Cuidado e Desejo
Depois de humilhar Yelena e de tentar enganar Adrian sem muito sucesso, Keira retornou ao seu quarto. Ainda estava intrigada com aquela estranha mordida que o Conde lhe deu... aquelas presas não poderiam ser humanas. Decidiu descansar um pouco trancando a porta, pois não queria ser surpreendida por Adrian a estrangulando enquanto estivesse dormindo.
Vladimir acordou com os gritos e depois que a discussão terminou decidiu ir aos aposentos de seu Mestre para ver se estava tudo bem.
— Eu ouvi uma discussão acalorada vindo do seu quarto... está tudo bem Senhor? — Perguntou o servo afoito.
— Claro que não está tudo bem! Aquela meretriz que você me fez comprar... me enganou para deitar comigo! Eu estava distraído pela embriaguez, ela me envolveu com facilidade em suas mentiras! No fundo, eu queria que tudo fosse verdade... eu queria que aquela mulher a linha cama fosse Yelena!
— Você a machucou senhor?
— Não... mas foi por pouco... quase perdi o controle. Odeio ser enganado Vladimir.
— Deseja que eu lhe traga um cálice de vinho para ajudá-lo a voltar a dormir Sr. Harper?
— Não! Já chega de beber por hoje... o que eu queria meu anjo aqui... queria vê-la... mas está tarde e ela ainda deve estar magoada comigo... a vida era bem mais fácil quando eu não precisava me preocupar com sentimentos.
— Mantenha a calma senhor... pode demorar um pouco... mas a senhorita irá perdoá-lo.
— Boa noite Vladimir... eu vou tentar descansar, só quero esquecer deste dia horrível.
Em seu quarto, Yelena não conseguiu mais dormir. As palavras de Keira castigavam o seu coração, desde o instante em que se conheceram naquele maldito leilão a cozinheira fazia de tudo para prejudicá-la, começando por humilhá-la e deixá-la nua no dia em que Adrian a comprou. Chorou de raiva até seus olhos ficarem inchados. Quando amanheceu decidiu iniciar seus afazeres, tentando esquecer das dores em sua alma.
Semana após semana, nada havia mudado. Enquanto varria o chão da taverna, lembrou que já fazia alguns dias que o Conde não se alimentava dela, se não estivesse enganada, provavelmente ele pretendia fazer isso nos próximos dias. Parou de varrer e levou a mão ao pescoço, sentiu um nó na garganta, lembrou das palavras dele meses atrás quando ele a comprou: “Tudo o que eu quero é que permaneça pura e me alimente Yelena”.
— É isso o que eu sou pra ele... apenas um prato de comida, a ser servido sempre que ele estiver com fome. — Disse em voz alta, melancólica.
Surpreendentemente, ficou sem vê-lo o dia todo, porém nem por um breve instante parou de pensar nele.
Com o entardecer se aproximando, lembrou que deveria levar a ele seu cálice de vinho e também que seria inevitável alimentá-lo caso ele exigisse.
Como de costume, o Conde estava sentado na sala de estar em frente a lareira aguardando Yelena trazer seu vinho. Tentava não demostrar, porém estava preocupado se ela viria ao seu encontro ou não. Suas preocupações se desfizeram quando ele a viu entrar na sala, trazia seu cálice em uma bandeja de cobre e sem dizer uma palavra, aproximou-se dele e entregou a bebida.
Ficou ali parada de cabeça baixa aguardando instruções. O vampiro após terminar de beber, largou a taça sobre a mesa dizendo:
— Amanhã é seu dia de cantar na taberna... mas hoje você vai cantar para mim.
Yelena estranhou o pedido, mas obedeceu, cantou uma canção folclórica antiga que sua mãe havia lhe ensinado. Adrian fechou os olhos e se dispôs a ouvir, pensando em como qualquer pequeno gesto de sua amada o fazia feliz.
Quando ela terminou de cantar, o Conde tocou uma sineta para chamar Vladimir que não demorou a atender o chamado.
