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DIANE CLARK

— Claro que não! Eu só estava tentando ler um pouco pra passar o tempo. — Mostrei o kindle. — Na verdade, a Alice é uma fofa — elogiei, olhando-a, e ela sorriu pra mim.

— Ela disse que é sua amiga, mas bem que podiam ser namorados.

— Frederick se abaixou e a olhou seriamente.

— Não é legal ficar dizendo essas coisas, hum? — a repreendeu.

— Tudo bem. Desculpe — murmurou, fazendo um biquinho.

— Não seja ríspido com ela. Está tudo bem — adiante-me em dizer.

— Ok. Agora é melhor irmos lá pra baixo. Vou deixá-la assistindo a algum filme enquanto peço nossa comida — sugeriu, e Alice assentiu, saindo do quarto.

Logo se voltou pra mim e aproveitei pra sair da cama.

— A Alice é meio tagarela, então não ligue para certas besteiras que ela disser — Sorri.

— Sabe o que ela me disse? — Dei um passo à frente, e ele cruzou os braços em frente ao seu corpo.

— Não. Tenho até medo de pensar no que saiu daquela cabecinha mirabolante, mas o que lhe disse? — procurou saber.

— Que seus pais também te chamam de velhote. — Ele revirou os olhos e soltou o ar, impaciente.

Inclinou seu corpo, até pela nossa diferença de altura, visto ele ser mais alto, e mirou meus olhos com determinação brilhando em cada um deles.

— Falta um parafuso na cabeça dos meus pais, assim como na sua, por isso seu apelido se encaixa perfeitamente em você, ninfeta atrevida. — Antes que pudesse responder, me deu as costas e saiu do quarto.

Como ele conseguia me tirar do sério sem o mínimo esforço? Argh!

Tínhamos terminado de almoçar há pouco tempo. A comida que Frederico pediu estava maravilhosa e julgava que, desse jeito, seria obrigada a focar realmente em exercícios pra perder um pouco das calorias que ganharia com tanta comilança. Enfim, não era hora de pensar em nada disso.

Nesse momento, estava em um quarto que ficava no andar de cima, no final do corredor, onde tinha uma cama e diversos brinquedos. Assim que entramos, Alice me informou que era seu quarto e aproveitei pra olhar ao redor quando me sentei no chão emborrachado e ela seguiu até um dos nichos, apanhou um enorme urso de pelúcia, acomodando-se ao meu lado.

Frederico havia pedido que ficasse com ela enquanto ia ao seu escritório pra tratar de algum assunto importante ao telefone, e o tranquilizei, conscientizando que faria aquilo sem problema algum, então me agradeceu e saiu.

— Gosto bastante desse urso, porque foi meu tio que me deu. O nome dele é Tom. Meu tio disse que foi uma boa escolha — comentou, abraçando e cheirando o brinquedo.

— Hum… é muito bonito mesmo — reconheci.

Ela sorriu fracamente e, de repente, tornou-se emudecida e meio pensativa.

— O que foi? — inquiri, preocupada.

— Estou sentindo falta da Mônica. Sempre que venho, ela faz bolo de chocolate pra mim, e hoje não está aqui. — Suspirou, entristecida.

Mônica havia saído bem cedo pela manhã, avisando a Frederico que, como era seu dia de folga, daria uma saída pra espairecer um pouco com a companhia de algumas amigas, pela redondeza.

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Comments

Ângela Abreu

Ângela Abreu

Eu também, cadê as fotos autora dos personagens?

2023-10-27

3

Bernadete Lopes

Bernadete Lopes

Estou sentindo falta de fotos dos personagens.

2023-07-20

6

Fatima Vergueiro

Fatima Vergueiro

Elas vão se darem bem

2023-07-20

0

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