Quando eles entraram na cozinha, Maya olhou em volta e franziu o cenho, o espaço era bem organizado, mas o fogão estava desligado, e não havia nenhum cheiro de comida no ar.
— Não tem nada pronto? — Maya perguntou, olhando para Sara.
Erick, que estava encostado na bancada com os braços cruzados sobre o peito, respondeu antes que Sara pudesse falar:
— Vamos sair para jantar.
Maya ergueu as sobrancelhas.
— Ou… eu poderia fazer algo para a gente comer — sugeriu, dando de ombros.
Erick arqueou uma sobrancelha, o canto da boca se curvando em um meio sorriso de puro desdém.
— A patricinha sabe cozinhar?
Maya estreitou os olhos, sentindo o sangue ferver.
— Você só vai saber quando eu terminar, e eu não sou nenhuma patricinha.— ela disse, erguendo o queixo.
Sara soltou uma risada surpresa, enquanto Erick manteve a expressão neutra, embora os olhos brilhassem com um toque de curiosidade.
— Certo — ele disse, descrente. — Vamos ver.
— Ótimo — Maya respondeu, cruzando os braços. — Sara, você me ajuda a pegar os ingredientes?
— Claro! — Sara disse, ainda rindo da troca de farpas entre os dois.
Maya foi até a geladeira, pegando molho de tomate, queijo, presunto e carne moída, depois, abriu um dos armários e encontrou a massa de lasanha, ela trabalhou com rapidez e eficiência, cozinhando a carne com temperos, preparando o molho e montando as camadas com cuidado.
Enquanto isso, Erick permaneceu encostado na bancada, com os olhos fixos nela, ele não disse nada, mas a forma como ele observava cada movimento dela fazia Maya sentir um calor desconfortável subir pelo pescoço.
Depois de montar a lasanha, ela colocou no forno e ficou ao lado de Sara, conversando enquanto o cheiro delicioso começava a se espalhar pela cozinha.
— Está quase pronta — Maya disse, olhando para Erick com um sorriso desafiador.
Ele não respondeu, apenas continuou observando-a com aquela expressão impenetrável.
Quando a lasanha ficou pronta, Maya colocou três porções nos pratos e fez questão de levar um deles diretamente para Erick, que ainda estava parado na bancada.
— Aqui — ela disse, colocando o prato na frente dele.
Erick olhou para o prato, depois para ela.
— Tem certeza que é comestível?
— Só tem um jeito de descobrir — Maya respondeu, cruzando os braços.
Ele pegou o garfo e cortou um pedaço da lasanha Maya o observou com atenção enquanto ele levava a comida à boca, os olhos de Erick permaneceram impassíveis, mas ela percebeu o instante em que ele ficou imóvel, mastigando lentamente.
— E então? — ela perguntou, arqueando uma sobrancelha.
Erick engoliu, pousou o garfo no prato e olhou para ela.
— Tá boa.
Maya sorriu com satisfação.
— Só boa?
Ele a encarou por um segundo antes de responder:
— Melhor do que eu esperava.
— E o que você esperava? — Maya desafiou.
Erick deu um meio sorriso, os olhos estreitando ligeiramente.
— Algo comível.
Maya revirou os olhos, mas não conseguiu evitar o sorriso que surgiu em seus lábios.
Sara, que observava a troca entre os dois, soltou uma risadinha.
— Vocês parecem um casal brigando — comentou, divertida.
— Nada disso — Maya rebateu rapidamente.
— É — Erick acrescentou, olhando diretamente para Maya. — Nada disso.
Por alguma razão, as palavras dele soaram mais carregadas de significado do que deveriam e Maya não pôde ignorar o modo como o coração dela bateu um pouco mais forte naquele momento.
Depois do jantar, Maya ajudou Sara a arrumar a cozinha enquanto Erick continuava sentado à mesa, mexendo no celular com aquela expressão fechada que parecia ser sua marca registrada.
— Pronto, tudo limpo — Maya disse, batendo as mãos uma na outra.
Sara sorriu para ela e então se virou para Erick.
— Para comemorar a chegada da Maya, vamos fazer uma noite de cinema na sala.
Erick levantou o olhar do celular, os olhos escuros fixos em Sara por um momento antes de desviar para Maya, ele permaneceu em silêncio por alguns segundos, depois disse:
— Não posso, tenho um compromisso.
