só ter me chamado que lhe entregaria as roupas que peguei para você! (Assim ele me puxou do vaso e me tirou do banheiro).
_ Eu quero ir para casa! Minha cabeça está esquisita! Tá tudo confuso! (O irlandês me guiava por aquele corredor enorme e abriu uma porta).
_ O que você tem? Sente-se e se vista! Foi as menores roupas que encontrei no meu armário, deve servir em você! (Nunca pensei que o irlandês tivesse sentimentos, ele parecia preocupado comigo enquanto me mostrava as suas roupas).
Então o encarei e passei as mãos nas roupas, eram marrons e macias. Então sentei lá com minha cabeça girando, quando penso muito a minha cabeça fica desorganizada e tudo parece entrar em curto-circuito, então eu entro em pane e só volto a raciocinar depois de um tempo.
_ Você está com medo de mim? Eu não farei mal, quero assistir algo com você! Comer um bolo, e lhe parabenizar, meu docinho de coco! (O irlandês passou a mão em meu cabelo o alisando e o olhei, ele me encarava estranhamente).
_ Minha cabeça tá estranha! Acho que tou pensado muito de novo! E eu tou pelado com você do meu lado! Minha mãe disse que ninguém pode me ver sem roupa! (Eu o olhei sério).
_ Agora que percebi sua nudez! Você é cabeludo! Não sabia que você tinha tantos pelos! E é todo pintadinho, de cima em baixo! Troca de roupa e vamos ver um filme ou sair para ver algo mais interessante, para esquentar nossa manhã ensolarada! (Assim o irlandês me encarou novamente rindo maliciosamente e fechou a porta com uma roupa na mão).
Eu vesti a blusa que ele tinha me deixado, ela ficou enorme. E quando foi vestir uma cueca não tinha, me senti desprovido de roupa! Então peguei sua calça, e era o que eu imaginava ela caía e era enorme de tamanho, eu tive que dobrá-la para não pisar em cima.
Vendo as enormes roupas que vestia, me distraía olhando o quarto do irlandês. Era bem arrumado, suas roupas eram palhetadas da cor mais clara a escura e bem cinzas e marrons. E suas fotos eram bem diferentes, ele geralmente estava em viagem com seus pais. Como era diferente aquelas fotos, aquele guarda roupa, aquela cama e tudo ao seu redor. Eu me sentia em um mundo completamente diferente encarando as fotos dele, parecia ser mais sério nas fotos do quê comigo.
Eu admirava aquilo tudo, segurando a calça que caía batendo um vento frio na minha bunda, era bem estranho aquela sensação. Mesmo assim eu mexia em suas coisas, já que ele me deixou sozinho naquele lugar estranho. Eu encarava tudo até alguém abrir a porta do quarto. Eu não havia percebido e estava segurando a calça com uma mão e a outra uma foto do irlandês, e do nada senti uma fungada em meu pescoço. Aí eu tremi, com certeza era fantasmas querendo a casa roubada de volta, e pensava que era eu o culpado daquilo!
Então espatifado, pensava que o fantasma estava querendo a vingança por sua casa e com certeza ia me matar por estar em sua casa! Então mentalmente comecei pedir perdão a Deus, pois minha hora estava chegando. Jamais pensaria que iria morrer por fantasmas e monstros, isso me deixava aborrecido. Até sentir uma mão passando em meu cabelo e me cheirando novamente, foi aí que estremecido, eu não conseguia olhar para trás.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 142
Comments