Maya já estava de volta à emergência depois de passar na farmácia no meio de um atendimento quando o som dos alarmes na emergência disparou, anunciando a chegada de um paciente em estado gravíssimo, os médicos e enfermeiros correram para se posicionar, o ambiente tenso com a urgência da situação.
Sara apareceu ao lado de Maya, o rosto sério.
— Parece que é um empresário importante — Sara disse, enquanto ajustava as luvas.
Maya franziu o cenho, sentindo uma estranha ansiedade crescer em seu peito.
— Quem é? — ela perguntou, tentando manter a calma.
Antes que Sara pudesse responder, uma enfermeira entrou correndo na sala.
— O paciente é o empresário Marcos Almeida — anunciou.
O mundo de Maya congelou, os sons à sua volta desapareceram, seu coração disparou no peito, e um tremor percorreu seu corpo.
— Não… — ela sussurrou, enquanto o ar lhe faltava.
— Maya? — Sara chamou, percebendo que o rosto da amiga ficou pálido de repente.
Maya tentou respirar, mas sentiu sua visão escurecendo, o chão pareceu desaparecer sob seus pés.
— Maya! — Sara gritou, segurando a amiga antes que ela caísse no chão.
A última coisa que Maya ouviu antes de perder a consciência foi o som dos alarmes da emergência e as vozes ao redor, chamando por ajuda.
Quando Maya abriu os olhos, a luz branca do hospital a fez piscar algumas vezes, sua cabeça latejava, e o corpo parecia pesado ela se virou e viu Sara sentada ao lado dela, segurando sua mão com um olhar preocupado.
— O que aconteceu? — Maya murmurou, ainda confusa.
Sara respirou fundo, com os olhos cheios de lágrimas.
— Era ele, Maya… O paciente… — Sara engoliu em seco. — Era realmente o seu pai.
O coração de Maya disparou.
— Ele está bem? — Maya perguntou, já sentindo o desespero subir por sua garganta.
Sara abaixou o olhar, lágrimas escorrendo pelo rosto.
— Os médicos fizeram de tudo, Maya… Mas ele está morrendo.
— Não! — Maya gritou, sentando-se na cama com dificuldade. — Eu… Eu preciso vê-lo!
— Ele está chamando por você — Sara disse, enxugando os olhos.
Maya levantou-se rapidamente, ignorando a tontura, Sara a ajudou a sair da cama, e juntas seguiram pelo corredor até o quarto onde Marcos estava.
Quando Maya entrou, o coração apertou ao ver o pai deitado na cama, pálido, respirando com dificuldade, os tubos e aparelhos ao redor faziam um barulho constante e incômodo, os olhos de Marcos se abriram com dificuldade quando sentiu a presença dela.
— Maya… — ele sussurrou, a voz fraca.
Maya correu até a cama, segurando a mão dele com força.
— Pai, eu estou aqui! — ela disse, as lágrimas escorrendo sem controle.
Os olhos de Marcos brilharam com emoção, ele levou a mão trêmula até o rosto de Maya, acariciando sua bochecha.
— Eu… preciso te contar uma coisa… — ele disse com esforço.
— Pai, por favor, não fale agora, os médicos vão te salvar — Maya implorou a voz quebrada pelo choro.
— Não, querida… — Marcos tossiu, o rosto contorcido de dor. — Eu… não tenho mais tempo.
Maya balançou a cabeça, em negação.
— Não diga isso, por favor…
— Maya… eu preciso te dizer a verdade antes de partir… — Marcos respirou fundo, a voz tremendo. — Eu… não sou seu pai verdadeiro.
Maya congelou, os olhos arregalados.
— O quê? — ela sussurrou, a voz fraca.
— Quando eu conheci sua mãe, Ana… — Marcos continuou, lutando contra a dor. — Ela já estava grávida de você, mas eu a amava… e prometi que cuidaria de você como minha filha.
Maya sentiu o chão sumir debaixo dos pés.
— Não… Não pode ser…
— Eu te amei como se você fosse minha… — Marcos continuou, com dificuldade para respirar. — Mas o atentado… foi obra dele… Do seu pai biológico ele está procurando você.
O coração de Maya bateu forte contra o peito.
— Quem… quem é ele? — Maya perguntou, o desespero transbordando na voz.
Marcos abriu a boca para responder, mas sua respiração ficou irregular, os aparelhos começaram a apitar, e os olhos de Marcos começaram a se fechar.
— Pai! — Maya gritou, segurando o rosto dele com as duas mãos. — Fala pra mim! Quem é ele?!
— Maya… — Marcos sussurrou, uma lágrima escorrendo por seu rosto. — Me perdoa…
E então, os olhos dele se fecharam.
— Pai? — Maya gritou, sacudindo-o levemente. — Pai, por favor, fica comigo!
