Lá estava aquele bocoio sentado no sofá mexendo nas malas, e eu o vi e lhe dei um tapa na nuca. Assim ele me olhou assustado e fez uma careta para mim e depois conversamos como antigamente.
_ Gulu gulu glu glu! (Eu dizia animado para aquele estúpido).
_ Wobba lob dub dub! (Hugo me respondia sorrindo).
_ Não pode falar isso Hugo, quer que a mãe bate na gente? (Aquele idiota havia xingado).
_ Me dá outro tapa na nuca, que te meto a mão na cara! Seu estranho e idiota! (Assim Hugo me deu um sorriso e me abraçou).
Hugo é meu irmão mais novo, ele tem 14 anos, 1,76m, cabelo preto igual o meu e de meu pai, ele tem sardas igual a gente, e seu olho é azul igual da mãe, só que pequeno, e não tem olheiras, bem diferente do meu que é enorme e tenho olheiras feito meu pai. Perto de Hugo sou bem pequeno, mas eu não ligo, ele zomba de mim e dou um chute na canela fina dele. Meu irmão é alto e magricela, eu sou baixo e um pouco encorpado.
Meu irmão quando meus pais se separaram ele foi ficar com meu pai. Ele havia ficado aguado quando meu pai foi embora, não queria comer e seu cabelo caiu muito. Ele não dizia nada, só ficava amarelo e calado. Aí quando meu pai veio ve
_ Como que é morar com o pai? Eu senti sua falta! Olha só que fiz pra você! (Eu fiz um desenho feio pra ele, porquê ele é feio).
_ Odiei! (Ele encarou aquilo e debochou do meu desenho, depois o guardou).
_ Você deveria tá na aula! (Depois que botei que aquele idiota estava matando aula).
_ Eu faltei, o pai disse para diretora que ia ficar aqui com você e a mãe nessa semana! (Ele falava olhando para a mala e me mostrando suas roupas).
_ Vai ser que nem antigamente, quando morávamos todos juntos! (Eu o encarei pensativo).
_ Vai ser! (Ele me encarou pensativo também).
Então o ajudei levar as coisas dele pro meu quarto. Minha mãe havia dito que ele é meu pai iam ficar na nossa casa com a gente. E guardando suas coisas eu vi o seu celular e nele tinha uma foto bizarra com ele e uns amigos, eu acho.
Via que meu irmão parecia ser bem popular com as pessoas, ele tinha muitos amigos. Eu confesso, senti inveja dele por causa daquilo, eu não tinha amigos, só o irlandês que era meu amigo, inimigo e as vezes eu nem sabia o que ele era comigo, irlandês fazia coisas que amigos e nem inimigos faziam, eu não o entendo.
_ Você é um canalha bisbilhoteiro! Por que tá fuxicando aí? Quer ver coisas particulares minha? ( Meu irmão tirou o seu celular de minha mão me encarando).
_ Quem são esses? (Eu o encarei assustado com sua atitude).
_ Uma galera! Mas não é pra você mexer em minhas coisas! (Ele me encarou nervoso, e eu não o entendia, então peguei o celular de volta curioso).
_ Você bebe? (Ele puxava o celular de volta, e sem querer caiu em uma foto que ele estava bebendo álcool com aquelas mesmas pessoas).
_ Claro que sim, sou bem mais maduro que você! Estúpido, não tá vendo eu e meus amigos se divertindo! ( Hugo então puxou o celular de minha mão novamente, se esnobando pra mim).
_ Isso é coisa de gente adulta! Você não é adulto! Eu vou contar pra mãe! (Eu falava com ele espantado com aquela atitude delinquente dele!).
_ Vai falar o quê, idiota? Eu em, todo mundo faz isso! (Ele guardou o celular e me encarou um pouco sem graça).
_ Não, faz não! Eu não faço isso, é a mãe disse que não pode fazer isso, é você esta fazendo! (Assim eu o encarei e saí correndo do quarto, atrás da minha mãe).
E correndo pela casa, vi o Hugo atrás de mim, aí eu me desesperei! E quando eu via nossos pais no quarto, percebi que estavam conversando sei lá o quê bem sérios. E quando foi tentar ouvir conversa, o Hugo chegou atrás de mim e me puxou do nada.
_ Para de ser fofoqueiro Murilo! É claro que não bebo, é só uma foto com amigos! Você não tira foto estranhas com seus amigos também? (Ele me olhava assustado pedindo clemência, e eu nem sabia do quê ele falava).
_ A mãe e o pai tá falando! Cala a boca que quero ouvir conversa! (Então o empurrei bem nervoso, odeio que me puxou e gritem comigo, a minha cabeça fica confusa).
