DIANE CLARK
— Eu tenho uma ideia — comentei, eufórica.
— Qual? — Me encarou.
— Por que não fazemos um, hum? — sugeri.
Seus olhos se arregalaram.
— Sabe fazer bolo de chocolate?
— Claro!
— Que legal! — exclamou, contente.
— E, se quiser, pode me ajudar também, o que me diz? — propus.
— Quero sim! Vamos? — Pôs-se de pé no mesmo segundo, entusiasmada.
— Vamos! — afirmei e saímos do cômodo.
Atravessamos o corredor e descemos as escadas. Alheia, vi que Frederico ainda não estava por ali e seguimos até a cozinha. Tratei de procurar, com a ajuda dela, tudo que precisaríamos e os agrupei em cima da mesa.
Peguei o avental e Alice reclamou, querendo ser a “chef de cozinha”. Sorri ao ouvir sua exigência e o coloquei nela. Rimos quando vimos que ficou grande pra ela, mas não se importou e tratamos de nos concentrar na receita, despejando as medidas necessárias em uma tigela redonda de vidro.
— Agora preciso de mais farinha de trigo — avisei depois de misturar tudo, e ela começou a despejar na tigela, deixando uma boa quantidade cair na mesa e no chão.
— Ops! Fiz bagunça — observou, rindo de modo sapeca.
— Depois limpamos tudo. Temos que terminar isso logo — anunciei.
— Certo — concordou.
Ficamos tão inertes enquanto aprontávamos o bolo que sequer percebemos que o seu tio estava demorando demais para retornar. Assim que terminamos, coloquei o bolo pra assar e Alice falou que iria lavar suas mãos, melecadas por conta da massa crua que estava comendo. Tratei de ir limpando tudo, até me virar e deparar com o Fred parado na porta, me observando.
— Oi! Eu e a Alice preparamos um bolo — enfatizei e, silencioso, caminhou até mim.
Seus olhos se mantiveram fixos aos meus e parou em minha frente.
Estava sorrindo, mas parei quando levantou uma de suas mãos até o meu rosto. Não fazia ideia do que estava tentando fazer, só sabia que meu coração disparou no peito, tornando difícil até de respirar.
— Estava sujo — disse ao esfregar seu polegar em minha bochecha, limpando-a.
Sorri, meio sem graça.
— Obrigada — agradeci, passando minha mão no mesmo local e me distanciei, indo até o armário.
— Obrigado por ter ficado com ela. O Edgar é um pé no saco quando se trata de negócios, e tive que analisar alguns papéis com urgência.
Demorei mais que o esperado, desculpe por isso — pediu.
— Não precisa agradecer. A Alice é um amor de criança, não dá nenhum trabalho, pelo contrário, estou adorando tê-la aqui. Está me distraindo, evita que eu pense na falta que meu pai me faz também — revelei, sentida.
— Então é bom, apesar de ela falar demais — pontuou e sorrimos.
— Não fale assim dela — defendi minha mais nova companheira pra passar o tempo nessa casa. — Edgar é seu sócio? — perguntei, mudando de assunto.
— Sim — disse, recostando–se na bancada da pia ao meu lado, enquanto me ocupei em misturar os ingredientes pra levar ao fogo e preparar a calda de chocolate pra colocar no bolo quando assasse. — A esposa dele teve gêmeos há alguns meses. Acredito que se dariam bem — insinuou.
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Atualizado até capítulo 75
Comments
Fatima Vergueiro
Acho que um nasceu para outro
2023-07-20
7
Ruth Simone Andrade
É isso aí. essa Diane é folgada, mais ele não fica atrás
2023-07-14
9
Rita Silva
İsto, Diane, conquistando a sobrinha!!! 😉
2023-07-14
0