Os médicos entraram correndo na sala, mas Maya sabia.
Ela sentiu quando a mão dele ficou fria na sua, quando o peito dele parou de se mover.
— Ele se foi… — uma das médicas sussurrou.
Maya caiu de joelhos, o choro silencioso tomando conta de seu corpo, Sara correu até ela, abraçando-a com força enquanto Maya gritava de dor.
— Quem é ele, pai?! — Maya soluçou. — Quem é o meu pai?!
Mas Marcos Almeida já não podia mais responder.
Sara saiu do quarto, o coração batendo forte, as mãos tremendo enquanto pegava o celular para ligar para Erick, a linha chamou algumas vezes antes de ele atender.
— Fala, Sara., aconteceu alguma coisa? — Erick perguntou com a voz firme, mas ela conseguia perceber a tensão nele.
— Erick… — a voz de Sara falhou, ela respirou fundo, tentando conter o choro. — É o pai da Maya… Ele… Ele morreu, Erick.
Do outro lado da linha, o silêncio foi cortante.
— O quê? — Erick perguntou, a voz rouca.
— Maya está em choque — Sara continuou, sentindo as lágrimas voltarem. — Ela está completamente destruída, você precisa vir aqui agora.
Erick já estava pegando as chaves do carro.
— Estou indo — ele disse, a voz firme e decidida.
Sara desligou o telefone e voltou para o quarto, onde Maya estava ajoelhada no chão, com o rosto enterrado nas mãos, os soluços rasgavam o peito dela, o corpo tremendo sem controle.
— Maya… — Sara se ajoelhou ao lado da amiga, segurando seu rosto com delicadeza. — Vem, amiga. Vamos sair daqui, por favor…
— Não… — Maya balançou a cabeça. — Eu não posso deixá-lo… Ele… Ele estava aqui… Ele estava falando comigo…
— Maya, por favor… — Sara insistiu, tentando levantá-la, mas Maya estava sem forças.
Nesse momento, o som de passos apressados ecoou pelo corredor, Erick apareceu na porta, com o rosto sério e os olhos cheios de preocupação.
Quando ele viu Maya no chão, o coração dele se partiu em mil pedaços, a mulher que ele amava, que saiu de casa pela manhã sorrindo e linda, agora estava desfeita em dor.
Erick foi até ela sem hesitar ele se abaixou, envolvendo o rosto de Maya entre suas mãos.
— Maya… — ele sussurrou, os olhos cravados nos dela.
Maya ergueu os olhos cheios de lágrimas, e assim que o viu, se lançou nos braços dele.
— Erick… — ela chorou, o rosto enterrado no peito dele.
Erick a abraçou com força, sentindo o corpo dela tremer contra o seu.
— Eu estou aqui, meu amor… Eu estou aqui… — ele disse, beijando o topo da cabeça dela.
Maya soluçava sem controle, e Erick apenas a segurava, como se pudesse absorver a dor dela.
Depois de alguns minutos, ele a ergueu com cuidado no colo, como se ela fosse feita de vidro.
— Eu vou te tirar daqui, está bem? — ele sussurrou.
Maya apenas assentiu, enterrando o rosto no pescoço dele.
Sara abriu caminho, e Erick saiu com Maya nos braços, quando eles chegaram na recepção, o GB já estava esperando com o carro pronto.
Erick colocou Maya com cuidado no banco de trás e entrou junto com ela, segurando-a contra o peito.
— Dirige direto para o morro — Erick ordenou a GB.
— Sim, chefe — GB respondeu, ligando o carro imediatamente.
Durante o trajeto, Maya permaneceu em silêncio, ainda nos braços de Erick, ele sentia o corpo dela tremendo contra o seu e, em silêncio, passava a mão pelos cabelos dela, beijando seu rosto de tempos em tempos.
— Vai ficar tudo bem — Erick sussurrou. — Eu prometo que vou cuidar de você.
Maya não respondeu, apenas apertou os dedos na camisa dele, buscando qualquer segurança em meio ao caos que sentia por dentro.
Sara estava sentada ao lado de GB no banco da frente, olhando pelo retrovisor, o coração dela estava apertado ao ver a melhor amiga naquele estado.
— Ela vai ficar bem, né? — Sara perguntou em voz baixa.
GB trocou um olhar com ela pelo retrovisor.
— Ela é forte — ele disse. — Mas agora ela precisa do Erick.
Erick continuava segurando Maya, e naquele momento, ele sabia que faria qualquer coisa para mantê-la segura não importava o que custasse.
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Atualizado até capítulo 53
Comments
Vivi M ❤️
só não vai dizer que o chefe do morro do Chapadão é o pai dela, pelo amor de Deus
2025-03-27
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