DIANE CLARK
— Ah, oi! Acabei de preparar o jantar. Não sei se gosta, então, me desculpe se não o consultei antes. — Comprimi meus lábios em um meio-sorriso.
Silencioso, trilhou até parar ao meu lado e fechou os olhos, inspirando o cheiro da comida.
— Pelo cheiro, parece bom — comentou, incerto.
Peguei um garfo e mergulhei na massa, espetando alguns camarões também e o ofereci.
— Não quer… Antes que terminasse de falar, ele abocanhou o talher, comendo todo o conteúdo do garfo, olhando fixamente em meus olhos. Me vi hipnotizada perante a cena que se desenrolava em minha frente e sacudi a cabeça ao me dar conta que era hora de parar com o vinho. Estava começando a ver coisas onde não existia e isso só podia ser por conta do teor de álcool que percorria em minhas veias.
— Hum… delicioso! — elogiou, passando a língua entre os lábios.
Desviei minha atenção, não querendo que ele percebesse meus olhares descabidos, além de tentar convencer a mim mesma que não me encontrava no meu juízo normal. Não era certo estar tão afetada por simples gestos de um homem lindo, tesudo, gostoso e… Ó, céus! O que eu estava pensando?
Respirei fundo, voltando a minha consciência, e proferi: — Feliz que gostou. Pensei até que não comeria, hum… por querer se manter em forma — salientei.
Voltei a bebericar o vinho, mesmo ciente que não deveria colocar mais nenhuma gota na minha boca.
— Então acha que pra um velhote também estou em forma? — Me engasguei com a bebida e comecei a tossir ao ouvir sua pergunta. — Está bem? — questionou, afagando minhas costas, e pegou a taça da minha mão, pondo sobre a bancada.
Tossi um pouco mais até me sentir melhor.
— Sim, estou — afirmei. — Obrigada! — agradeci, esboçando um sorriso fraco. Firmei meu olhar no dele. — Não te chamei de velhote com a intenção de ofendê-lo e vi que mais cedo se sentiu desconfortável quando o chamei assim, portanto… — Eu? Ofendido? Claro que não! — negou com veemência e se pôs em minha frente.
Inclinou seu corpo em minha direção, levando suas mãos até a borda do mármore, segurando com firmeza, enquanto me via presa entre seus braços, e seus olhos miraram os meus com afinco. Umedeci meus lábios, tentando fugir do seu olhar inquisidor, no entanto, não consegui.
— Se não ficou ofendido, por que fugiu o dia todo? — contestei de uma vez.
Ele riu.
— Não tenho motivos pra fugir de uma ninfeta como você — desdenhou.
— Quê? Como ousa me chamar de ninfeta, seu… — Pressionei meus lábios, evitando chamá-lo de velhote outra vez.
— Chame-me como quiser, mas saiba que ninfetas como você nunca saberão o que velhotes como eu são capazes de fazer com uma mulher entre quatro paredes. — Abriu um sorriso convencido.
Franzi o meu cenho, demonstrando minha irritação com o modo que se referiu a mim.
— Não me chame de ninfeta, velhote! — provoquei e o assisti rir um pouco mais, divertido.
Logo afastou-se.
— Foi você quem me provocou primeiro, agora aguente as consequências — alertou. — Vou tomar um banho antes de jantar, se quiser, pode comer sem a companhia do velhote aqui. — Apertou a ponta do meu nariz como se eu fosse alguma criança e riu, abandonando o ambiente posteriormente.
Fiquei ali, procurando pelo meu raciocínio lógico depois de me ver sozinha, recostada contra a pia.
Como ele ousava me chamar de ninfeta? Filho da mãe!
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Atualizado até capítulo 75
Comments
Daniela Sant
Ué ela pode chamar ele de velhote mas ele não pode chamar ela de ninfeta?? palhaçada
2024-01-29
1
Raquel Ciriaco
falou o que quis ouviu o que não quis 😄😄😄😄😄 esses dois ainda vai dar panos pra mangas🤣🤣🤣
2023-11-28
5
Valentina Meireles
é cada uma viu fico só observando 😂🤪😛😂😸
2023-10-26
0