— O que deseja senhor?
— Traga a banheira e água quente, Yelena vai tomar banho.
— Perfeitamente Milorde. — Respondeu o criado.
A jovem não conseguia parar de se perguntar, por que Adrian
estava agindo como se nada tivesse acontecido?
Alguns minutos se passaram o Conde não tirava os olhos dela, assim que terminou de preparar o banho Vladimir se retirou. Adrian a conduziu até banheira, a escrava tirou suas vestes e entrou na água. Com carinho a tocou, começando a banhá-la. Mesmo sabendo que corria o risco de iniciar uma nova briga, Yelena se atreveu a perguntar:
— Senhor... por que sempre cuida de mim?
— Por que eu te amo sua menina boba! — Pensou sorrindo.
Mas ao invés de responder exatamente o que estava pensando, resignou-se a dizer:
— Tenho que cuidar do que é meu!
— E eu sou sua?
Adrian não se deu o trabalho de responder imediatamente, precisava se acalmar, pois um desejo incontrolável se apossou de sua alma. Ter sido enganado por Keira, apenas fez com que desejasse Yelena com ainda mais intensidade.
— O que você acha... meu anjo?
O vampiro não perdeu tempo, depois de terminar de banhá-la, cobriu seu corpo com beijos, gentilmente afagando seus cabelos. A tomou em seus braços e com cuidado a tirou da banheira depositando-a em no tapete de peles em frente a lareira. Se ela fosse uma rainha aquele seria seu trono, o lugar do casarão onde Yelena reinava soberana.
Sua pele estava húmida e lentamente foi secando com o calor do fogo. As bochechas da jovem estavam ruborizadas, estava tão viva que poderia morrer, sentindo-se livre e ao mesmo tempo prisioneira daquele amor que a escravizava.
O Conde sabia que não poderia ir muito longe com suas caricias, ainda não estava pronto para abrir mão do sangue virginal. Era um enorme conflito de sentimentos, quanto mais tentava se afastar mais se sentia atraído. Ajoelhou no tapete sem conseguir cessar sua adoração, naquele instante ele era o servo e ela era a Senhora, seu único desejo era servi-la.
Segurou o pé da jovem entre suas mãos vigorosas e delicadamente o acariciou com a língua. Escalou sua perna formosa com beijos e finalmente mordeu a jovem na altura da coxa, Yelena gemeu de surpresa. Se ela estava em seus braços tudo a sua volta tornava-se insignificante. Ela era seu mundo.
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Atualizado até capítulo 38
Comments
Sílvia Nastaro
Como assim ele QUASE PERDEU SEU CONTROLE ?! Ele possuiu aquela mulher de fato e mordeu seu ombro com violência, enganado por ela completamente graças à bebida !!! Ele perdeu seu controle completamente, faltando matá-la tão somente !!! Como assim ele NÃO QUERIA MAGOAR YELENA DE NOVO ?! Ele fez isso indiretamente ao proporcionar que aquela cobra tivesse o que mostrar para humilhar aquela jovem novamente !!! Ele resolveu parar de beber quando toda esparrela estava feita !!! ORA, BOLAS !!! Ela ama-o de verdade e foi corajosa e sincera ao dizê-lo, mas ele não retribuiu à altura até agora, mesmo amando-a também, não perdendo oportunidade de fazê-la ficar nua para seu prazer próprio !!! Yelena não seria capaz de servir-lhe uma taça de vinho com prata e verbena, mas Keira faria isso !!! Foi ele mesmo quem trouxe essa cobra para esse casarão !!! NADA de culpar Vladimir, que tentava ser sensato em suas escolhas naquele leilão !!! Você trará muito sofrimento para sua amada ainda, conde !!!
2025-03-19
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Imaculada Abreu
Rosária concordo com você.
2023-11-09
1
Rosária 234 Fonseca
ele poderia ser tão feliz se entregasse ao amor
2023-09-15
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