O filme havia acabado fazia um tempo, e Maya já estava deitada na cama, mas o sono simplesmente não vinha, ela se revirava de um lado para o outro, sentindo o coração inquieto.
Depois de um tempo, decidiu que precisava de um copo d'água para tentar acalmar a mente levantou-se da cama, vestindo apenas um short curto e uma regata fina era o que costumava usar para dormir e desceu as escadas em silêncio.
A cozinha estava escura, apenas a luz da geladeira iluminava o ambiente quando ela abriu a porta para pegar uma garrafa de água, pegou um copo e levou até os lábios, tomando alguns goles quando sentiu uma presença atrás dela.
— Não consegue dormir? — A voz grave soou baixa e próxima demais.
Maya se virou bruscamente, quase derrubando a garrafa, Erick estava parado atrás dela, os braços cruzados sobre o peito nu, ainda sem camisa, apenas com a calça de moletom pendendo baixa em seu quadril, seus olhos escuros brilharam sob a pouca luz.
— Eu… perdi o sono — ela respondeu, a voz mais baixa do que pretendia.
Erick a observou por um momento, os olhos percorrendo lentamente o corpo dela, Maya sentiu a pele se arrepiar sob o olhar intenso.
— Não ande pela casa assim — ele disse, a voz rouca.
— Assim como? — ela perguntou, levantando o queixo.
Ele deu um passo à frente, diminuindo ainda mais a distância entre eles, Maya ficou imóvel, com o coração martelando no peito.
— Tem vapores fazendo a segurança da casa — ele murmurou, a voz baixa perto do ouvido dela. — E não quero que eles te vejam desse jeito.
Os olhos dele deslizaram por suas pernas nuas e pelo tecido fino da regata que delineava suas curvas Maya sentiu o rosto esquentar, mas não desviou o olhar.
— Eu só vim pegar água — ela justificou, a voz levemente trêmula.
Erick sorriu de lado, aquele sorriso carregado de perigo.
— Da próxima vez, coloca uma roupa maior.
Ela fez menção de sair, mas, de repente, Erick estendeu o braço, bloqueando o caminho dela com a mão espalmada na parede, Maya se virou para ele, o rosto a centímetros de distância.
— O que você tá fazendo? — ela perguntou, a respiração acelerando.
Ele se inclinou, até que o nariz dele roçou de leve no cabelo dela, o cheiro dela invadindo seus sentidos.
— Só certificando que você entendeu o aviso.
Maya engoliu em seco, o coração batendo contra o peito, Erick ficou ali por um segundo a mais do que o necessário, o calor do corpo dele tão próximo que ela podia sentir sua respiração contra a pele.
Então, ele afastou a mão e deu um passo para trás.
— Vai dormir, Maya — ele disse, com a voz rouca, os olhos ainda presos aos dela.
Ela saiu sem dizer nada, com o coração batendo tão forte que parecia que ia explodir, quando chegou ao quarto, fechou a porta atrás de si, encostando-se contra ela e levando a mão ao peito, tentando acalmar a respiração.
O que diabos tinha acabado de acontecer?
Erick entrou no quarto rapidamente, fechando a porta atrás de si com força, encostou-se contra ela, passando a mão pelo rosto, tentando controlar a respiração acelerada.
Ele estava duro, duro só por encostar em Maya.
— Que porra foi essa? — murmurou para si mesmo, irritado.
Fechou os olhos e respirou fundo, mas a imagem dela continuava viva em sua mente, a pele clara, as pernas longas e bem definidas, o short curto que deixava à mostra o que ele não deveria estar desejando o cheiro dela ainda impregnava suas narinas, doce e suave, e o modo como os olhos dela se arregalaram quando ele a prendeu contra a parede...
Erick xingou baixo, sentindo o sangue correr rápido pelo corpo, sua calça de moletom parecia apertada demais agora, ele estava à beira do descontrole, e o motivo era uma garota que ele mal conhecia.
Passou as mãos pelos cabelos, frustrado, ele já tinha estado com muitas mulheres, sabia o que era desejo, sabia como seu corpo reagia a uma boa transa, mas isso era diferente, o simples toque de Maya, o calor da pele dela sob a luz fraca da cozinha, o jeito que ela o desafiava sem nem perceber… Tudo isso o estava deixando louco.
— Só porque ela é novidade — ele disse para si mesmo, tentando racionalizar. — Só isso.
Mas algo nele sabia que não era apenas isso, ele já esteve com várias mulheres, várias vezes, nenhuma delas jamais o deixou assim completamente fora de si com tão pouco.
Andou até a cama, jogando-se sobre o colchão, com os músculos tensos.
