12

DIANE CLARK

— Ah, oi! Acabei de preparar o jantar. Não sei se gosta, então, me desculpe se não o consultei antes. — Comprimi meus lábios em um meio-sorriso.

Silencioso, trilhou até parar ao meu lado e fechou os olhos, inspirando o cheiro da comida.

— Pelo cheiro, parece bom — comentou, incerto.

Peguei um garfo e mergulhei na massa, espetando alguns camarões também e o ofereci.

— Não quer… Antes que terminasse de falar, ele abocanhou o talher, comendo todo o conteúdo do garfo, olhando fixamente em meus olhos. Me vi hipnotizada perante a cena que se desenrolava em minha frente e sacudi a cabeça ao me dar conta que era hora de parar com o vinho. Estava começando a ver coisas onde não existia e isso só podia ser por conta do teor de álcool que percorria em minhas veias.

— Hum… delicioso! — elogiou, passando a língua entre os lábios.

Desviei minha atenção, não querendo que ele percebesse meus olhares descabidos, além de tentar convencer a mim mesma que não me encontrava no meu juízo normal. Não era certo estar tão afetada por simples gestos de um homem lindo, tesudo, gostoso e… Ó, céus! O que eu estava pensando?

Respirei fundo, voltando a minha consciência, e proferi: — Feliz que gostou. Pensei até que não comeria, hum… por querer se manter em forma — salientei.

Voltei a bebericar o vinho, mesmo ciente que não deveria colocar mais nenhuma gota na minha boca.

— Então acha que pra um velhote também estou em forma? — Me engasguei com a bebida e comecei a tossir ao ouvir sua pergunta. — Está bem? — questionou, afagando minhas costas, e pegou a taça da minha mão, pondo sobre a bancada.

Tossi um pouco mais até me sentir melhor.

— Sim, estou — afirmei. — Obrigada! — agradeci, esboçando um sorriso fraco. Firmei meu olhar no dele. — Não te chamei de velhote com a intenção de ofendê-lo e vi que mais cedo se sentiu desconfortável quando o chamei assim, portanto… — Eu? Ofendido? Claro que não! — negou com veemência e se pôs em minha frente.

Inclinou seu corpo em minha direção, levando suas mãos até a borda do mármore, segurando com firmeza, enquanto me via presa entre seus braços, e seus olhos miraram os meus com afinco. Umedeci meus lábios, tentando fugir do seu olhar inquisidor, no entanto, não consegui.

— Se não ficou ofendido, por que fugiu o dia todo? — contestei de uma vez.

Ele riu.

— Não tenho motivos pra fugir de uma ninfeta como você — desdenhou.

— Quê? Como ousa me chamar de ninfeta, seu… — Pressionei meus lábios, evitando chamá-lo de velhote outra vez.

— Chame-me como quiser, mas saiba que ninfetas como você nunca saberão o que velhotes como eu são capazes de fazer com uma mulher entre quatro paredes. — Abriu um sorriso convencido.

Franzi o meu cenho, demonstrando minha irritação com o modo que se referiu a mim.

— Não me chame de ninfeta, velhote! — provoquei e o assisti rir um pouco mais, divertido.

Logo afastou-se.

— Foi você quem me provocou primeiro, agora aguente as consequências — alertou. — Vou tomar um banho antes de jantar, se quiser, pode comer sem a companhia do velhote aqui. — Apertou a ponta do meu nariz como se eu fosse alguma criança e riu, abandonando o ambiente posteriormente.

Fiquei ali, procurando pelo meu raciocínio lógico depois de me ver sozinha, recostada contra a pia.

Como ele ousava me chamar de ninfeta? Filho da mãe!

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Comments

Daniela Sant

Daniela Sant

Ué ela pode chamar ele de velhote mas ele não pode chamar ela de ninfeta?? palhaçada

2024-01-29

1

Raquel Ciriaco

Raquel Ciriaco

falou o que quis ouviu o que não quis 😄😄😄😄😄 esses dois ainda vai dar panos pra mangas🤣🤣🤣

2023-11-28

5

Valentina Meireles

Valentina Meireles

é cada uma viu fico só observando 😂🤪😛😂😸

2023-10-26

0

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