Assim que chegaram em casa, Sara não conseguia se conter.
— Meu Deus, Maya, você foi incrível! Eu nunca imaginei que você soubesse lutar daquele jeito! Você destruiu a Sabrina! — ela dizia, os olhos brilhando de empolgação.
Maya estava exausta, o corpo dolorido após toda a tensão do momento, ela se jogou no sofá, respirando fundo enquanto Sara continuava tagarelando.
— Sério, você viu a cara dela? Ela ficou sem reação! Eu juro que nunca vi nada tão satisfatório em toda minha vida! — Sara continuava, rindo.
Maya passou a mão pelos cabelos, suspirando.
— Eu vou tomar um banho — disse, levantando-se com dificuldade. — Depois eu desço pra preparar ajudar com o jantar.
Erick, que estava encostado na parede com os braços cruzados, ergueu uma sobrancelha.
— Não precisa — ele disse.
Maya parou, surpresa.
— Como assim?
— Eu vou pedir comida — Erick respondeu, direto.
Maya o encarou com um leve sorriso.
— Ah, vai mesmo? — ela provocou.
— Vai tomar seu que você tá cansada — ele respondeu, sem mudar a expressão.
Sara fez uma careta.
— Comigo você nunca fez isso — ela disse, fazendo bico.
Erick lançou um olhar para ela, sarcástico.
— Porque você não é minha irmã.
Sara bufou, cruzando os braços, mas Erick e Maya riram.
— Está bem, então, vou confiar em você — Maya disse, ainda sorrindo.
Ela subiu para o quarto, sentindo os músculos do corpo reclamarem de tanto esforço, quando entrou no quarto, tirou a roupa e entrou debaixo do chuveiro, deixando a água quente aliviar a tensão acumulada.
O vapor encheu o banheiro, e ela fechou os olhos, relaxando pela primeira vez desde que tinha chegado em casa, quando terminou, enrolou-se em uma toalha e saiu em direção ao closet para pegar uma roupa.
Só que ela tinha esquecido de separar as roupas antes de entrar no banho.
Ela saiu do banheiro, ainda se secando, e então o viu.
Erick estava parado perto da porta, encostado na parede, com os olhos fixos nela.
Os olhos dele escureceram assim que a viu só de toalha, o cabelo úmido caindo sobre os ombros, a pele brilhando com as gotas de água.
— Eu… — Maya começou, sentindo o rosto esquentar.
Erick não disse nada, ele apenas a observava, os olhos deslizando lentamente pelo corpo dela, da linha dos ombros até os pés descalços.
— Você... precisava de alguma coisa? — ela perguntou, a voz um pouco hesitante.
Ele não respondeu de imediato, ele deu um passo à frente, os olhos ainda cravados nela.
— Eu vim te dizer que a comida tá a caminho — ele disse, a voz rouca. — Mas agora eu acho que... talvez eu tenha me distraído.
Maya apertou mais a toalha contra o corpo, sentindo o coração acelerar.
— Erick… — ela murmurou.
Ele se aproximou mais um passo.
— Você tá linda — ele disse, a voz baixa, quase um sussurro.
Ela sentiu o coração disparar, o estômago se revirar em expectativa.
— Eu… vou me trocar — ela disse, desviando o olhar.
— Não precisa ter vergonha de mim — ele disse, a mão tocando o rosto dela de leve. — Você não tem nada para esconder de mim, Maya, você é linda.
Ela ergueu os olhos para ele, sentindo a pele arder sob o toque dele.
— Eu… preciso de uma roupa — ela murmurou, a voz fraca.
Ele sorriu de lado, o tipo de sorriso que fazia as pernas dela tremerem.
— Eu posso pegar pra você.
— Eu… eu consigo pegar sozinha — ela disse, tentando se afastar.
Mas Erick já estava no closet, puxando uma camiseta larga e um short de dentro da gaveta, ele voltou até ela e estendeu as roupas com um sorriso.
— Aqui.
Maya pegou as roupas, o rosto corado.
— Obrigada — ela disse, quase sem fôlego.
Ele deu um passo à frente, ficando a poucos centímetros dela.
— Eu vou lá pra baixo, vai ser melhor — ele murmurou, os olhos ainda cravados nos dela. — Mas não demora Sara está fazendo drama.
Ela assentiu, sem conseguir dizer nada enquanto ele saía do quarto, deixando-a com o coração acelerado e um calor subindo pelo corpo.
Assim que ele saiu, Maya encostou-se na parede, respirando fundo.