O problema é que ele sabia exatamente o que aconteceria se continuasse desse jeito, ele era bom em afastar qualquer tipo de conexão, transava, se satisfazia, jogava umas notas de dinheiro e seguia em frente, nada nunca o prendia, nada nunca o fazia querer mais.
Mas Maya... ela já estava mexendo com ele de um jeito que o assustava.
— Eu preciso manter distância dessa garota — ele rosnou para si mesmo, pressionando os olhos com os dedos.
Mas, enquanto tentava dormir, o rosto de Maya continuava surgindo em sua mente, o cheiro dela, o calor do corpo dela contra o dele.
Ele sabia que estava em perigo.
E o pior é que ele não tinha certeza se queria escapar disso.
Erick acordou cedo, o corpo ainda tenso da noite anterior, tomou um banho frio, esperando que a água gelada aliviasse o calor que parecia correr por suas veias desde que tinha encostado em Maya mas não adiantou.
Vestiu uma calça jeans escura e uma camiseta preta, saiu do quarto e desceu as escadas com o cenho franzido, quando chegou à sala, encontrou Maya e Sara sentadas no sofá, conversando e rindo de algo.
O riso dela o atingiu como um soco no peito.
Maya usava um short jeans e uma blusa branca de manga curta, simples, mas o jeito que o tecido se moldava ao corpo dela fazia o desejo voltar com força, ela levantou o olhar quando o viu, e os olhos cor de mel encontraram os dele.
— Bom dia — ela disse, com um pequeno sorriso nos lábios.
Erick assentiu de leve, os olhos estreitando-se ligeiramente.
— Dormiu bem? — perguntou, a voz rouca.
Maya mordeu o lábio, o rosto corando levemente.
— Depois de um tempo, sim.
Ele sabia que ela estava pensando no que aconteceu na cozinha, ele também não tinha parado de pensar nisso.
— Erick, você vai sair agora? — Sara perguntou, mudando de assunto.
— Sim — ele respondeu, sem tirar os olhos de Maya. — Tenho coisas pra resolver.
— Volta pra almoçar? — Maya perguntou, sem pensar.
Ele arqueou uma sobrancelha, surpreso com a pergunta.
— Depende, tem mais lasanha?
Ela riu, balançando a cabeça.
— Posso fazer outra, se você quiser.
O sorriso de Maya o atingiu de novo, dessa vez direto no peito, ela não tinha ideia do que estava fazendo com ele, Erick não sorria fácil, não se deixava envolver mas, com ela, parecia diferente.
— Eu volto — ele respondeu, curto.
Erick saiu da sala sem esperar resposta, mas enquanto caminhava em direção ao carro, sentiu um sorriso puxar de leve o canto dos lábios.
Ele estava se arriscando demais.
E o problema é que ele não sabia se queria parar.
Mais tarde, enquanto Erick cuidava dos negócios, Maya e Sara foram para a faculdade.
— Então… o que foi aquilo na cozinha ontem? — Sara perguntou com um sorriso malicioso.
Maya ficou vermelha na hora.
— Nada! Ele só estava me dando um aviso e um susto.
— Um aviso? — Sara riu. — Ele te encostou na parede pra te dar um aviso?
— Eu não sei o que ele quis fazer — Maya respondeu, nervosa. — Ele só… ficou muito perto.
— Muito perto, né? — Sara provocou. — Erick não é de ficar perto de ninguém, Maya se ele encostou em você daquele jeito, é porque sentiu alguma coisa.
Maya balançou a cabeça, tentando afastar a ideia.
— Ele é só um cara que está sendo educado por me deixar ficar aqui.
— Educado? — Sara gargalhou. — Erick não é educado com ninguém e você ainda sugeriu fazer outra lasanha pra ele?
Maya escondeu o rosto com as mãos.
— Foi impulso, ok?
— Impulso, nada — Sara sorriu. — Você está gostando dele.
Maya ficou em silêncio, mordendo o lábio, o problema é que Sara podia estar certa e se Erick estivesse mesmo sentindo algo por ela?
Ela sabia que brincar com fogo com um homem como ele não era seguro, Erick era perigoso, conhecido por sua frieza e brutalidade ele não era o tipo de cara que oferecia amor ou compromisso.
Mas, ainda assim, o coração de Maya batia mais rápido toda vez que ele estava por perto.
Ela só precisava lembrar que, mesmo que ele a desejasse, Erick não era o tipo de homem que poderia oferecer algo além de uma noite.
E o pior é que, talvez, ela não se importasse com isso.
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Atualizado até capítulo 53
Comments
Arilene Vicente
Eita quero ver esses dois se pegando🤗🤗
2025-03-29
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