_ Então você não vai contar para nossa mãe? ( Meu irmão sussurrava para mim e o olhei sem entender do quê ele falava).
_ Falar o quê? (Eu o olhei sério).
_ Sobre a bebi... Ah deixa pra lá! Você é burro mesmo! (Assim ele falou aquilo irritado).
_ Eu não sou burro! Eu só não entendo as coisas de forma rápidas! (Minha mãe sempre dizia que eu não era burro e falava que eu entendia as coisas da minha forma!).
_ É... é! Vamos ouvir conversa! (Ele fez um sinal de silêncio pra mim, e eu já nem lembrava daquilo mais).
_ Vamos! (Eu dizia empolgado pra ele).
E em silêncio, quase não ouvia nada que eles diziam! Eles falavam muito baixo, e meu irmão ficava olhando tentando deduzir o que ouvia, e eu tentava fazer o mesmo, só que me distraía demais com a formiga subindo na parede. Então meu irmão me encarava e me dava um tapa na nunca, dizendo "moscou" para mim!
Eu me irritava com aquilo, pois sabia que quando ele dizia isso, era porquê estava em transe de novo! E no fim deduzimos que eles queriam ficar juntos, porquê eu estava mais perto deles que meu irmão. E ouvi meu pai dizer que já tinha três anos que não fazia aquilo, e minha mãe disse que gostava da maneira que ele cuidava dela, ou algo assim e queria tentar de novo! Isso nos animou muito, era legal quando eles não brigavam, e eu estava disposto a fazer eles voltarem.
_ Eu tenho certeza que não foi isso que eles dizeram, Murilo! Desde quando a mãe e o pai vão querer ficar juntos aqui? Principalmente depois que a mãe sacaneou o pai daquele jeito! (Meu irmão me olhava me negando, sobre minhas teorias).
_ Claro que vão! Se não quisessem, por quê a nossa mãe ia dizer que ia tentar novamente? É claro que ela gosta dele, por que se não, como eles iriam ter a gente? O pai também gosta da nossa mãe e ele perdoa ela! (Eu falava empolgado pra ele).
Confuso meu irmão me encarava, mais no final depois de tanto insistir, meu irmão concordou com a livre e espontânea pressão em me ajudar.
A gente tentou aproximar nossos pais durante a semana, só que ambos eram difíceis de aproximar, e ao decorrer dos dias se passando, minha mãe me deixou ir pra escola sozinho de novo, depois que meu pai conversou com ela e ele me levou para sua casa e eu fiquei muito tempo em sua casa, como a comida do meu pai e indo no café ver meu avô, eu acabei ganhando um teclado do meu avô, ele me ensinou dedilhar algumas notas e se eu aprendesse rápido, ele me ensinaria a tocar teclado, eu fiquei extremamente empolgado com o teclado e toquei quase todos os dias que fiquei no meu pai, antes de voltar para casa da minha mãe.
Na casa da minha mãe, eu estava mostrando Hugo o caminho pra escola e como era divertido ver as coisas na rua. Eu me empolgava o percurso eu me distraía demais, então Hugo sempre me empurrava e isso me tirava do sério, mas eu sabia que isso era pra mim ter atenção então me acalmava depois, mesmo não gostando daquela maneira que ele fazia comigo.
Só que andando é me distraindo ele acabou me empurrando e gritando comigo, eu não havia percebido que estava estressante para meu irmão aquilo. Eu também estava nervoso, mas não queria deixá-lo aborrecido com aquilo, então fiquei quieto e um pouco retraído com sua reação, e o empurrei sem querer quando ele gritou comigo, eu não aguento gritos, isso me bagunça literalmente.
Nesse momento que fiquei extremamente chateado e o empurrei, alguém bateu no irmão. E o puxou para longe de mim, e queria socá-lo de novo. Era o irlandês, aquele louco, então foi até o irlandês tentar impedi-lo de bater em meu irmão.
_ Não encosta no meu docinho! Entendeu!? (Meu irmão o olhava encolhido, enquanto o irlandês falava friamente e irritado com ele o ameaçando).
_ Para com isso irlandês! Está louco? (Assim eu peguei o punho fechado dele e o puxei para baixo).
_ Ele bateu em você! Ele vai ter o que merece! Ninguém encosta no docinho! (Assim ele levantou o punho de novo segurando meu irmão que estava assustado).
_ Não bate no Hugo irlandês! Ele está assustado, não está vendo? (Então gritei com irlandês e puxei o Hugo).
Assim o irlandês me viu defendendo meu irmão, e fez uma cara muito assustadora para o Hugo e me puxou para perto dele.
_ Ele lhe bateu Murilo, isso não pode acontecer! Ele queria lhe machucar e você está o defendendo? (O irlandês olhava para mim e me dizia aquilo suavemente, me abraçando).