— O que tá acontecendo comigo? — ela sussurrou para si mesma, o rosto ainda quente pelo efeito que Erick tinha sobre ela.
Ela sabia que ele estava se segurando, mas, pelo jeito como ele olhou para ela, Maya tinha certeza de que não seria por muito tempo e se ele fizesse algo e perdesse o controle ele jamais se perdoaria.
Depois que Erick saiu do quarto, Maya ficou parada por alguns minutos, sentindo o coração disparado, a forma como ele a olhou… o toque suave dele… a maneira como ele estava sendo paciente com ela…
Ela respirou fundo, se aproximando do espelho e tocando o próprio rosto, seu coração batia forte, mas não era de medo.
Era desejo.
Ela queria Erick, queria estar com ele sem reservas, sem receios, sem deixar o passado ou suas inseguranças atrapalharem o que sentia.
Naquela noite, ela seria dele.
Sem medo.
Sem vergonha.
Só amor.
Determinada, ela se trocou, vestindo um short curto e uma blusa leve, deixou os cabelos soltos, ajeitando-os com os dedos, e passou um leve brilho nos lábios o coração batia forte, mas ela estava decidida.
Maya desceu as escadas e encontrou Erick já na sala de jantar, junto com Sara a comida que ele havia pedido já estava na mesa, e eles se sentaram para jantar.
O clima era leve, descontraído Sara falava sem parar sobre o estágio, contando sobre os pacientes que tinha visto naquele dia e os planos para o futuro.
Erick ouvia com um sorriso discreto, e Maya ficava admirando o jeito como ele olhava para Sara com carinho, mesmo sem dizer muito.
— Bom, eu tô morta — Sara disse, levantando-se após o jantar. — Amanhã tem mais, então vou pra cama, boa noite pra vocês, pombinhos.
Maya riu, e Erick balançou a cabeça com um sorriso de lado.
— Boa noite, Sara — ele disse.
Sara lançou um olhar sugestivo para Maya antes de subir as escadas.
Agora só restavam eles dois na sala.
O silêncio pairou por um momento, Erick passou a mão pelos cabelos, os olhos se voltando para Maya.
— Tá tudo bem? — ele perguntou, percebendo que ela parecia um pouco tensa.
Maya o encarou por um instante, mordendo o lábio inferior.
— Sim… só tô… pensando — ela respondeu.
— Pensando em quê? — ele perguntou, se inclinando um pouco para frente.
Maya respirou fundo, criando coragem então, ela se aproximou dele e sentou-se em seu colo, de frente para ele, com as pernas de cada lado de seu corpo.
Erick ficou imóvel, os olhos arregalados enquanto as mãos foram automaticamente para a cintura dela.
— Maya… — ele murmurou, surpreso.
Ela ergueu o rosto, os olhos presos nos dele.
— Eu tô pronta — ela disse, a voz baixa, mas firme.
— Pronta? — ele perguntou, a voz rouca. — Pronta pra quê?
Ela deslizou as mãos pelos ombros dele, os olhos brilhando de determinação.
— Pra ser sua — ela disse, sem hesitar. — Sem medo, sem arrependimentos.
Ele a encarou, o coração disparado.
— Maya… você tem certeza? — ele perguntou, o tom carregado de emoção.
— Eu nunca tive tanta certeza de nada na minha vida — ela respondeu, os olhos fixos nos dele.
Erick deslizou as mãos pelas costas dela, sentindo a pele quente sob a blusa fina.
— Você sabe que depois disso, não tem volta, né? Você vai ser minha e não te largo mais.— ele disse, a voz baixa e rouca.
— Eu não quero que tenha e nem que me deixe.— ela sussurrou.
Erick respirou fundo, os olhos escurecendo com desejo ele deslizou uma mão até a nuca dela, puxando-a suavemente para mais perto. só com isso seu amigo já estava vivo.
— Então você é minha, Maya — ele disse, a voz cheia de promessa.
Ela sorriu levemente, o coração acelerando quando ele puxou o rosto dela para mais perto os lábios se tocaram com suavidade no começo, mas logo o beijo se aprofundou, cheio de urgência e entrega.
As mãos de Erick deslizaram pelas costas dela, segurando-a com firmeza enquanto ela se encaixava melhor em seu colo a respiração deles estava entrecortada, os corações batendo no mesmo ritmo.
Maya entrelaçou os dedos nos cabelos dele, o beijo se tornando cada vez mais intenso ela sabia que estava quebrando todas as barreiras que tinha construído em torno de si mesma.
Mas, naquele momento, ela não se importava.
Ela era dele.
E ele era dela.
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Atualizado até capítulo 53
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