｡* Capítulo 17*。

Na manhã seguinte despertei com Analis abrindo as janelas, o dia estava mais claro que no dia anterior, olhei pela vidraça e não haviam muitas nuvens no céu, estava um azul claro límpido e brilhante.

— Bom dia senhorita.Descupe despertá-la tão cedo, mas o senhor Caspian exige sua presença na sala do trono antes do desjejum. — Suspiro me esticando sobre a cama.

— Se já não bastasse a briga no jantar, ele deseja uma pela manhã também? — Me sento calçando as pantufas de pelugem escura deixados para mim.

— A senhorita foi bem corajosa em jogar aquele talher em direção ao príncipe. Se fosse outra pessoa ele teria mandado executar na hora, mas parece que ele gosta da senhorita. — Bufo.

— Prepare meu banho por favor, coloque uma essência diferente. Ele parece ter gostado da que usei ontem. — Ela me olha intrigada.

— A senhorita não quer agradar o príncipe? — Nego balançando a cabeça negativamente sorrindo.

— Não,eu não quero agradá-lo. Já tem pessoas demais fazendo isso... Me diga, do quê o príncipe desagrada? — Ela suspira enquanto seu olhar é completamente preocupante.

— Princesa, a senhorita deve estar fora de seu juízo. Ele não gosta de ser desagradado e fazendo isso, pode encontrar a irá dele, o que eu garanto que será terrível.

— Ainda assim, quero saber, Analis.— Ela respira fundo.

— Ele não gosta de ser acordado no meio da noite, nem de ser interrompido em sua caminhada matinal. Detesta figos, na verdade tem repulsa por figos, e o pior de tudo, odeia ser chamado de Lorde da escuridão, isso o deixa irado. — Ouvi cada palavra com um sorriso travesso nos lábios, já tinha uma missão da minha próxima tarefa para irritar o principezinho mimado.

— Não se preocupe, ele não saberá que foi você quem me contou.

— Vou preparar seu banho.

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Depois de Analis me preparar, me acompanhou até a sala do trono. Caspian estava sentado relaxado sobre seu trono, minha vontade era arrancar o sapato dos pés e lançar naquele sorriso o desfazendo.

— Queria me ver? Estou bem aqui, o que quer? — Ele arqueia a sombrancelha se endireitando.

— Seu humor é excepcional ao acordar. Parece uma tigresa feroz.

— Você fez Analis me despertar, odeio ser acordada. — O sorriso volta a seus lábios.

— Bom saber. — Suspirei. — Mas queria te apresentar suas damas de companhia, escolhi as melhores do reino para você.

— Eu quero Analis como dama de companhia! — Ele me olha sério.

— Analis não tem os requisitos pra tal cargo, ela é apenas uma criada.

— Posso cuidar disso eu mesma. — Ele suspirou. Analis já estava cooperando comigo, outra pessoa só iria atrasar meus planos para sair daquele reino. — Gosto dela, ela é uma ótima criada, ama servir o príncipe e já está acostumada comigo.

— As duas são impecáveis, me agradam em tudo, na aparência, na servidão e obediência.... — O interrompo.

— Quero Analis e não vou abrir mão disso. — Caspian ergue os ombros desviando o olhar respirando fundo.

— Certo então, Analis será sua dama de companhia. Mas não vai querer nem conhecer as que escolhi pra você?

— Não, não tem motivos para conhecê-las. — Assentiu.

— Ótimo — Ele se levanta vindo até mim . —, então podemos ir para o salão e tomar o desjejum. — Me estende o braço, olho para seu braço voltando o olhar para seu rosto.

— Sei o caminho.

Me viro o deixando alí, ouço seu riso , mesmo sendo baixo.

— Claro que sabe.

O desjejum foi mais tranquilo, apenas nos dois estávamos a mesa. Não tínhamos espectadores desta vez, apenas os criados em uma fileira próximo a porta.

— Está muito quieta. O que esta tramando? — Sondou Caspian enquanto levava uma xícara de chá a boca.

— Por que acha que tramo algo? — Rebati .

— Estamos apenas nós e até agora, não me provocou em nenhum momento. — Sorrindo tomei meu chá.

— Se quiser posso socar seu rosto, ou melhor, jogar chá quente em você. — Ele sorri mordendo o lábio.

— Garota feroz e insolente. Não tem medo do que posso fazer a você? — Coloco minha xícara sobre a mesa delicadamente o olhando, seu olhar é completamente intenso, mas não tenho mais medo algum.

— Não... O que você faria? A morte me parece uma amiga neste momento, já senti uma dor insuportável quando criança, acho que posso aguentar sua chibata em meu lombo. — Ele gargalha . — Não foi minha intenção ser engraçada.

— O que te faz pensar que a mataria, ou te bateria com a chibata? — Ergo as sobrancelhas.

— Sua crueldade é conhecida pelos reinos. Isso não é nenhuma surpresa pra mim.

— Você está certa sobre isso...Contudo a forma que a torturaria seria bem mais prazerosa, creio que pediria mais. — Engulo seco.

— Obsceno, tenha decoro. — Limpo a garganta.

— Apenas estou sendo sincero, senhorita. Tenho inúmeras formas de lhe proporcionar torturas. Se quiser posso te mostrar ainda essa tarde. — O fito com os olhos enquanto ele acaricia a mesa com o dedo.

Meus pensamentos vagam em várias cenas de livros ardentes que havia lido. Cenas estas que me causaram arrepios e uma sensação estranha, mas interessante entre as coxas.E seu comentário me fez sentir um resquício disso. Meu rosto deve estar completamente ruborizado neste exato momento.

— Pelos deuses, Caspian.— Desviei o olhar enquanto ele ria.

— Ficou corada, que fofo... Já esteve com um homem, princesa? — O encaro de olhos arregalados. Como ele ousa me fazer esta pergunta obscena? Em um impulso pego o pêssego sobre a mesa,o jogando em sua direção, rapidamente ele o pega com mão, o mordendo logo em seguida enquanto me olha sorrindo. — Por sua reação, a resposta é não.Interessante!

— Você é... Urrr... Como você me irrita. — Me levanto da cadeira. — Não dá para ter uma conversa civilizada com você.

— Onde esta indo? — Ando a passos largos em direção a saída.

— Para um lugar bem longe de você, seu libertino. — Ele sorri .

— Freya... Volta, ainda não terminou seu desjejum.

— Se engasga com ele e me deixe em paz.

— Freya.

Me dirigí para fora do castelo, havia visto um um jardim pela sacada do meu quarto, ele parecia muito agradável.

Me sentei no pequeno banco de pedra em frente ao jardim o admirando. Havia um caminho de pequenos arbusto que levava para dentro da floresta, várias tulipas negras e ao fundo vermelhas. Há também um pequeno bebedouro de pássaros no caminho para a floresta. O jardim parece ser muito bem cuidado, está tão vivo e reluzente que chega a ser surreal.As luzes do sol que ultrapassa a nuvem que o esconde, deixa um charme ainda maior no pequeno jardim. A brisa leve, toca meu rosto como um beijo apaixonado, fecho os olhos a sentindo. Nem parece que teve uma terrível tempestade a dois dias atrás, tudo está tão impecável e perfeito, diria que a tempestade trouxe foi mais beleza aquele jardim.

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