Eu Amei Você Primeiro ( Reescrita)
...“Tenho uma teoria. A minha teoria é sobre momentos. Momentos de impacto. A minha teoria é que esses momentos de impactos, esses ‘flashes’ de realidade que nos reviram, acabam a definir quem somos. O fato é… Cada um de nós é a soma dos momentos que já tivemos. E de todas as pessoas que já conhecemos. São esses momentos que se tornam a nossa história. Como as nossas músicas favoritas de lembranças que tocamos na nossa mente várias vezes. Essa é minha teoria. Que esses momentos de impacto definem quem somos. Mas o que eu nunca considerei… E se um dia você não se lembrasse mais de nenhum? Um momento de impacto tem a capacidade de mudar, tem efeitos bem além do que podemos imaginar. Em alguns, algumas partículas batendo nas outras, deixando-as mais unidas que antes, enquanto mandam outras para grandes desafios, indo para onde nunca julgou que elas iriam. Essa é a questão sobre momentos assim. Não pode nem tentar controlar como irão te afetar. Tem que deixar que as partículas se colidam. E esperar até a próxima colisão”...
...— PARA SEMPRE....
...˙❥˙ Prólogo ...
A noite de Natal sempre teve um brilho especial para mim, mas este ano, tudo desmoronou. Eu corria para fora de casa, as lágrimas embaçando minha visão, enquanto o frio da noite mordia meu rosto. Meu coração estava partido. Eu havia acabado de ver Hain, meu marido, beijando Paige Martin, a sobrinha do padrasto dele, sob as luzes cintilantes da nossa sala.
— Elena! — ouvi Hain gritar do umbral da porta. — Elena, espera! Por favor! — Mas eu não podia. Não depois daquilo.
Entrei no carro, tremendo, não só de frio, mas de raiva e tristeza. Minha mente estava um turbilhão.
— Como ele pôde? — perguntei a mim mesma, enquanto engatava a marcha e arrancava com o carro. A aliança de casamento, que uma vez simboliza nosso amor e compromisso, agora pesava em meu dedo. Com um gesto resoluto, eu a retirei, observando seu brilho sob a luz do poste enquanto a colocava no bolso do meu casaco. Depois, com raiva, joguei o casaco no banco de trás.
— Adeus, Hain — sussurrei, com a voz embargada pela emoção.
A estrada estava quase deserta e as luzes de Natal piscavam indiferentes ao meu desespero. Eu dirigia sem destino, cada quilômetro me afastando mais da vida que pensei que teríamos juntos.
— Por que, Hain? Como você pôde fazer isso comigo? Conosco? — As perguntas ecoavam na cabine do carro, misturando-se ao som da minha respiração ofegante. Eu sabia que a partir daquele momento, nada seria como antes. A confiança estava quebrada, e meu coração, em pedaços. Eu estava sozinha, perdida, mas tinha que seguir em frente. Por mim.
Deixei a Claire que dormia no sofá com os seus avós, e saí da casa deles às pressas, pegando apenas as chaves do carro e o meu celular. A neve caía silenciosamente sobre as estradas escuras e mal iluminadas da madrugada. O relógio do carro marcava pouco mais de meia-noite. A traição que acabara de descobrir envolvendo o homem que eu amava, e ainda dizia amar-me naquela mesma manhã, martelava em minha mente enquanto dirigia sem destino.
Não queria acreditar que tinha sido enganada por todos esses anos. As lágrimas turvavam minha visão, mas eu tentava focar na estrada, buscando alguma forma de esquecer as cenas que me torturavam. Foi quando a vi, uma figura solitária na beira da estrada, acenando por ajuda. Seu carro estava com o capô aberto e saía fumaça. Ela estava visivelmente despreparada para o frio cortante, vestindo muito pouco. Contra o bom senso, parei o carro.
— Oi, está tudo bem? — perguntei ao abaixar o vidro.
— Eu só preciso de um celular para chamar um reboque, o meu descarregou. Se não for pedir muito — ela respondeu, com um leve tremor na voz.
Ela parecia ter minha idade, na mesma altura, cabelos no mesmo tom castanhos que o meu. Após uma breve conversa, convenci-a a aceitar uma carona. Ela disse estar indo para Amersham, o que não ficava muito longe de onde eu pretendia ir, apenas para me distrair da minha própria dor. Ela concordou, pegou uma pequena bolsa de mão de seu carro e jogou as chaves do veículo para o lado, desistindo dele com uma risada amarga.
— Ele estava velho e era do meu ex, então que se f... Desculpa, eu… Só não tive um dia bom — ela disse, enquanto entrava no meu carro.
— Somos duas, então — respondi, tentando esboçar um sorriso. Apresentamo-nos. Ela era Alice, e eu lhe disse que me chamava Elena.
Ofereci-lhe um casaco que estava no banco de trás, e ela agradeceu, dizendo estar realmente precisando. Enquanto dirigia, tentava não pensar na traição ou no que faria a seguir. No entanto, o silêncio foi interrompido pelo vibrar do meu celular, que estava no bolso do meu casaco que agora ela vestia. Alice estendeu-o para mim, mas recusei pegar.
— Não. Deve ser o traidor do pai da minha filha — falei, tentando manter a firmeza na voz.
— Aqui diz Muriel na tela — ela comentou, e a menção desse nome fez meu coração disparar. Muriel era minha sogra, e ela só me ligaria a essa hora se algo sério tivesse acontecido. Peguei o celular e atendi, a preocupação evidente em minha voz.
— Alô? — mal pude falar antes de ouvir a voz do outro lado e o grito de Alice.
— ELENA!!!
Antes que pudesse reagir, uma luz forte surgiu em alta velocidade em nossa direção. O mundo girou, e a escuridão me envolveu.
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Atualizado até capítulo 58
Comments
Fafa
Eita 😨😨😨!!! Estou achando que o marido não traiu ela, e que a safada o beijou de propósito, ou houve alguma armação. Agora a pobre saiu desesperada e pelo que entendi, se envolveu em um acidente e será dada como morta em vez da Alice, por causa da aliança no bolso do casaco 😬
2024-06-10
1
corrinha
quem não tem
2023-06-06
4
corrinha
homem quando é cafajeste só sabe mentir e manipular a gente apaixonada acredita e como acaba chorando 😭😭💔
2023-06-06
2