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Havia acabado de sair da academia que era montada em um dos cômodos em minha própria casa quando Mônica me informou que tinha alguém nos portões que se identificou como Diane Clark, filha do advogado Márcio Clark. Na hora, franzi o cenho, estranhando a sua aparição repentina depois do falecimento do pai, no entanto, pedi que a deixasse entrar e a recepcionasse enquanto subiria para tomar um banho. Segui para o meu quarto e acreditava ter demorado mais do que o normal, porém, assim que desci as escadas, fui vestindo a minha camisa e tive tempo de pegar seus olhos vagueando pelo meu corpo.

Eu sabia o que a minha beleza e físico eram capazes de causar nas mulheres, então a sua reação não foi nenhuma novidade pra mim. O problema ali eram dois: ela ser filha do homem que, mesmo após ter falecido, continuaria a ser bem mais que um amigo, além de seguir nutrindo muito respeito por ele, e o fator principal, ser tão jovem. Me lembrava dela quando ainda era apenas uma criança e…, bom, nem sei ao certo o motivo de estar pensando sobre isso.

Enfim, levei as minhas divagações para longe e me concentrei nela.

Precisava saber o que havia vindo fazer aqui. Confesso que estava surpreso pela sua visita a minha casa.

— Bom dia, Diane. Desculpe pela demora. Tudo bem? — a saudei, ainda sorrindo enquanto a encarava.

Diane era negra, tinha os cabelos cacheados, mas com pouca definição e de tamanho mediano, que pegava abaixo do seu ombro, olhos castanhos, lábios grossos e perfeitamente desenhados, além de um corpo exuberante, com curvas bem avantajadas, digna de uma modelo plus size.

— Bom dia, Frederick. — Sorriu suavemente e uniu sua mão à minha, dando um aperto de mão.

Seu toque foi firme e macio. Encarei as nossas mãos juntas quando uma certa eletricidade trespassou pelo meu corpo. Acreditava que ela sentiu o mesmo, pois recolheu sua mão em seguida, continuando: — Não se preocupe com a demora, sei que vim sem avisar e, quanto a estar tudo bem, ainda não, mas vou levando e agradeço por perguntar — completou.

— Entendo e, mais uma vez, sinto muito por sua perda — reiterei.

— Obrigada — agradeceu.

— Se veio até aqui, quer dizer que tem algo importante pra me falar, certo? — indaguei, curioso.

— Sim — afirmou.

— Então sente-se, por favor — pedi, e ela assentiu, acomodando-se em um dos assentos.

Me juntei a ela no mesmo sofá, tendo um assento vago entre nós, e não pude deixar de observar que parecia nervosa, pois desviava a sua atenção de mim com frequência. Tirei meus olhos dela após aquela constatação e eles recaíram sobre a mala que tinha próximo a ela. Será que estava apenas de passagem pela cidade?

Fui obrigado a parar meus questionamentos quando a ouvi dizendo:

— Primeiro, gostaria de pedir desculpas por ter vindo dessa forma, sem ao menos te ligar antes, mas eu não sabia como tratar esse assunto por telefone e resolvi arriscar vir de uma vez e conversar com você pessoalmente, mesmo sabendo que pode não concordar. — Riu meio sem graça.

Minha testa enrugou-se e endireitei minha postura. Antes de conseguir questioná-la, Mônica entrou na sala de estar, nos interrompendo.

— Desculpe interrompê-los, mas trouxe um lanche para vocês. — Depositou a bandeja sobre a mesinha de centro e direcionou-se a Diane. — Como não perguntei se queria suco ou café, tem os dois na bandeja, além de biscoitos e uns minipães — disse cordialmente.

Mônica era como uma tia muito querida por mim. Trabalhava aqui há anos, desde que comecei a ter bons rendimentos nos negócios, comprei essa casa e me mudei. Ela quem designava todas as tarefas aos demais funcionários da casa.

Em minha ausência durante a semana, era quem sempre estava por aqui. É uma senhora de cinquenta anos e não tem parentes na cidade, a não ser as amigas que fez pelo bairro. No início, ela ficava em um dos quartos no andar debaixo da casa, mas, conforme o tempo foi passando, decidi construir uma casa nos fundos para ter sua própria liberdade; era pequena, porém, fiz de coração e Mônica se emocionou muito quando se deparou com a surpresa, o que me deixou muito satisfeito.

Rompi meus pensamentos quando Diane a respondeu: — Obrigada, Mônica. — Sorriu, agradecida.

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Comments

Celiar Nazato

Celiar Nazato

também detesto isso....se continuar vou parar de ler

2024-04-02

0

Lu e a Estante de Sonhos

Lu e a Estante de Sonhos

Bora lá!!! Acredito que pela sequência, ainda tenha mais um capítulo repetido, antes do correto. Mas tá valendo!!

2023-10-05

1

Sandra Maria de Oliveira Costa

Sandra Maria de Oliveira Costa

🥴🤪🤌afff 3 capítulos repetidos

2023-09-05

2

Ver todos

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