_ Claro, ele é meu irmão! Você não pode bater na minha família! Irlandês estúpido! (Assim o irlandês me encarou pasmado).
_ Você tem irmão? (Assim o irlandês encarou meu irmão assustado e me soltou).
_ Claro que tenho irmão! E você está assustando ele! (Assim eu foi para perto do meu irmão).
Ele apesar de alto é medroso feito eu! Só que obviamente não contava isso para ninguém, eu não podia mostrar meu defeitos para os outros, por isso defendi meu irmão! Ninguém bate no Hugo, sem ser eu!
_ Eu não sabia que você tinha irmão, meu docinho! Se eu soubesse não havia batido em meu cunhado! (Assim ele se aproximou da gente e abraçou meu irmão animado).
_ É-é... me solta! (Meu irmão falava com o irlandês um pouco receioso).
_ Agora que estou vendo, você é igual o Murilo! Só que têm olhos azuis, e é alto! Eu pensava que era um ex do Murilo! Eu odeio exs que não aceitam fim de relacionamento! Se você fosse um ex perseguidor, iria lhe bater até você entrar em coma, e eu me tornaria o seu pesadelo diário! (O irlandês falava alegremente para meu irmão o abraçando empolgado).
Meu o irmão o olhava horrorizado, eu bem sabia do porquê ele ficar tão assutado, O irlandês queria ser amigo dele também! Sempre que Díoman tentava ser amigo, ele assustava as pessoas, só que era a primeira vez que ele bateu em alguém, antes de assustá-la.
_ Meu irmão não gosta de abraços, irlandês! Você está deixando ele ter uma péssima impressão de você, o abraçando assim! Como quer ser amigo dele, o apertando desse jeito? (Meu irmão estava tremendo, com certeza não gostava de abraços, por isso estava assustado daquele jeito).
Assim que o irlandês o soltou, Hugo veio correndo em minha direção, e sussurrou horrorizado em meu ouvido.
_ Esse cara é um louco! Tentou me espancar na sua frente, e parece que ele é gay! (Pálido Hugo falava comigo me puxando pra longe).
_ Ele só quer ser seu amigo! Ele sempre faz isso com todo mundo! Só que ele te bateu, por pensar que você queria me machucar! O irlandês é esquizofrênico, mas é amigo! (Eu falava animado para meu irmão enquanto ele olhava pro irlandês o encarando fixamente e sorrindo estranhamente).
_ Ele me ameaçou e me bateu, Murilo! Esse cara é louco, olha como ele está olhando para gente! Com certeza quer me matar! (Enquanto o Hugo falava, Díoman mexia na sua mochila).
_ Claro que não! O irlandês nunca faria isso com ninguém! (Eu também pensava que ele era assassino, mas esse é o jeito dele).
Assim o irlandês se aproximou da gente com algo preto na mão sorrindo estranhamente.
_ Vamos tirar uma foto, para registrar o dia que conheci o irmão do meu doce! (Assim ele mostrava o celular empolgado e nos apertou para uma foto).
Assim que tiramos a foto, fomos para a escola. O irlandês não tirava os olhos de meu irmão, e sempre sorria animado para ele. Teve um momento que estavam conversando, eu vi meu irmão sorrindo alegremente para ele. Eu confesso que senti um pouco de ciúmes, não queria o Hugo tão amigo do irlandês, já que Hugo tem vários amigos, facilmente iria tira o irlandês de mim.
Depois que passamos muito tempo juntos, na sorveteira conversando vi o irlandês o encarando animado, então por baixo da mesa eu peguei em sua mão. Assim ele me olhou assustado e o encarei sério e fiquei cabisbaixo, já que eu não consegui dormir com ele naquele dia e eu tava com muita vontade de fazer aquilo, então Dío se aproximou de mim e sussurrou baixinho em meu ouvido.
_ Vocês são parecidos, mas só você tem o biquinho que amo! (Assim ele me deu um sorriso e passou o dedo em minha boca enquanto meu irmão estava distraído).
Então o encarei assustado com o arrepios que dei, nós éramos grandes amigos e nesse momento, soube que ele não ia me abandonar feito os outros amigos que tive!
E assim Hugo tornou-se amigo dele também, e toda vez que meu pai vinha me visitar e trazia Hugo, a gente marcava para se ver. E o irlandês ficou boquiaberto quando conheceu meu pai, ele sempre falava que estava louco para eu envelhecer também! O Díoman sempre foi louco, e ele me fazia ficar menos solitário e ficar mais alegre, quando ele dizia que queria saber como seria se ficasse com alguém mais velho que ele.
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Atualizado até capítulo 142
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