Meu tempo ali já havia acabado, então peguei minhas coisas, pronto pra sair do ambiente, quando a escutei murmurando baixo algo que não entendi. Cessei meus passos e me aproximei dela, parando ao lado da esteira. Ela sorriu timidamente e tirou os fones.
— Bom dia! — saudou.
— Bom dia! Dormiu bem? — indaguei.
— Ah, muito bem — respondeu.
— Que bom. Ouvi você resmungando, precisa de ajuda? — inquiri.
— Na verdade, sim. Não sei mexer muito bem. — Apontou para o painel.
Sorri e lhe passei os comandos.
— Hum… acho que entendi — mencionou.
— Pelo jeito, não costuma malhar, certo? — constatei.
Diane bufou.
— Não. Morro de preguiça, mas já que aqui não tenho muito o que fazer, tenho que ocupar meu tempo com algo, e exercícios é uma boa, até pro meu físico — enfatizou.
— O que tem de errado com seu físico? — perguntei, vendo-a começar a andar devagarinho na esteira.
— Ah, sou acima do meu peso ideal, então será bom me exercitar e, quem sabe, perder alguns quilos — disse e deu de ombros.
— Não vejo dessa forma — mal terminei de falar, e ela me olhou, surpresa, esquecendo-se completamente do que devia fazer, e se desequilibrou, quase caindo, mas consegui ampará-la a tempo, segurando-a pela cintura junto ao meu peitoral.
Ficamos nos olhando por algum tempo, até ela piscar algumas vezes, parecendo recobrar sua consciência, e se distanciou, desligando o aparelho.
— Desculpa, acabei… A interrompi.
— Vi que se desequilibrou, não se preocupe. Está tudo bem? — sondei, preocupado.
— Sim. Obrigada! — Sorriu minimamente em forma de agradecimento.
— Bom, vou indo. — Me preparei pra sair, mas fui impedido quando perguntou: — Acha mesmo que… não preciso perder alguns quilos? — Me voltei pra ela, que sorriu timidamente, e dei um passo à frente, ficando ainda mais próximo dela.
Não deixei de notar que sua respiração se tornou alta, e meu olhar acompanhou sua língua passar entre seus lábios, os umedecendo. Respirei fundo, voltando a focar em responder o seu questionamento.
— Não, não acho. É perfeita desse jeito — Inspecionei-a da cabeça aos pés, mirando seus olhos castanhos em seguida, e a assisti comprimir seus lábios em um sorriso ameno, mas contente. Suas bochechas ruborizaram.
Involuntariamente, levei uma de minhas mãos ao seu rosto e alisei a sua bochecha com as costas do meu indicador. Permanecemos imóveis, como se o tempo tivesse parado ali mesmo. Ao perceber que aquilo não era certo, resolvi quebrar o clima.
— Pena que é uma ninfeta atrevida — soprei, provocando-a, e ela bateu contra a minha mão, livrando-se do meu toque.
— Não volte a me tocar, velhote de uma figa! — rebateu, dando-me as costas, e subiu na esteira, ligando-a outra vez.
Sua irritação era quase palpável, e comecei a rir, divertido.
— Você estava gostando do meu toque, admita! — incitei.
— Ora! Não seja tão convencido, velhote. — Rosnei ao escutá-la me chamando novamente daquela forma.
Caralho!
Saí da academia, concluindo ser melhor ficarmos o mais distante possível, mesmo que estivéssemos compartilhando o mesmo teto ou, qualquer hora dessas, perderia de vez a minha cabeça, esquecendo-me completamente da nossa diferença de idade e de quem ela era filha e a mostraria quem era o velhote aqui.
Ninfeta atrevida!
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Atualizado até capítulo 75
Comments
Valentina Meireles
verdade procurar emprego comprar a casa voltar prá faculdade não virar um encosto nas casa dos outros é ainda sem saber se comportar ou dá o respeito
2023-10-26
6
Katia Regina Manoel
Que ela vai fazer nos 3 meses ? Ela devia está procurando emprego e um lugar pra morar e não está ali de férias.
2023-08-30
2
Mercês Braga
credo que coisa esse dóis kkk
2023-07-26
0