capítulo 8: Uma verdade sobre ele

Erick estava parado no topo da escada, encostado na parede, os braços cruzados sobre o peito, ele tinha subido para ver Maya, mas aí sair do quarto dela parou assim que ouviu a conversa entre GB e Sara.

Cada palavra de GB o atingiu como um soco no estômago, ele sabia que o amigo tinha razão, ele não sabia como cuidar de alguém sem destruir a pessoa no processo Erick não acreditava em amor, nunca acreditou, para ele, relacionamentos eram simples trocas de prazer sem envolvimento, sem compromisso, mas Maya… ela mexia com ele de um jeito que nenhuma outra mulher jamais conseguiu.

Ele rangeu os dentes, sentindo o peito apertar o que ele estava fazendo? Deixando que uma garota quebrasse suas defesas sem nem ao menos tentar? Ele não podia permitir isso, não podia deixar Maya chegar perto demais.

Com o rosto fechado, Erick desceu as escadas em passos firmes, ignorando completamente os olhares de Sara e GB, ele passou por eles sem dizer uma palavra, abriu a porta da frente e saiu, batendo-a com força atrás de si.

— Put@ que pariu — GB murmurou, trocando um olhar preocupado com Th, que o seguiu logo em seguida.

Sara ficou parada no meio da sala, com o rosto tenso, ela sabia que algo errado estava passando na cabeça de Erick, conhecia o irmão bem o suficiente para perceber que ele estava fugindo, mas dessa vez, parecia diferente, parecia que ele estava fugindo de si mesmo.

— O que ele vai fazer agora? — GB perguntou, já prevendo o pior.

— Ele vai tentar se afastar — Sara respondeu, os olhos cheios de preocupação. — Mas o problema é que, com Maya, isso não vai funcionar porque, gostando ou não, meu irmão já está envolvido demais,ele se preocupa com ela para se manter distante.

GB soltou um suspiro pesado, balançando a cabeça.

— Então alguém vai sair machucado baixinha pode ter certeza.

Sara apertou os lábios, o coração acelerado.

— Ou talvez… alguém finalmente aprenda a amar e se depender de mim ele vai.

Erick estava com a cabeça a mil, o peito apertado de raiva e confusão, ele saiu de casa sem nem pensar no destino, mas seus pés o levaram automaticamente até a casa de Sabrina, quando ela abriu a porta, um sorriso malicioso surgiu em seus lábios, ela sabia exatamente o motivo de ele estar ali, ela achava que ele gostava dela só não admitia.

— Sobe para o quarto e me espera — ele ordenou, a voz fria e cortante. — Nua.

Sabrina não discutiu, obedeceu de imediato, com um brilho de excitação nos olhos, quando Erick chegou ao quarto, ela já estava na cama, nua, com as pernas abertas, um convite descarado.

Erick não disse nada, apenas se aproximou, puxou-a pelo cabelo e a fez se ajoelhar diante dele.

— Faz o que você sabe de melhor me chupa. — ele ordenou, a voz rouca.

Sabrina o encarou com um sorriso antes de abrir a boca e envolve o membro dele com os lábios, Erick fechou os olhos, os músculos tensos enquanto ela o chupava com intensidade, ele queria se perder naquele momento, se desfazer de qualquer pensamento especialmente de Maya.

Mas não funcionou.

Cada toque de Sabrina, cada movimento da língua dela, só trazia uma imagem à mente dele: Maya, o rosto dela, o cheiro suave, o jeito como ela o olhava sem medo ele tentou afastar aquela imagem, mas quanto mais Sabrina intensificava os movimentos, mais forte Maya ficava em sua mente.

Ele sentiu o corpo enrijecer, o ápice chegando rápido demais, Sabrina o engoliu inteiro, mas o que saiu de sua boca fez o sangue dela ferver de ódio.

— Maya… — Erick gemeu, o nome escapando como um sussurro rouco.

Sabrina se afastou de imediato, os olhos faiscando de raiva.

— O quê? — ela cuspiu, limpando a boca. — Você chamou o nome daquela garota? Aquela fedelha que anda com sua irmã?

Erick abriu os olhos, o corpo ainda tenso, ele passou as mãos pelo rosto, frustrado.

— Merda…

— Tá brincando comigo, Erick? — Sabrina se levantou, furiosa. — Eu não sou suficiente pra você agora? Precisa daquela patricinha metida?

Ele se levantou, puxando a calça de volta com um movimento seco.

— Eu não te devo explicações.

— Mas chamou o nome dela! — Sabrina gritou. — Tá apaixonado agora, é isso? Vai me trocar por ela?

Erick a encarou com frieza, o olhar duro como aço.

— Eu não me apaixono. — Ele caminhou até a porta sem olhar para trás. — E você sabe disso,para te trocar a gente teria que ter algo e não temos nada.

Antes que Sabrina pudesse responder, ele saiu do quarto, batendo a porta com força, mas, por mais que tentasse negar… ele sabia que algo estava diferente porque Maya estava enraizada na sua mente, e isso estava começando a deixá-lo louco.

Erick saiu da casa de Sabrina com a cabeça ainda mais bagunçada do que antes, ele dirigiu direto para a boca, decidido a se distrair com o trabalho, o baile daquela noite seria um evento importante para reafirmar o controle dele sobre o morro, e sempre que tinha baile o faturamento aumenta, e ele precisava que tudo saísse perfeito.

Assim que chegou, GB e TH já estavam lá, coordenando os preparativos, Erick se aproximou, o olhar frio e sério.

— Tudo sob controle? — ele perguntou.

GB assentiu.

— Tudo certo, chefe, segurança reforçada, bebidas e drogas suficiente para a noite inteira vai ser um sucesso.

Erick apenas fez um sinal com a cabeça e se afastou para verificar os detalhes finais, ele deu ordens rápidas, ajustou algumas coisas e, quando tudo estava pronto, decidiu voltar para casa tudo o que ele queria era se trancar em seu quarto e não ter que lidar com Maya ou com qualquer outra distração.

Mas o destino, como sempre, parecia decidido a testar sua paciência.

Assim que entrou em casa, ele viu Sara e Maya sentadas no sofá da sala, separando roupas, Sara ria enquanto mostrava uma saia curta para Maya, que parecia incerta sobre a escolha.

— Essa vai ficar incrível em você, com essas coxas grossas — Sara insistiu.

— Acho que é curta demais…não me vejo vestida com algo tão curto.— Maya disse, mordendo o lábio.

Erick tentou passar direto, mas seus olhos traíram sua intenção, deslizando sobre Maya, a saia que ela usava já era curta o suficiente para deixar suas pernas longas e suas coxas fartas à mostra, e o cabelo lilás caía solto pelos ombros, fazendo-a parecer ainda mais tentadora.

— Vai pro baile? — ele perguntou, a voz seca.

Maya levantou os olhos para ele, surpresa.

— Sim… Sara insistiu ou melhor ela não me deu escolha.

Ele não respondeu, apenas seguiu em direção ao quarto, com o peito apertado, quando entrou, bateu a porta com força, como se isso pudesse afastar o turbilhão de pensamentos que Maya despertava nele.

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