Maya franziu a testa, surpresa.
— A essa hora?
— Sim — ele respondeu simplesmente, levantando-se da mesa e guardando o celular no bolso da calça de moletom.
— Mas que tipo de compromisso? — Sara insistiu, cruzando os braços.
— Nada que te interesse — Erick respondeu com um sorriso de canto, já caminhando em direção à porta.
Sara revirou os olhos.
— Tá bom então. — ela disse com ironia.
Erick apenas deu um leve aceno com a cabeça antes de sair pela porta da frente, sem sequer se despedir.
Quando a porta se fechou, Maya olhou para Sara, confusa.
— Que tipo de compromisso é esse?
Sara suspirou, caindo no sofá com um olhar entediado.
— Ah, eu sei muito bem que compromisso é esse, deve estar indo para a casa da put@ da Sabrina.
— Sabrina? — Maya repetiu, sentando-se ao lado dela.
— Sim, a garota mais dada e também a mais perigosa do morro — Sara explicou. — Ela é o tipo de mulher que não se importa com nada, só quer status e poder e Erick… bem, ele não é do tipo que cria laços, Sabrina é perfeita para isso come e vai embora.
Maya sentiu um desconforto estranho se instalar em seu peito.
— Eles estão juntos?
— Erick não tem "relacionamentos" ,ele só vai lá quando precisa… descontrair se é que me entende,mas relaxa mais tarde ele volta ele nunca dorme com nenhuma delas.— Sara disse, dando de ombros.
Maya sentiu uma pontada de irritação, ela não sabia por quê, Erick não era nada dela, e o que ele fazia ou deixava de fazer não deveria afetá-la.
— De qualquer forma, agora estamos só nós duas — Sara disse, pegando o controle remoto da televisão. — Vamos escolher um filme?
Maya tentou afastar o incômodo que sentia e forçou um sorriso.
— Sim, claro.
Mas, enquanto Sara passava pelos títulos dos filmes, Maya não conseguia deixar de pensar em Erick e na ideia dele estar agora na casa da tal Sabrina, e, por alguma razão, isso a incomodava muito mais do que deveria.
Erick saiu da casa sem olhar para trás, o cheiro de Sabrina ainda impregnava sua pele, mas ele não se importava, nunca se importava.
A noite foi exatamente como ele queria, rápida, intensa e sem nenhuma conexão, Sabrina sempre estava disposta, e ele sabia exatamente o que esperar dela sex* bruto, boquet* experiente...
Ela tentou beijá-lo algumas vezes durante o que fizeram, mas Erick desviava o rosto ou simplesmente segurava o queixo dela para afastá-la beijo era algo íntimo, algo que carregava sentimento e Erick não sentia nada por ninguém, nunca sentiu.
Depois que tudo acabou, ele jogou a camisinha no vaso deu descarga se levantou sem dizer uma palavra, pegou a carteira e jogou algumas notas de duzentos reais na cama, Sabrina, ainda deitada, o observou com um sorriso preguiçoso.
— Até quando você vai fingir que não gosta de mim de verdade? — ela provocou, passando a mão pelo próprio corpo nua.
Erick apenas riu, um som seco e sem humor.
— Eu não finjo nada, Sabrina, você é quem finge que isso aqui significa alguma coisa.
Ela revirou os olhos, mas o sorriso permaneceu em seu rosto.
— Vai negar que volta sempre para mim?
— Eu volto porque é conveniente — ele respondeu, puxando a camiseta pela cabeça e vestindo-a. — Só isso.
Sabrina o encarou por um momento, mordendo o lábio inferior, enquanto ele calçava os tênis.
— Você vai me querer de novo, coringa, sempre volta.
Ele caminhou até a porta sem responder, antes de sair, lançou um último olhar sobre o ombro.
— Não se iluda, Sabrina eu nunca fico.
E então, ele saiu, fechando a porta atrás de si, deixando apenas o cheiro de seu perfume e o dinheiro na cama como lembrança.
Erick nunca dormia na cama de ninguém, e nunca deixava mulher nenhuma dormir com ele.
Sabrina 24 anos
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 57
Comments
Vivi M ❤️
Essa Sabrina vai dar trabalho viu
2025-03-25
2
Arilene Vicente
Tem cara de vadia mesmo essa Sabrina afff
2025-03-29
1