O Reino das Marés e o Príncipe Perdido

O Reino da Água, conhecido como Azuris Profundis, era um império de esplendor e mistério, dividido entre a superfície e as profundezas oceânicas.

Acima das águas, cidades flutuantes e ilhas artificiais serviam de lar para plebeus e mercadores.

As ruas eram conectadas por pontes de vidro encantado e canais de água cristalina, por onde barcos delicados deslizavam silenciosamente.

As construções, em tons de azul, verde e pérola, refletiam a luz do sol como espelhos d’água.

Mas o verdadeiro coração do império estava abaixo da superfície.

Nas profundezas, envolto por corais bioluminescentes, ficava o Palácio Imperial de Ondaluna.

Ele se erguia como uma fortaleza viva, com torres de vidro encantado e paredes forjadas do próprio oceano.

O castelo se dividia entre a superfície e o fundo do mar, mas apenas os nobres de sangue puro podiam habitar os salões submersos, pois sua linhagem permitia que respirassem debaixo d’água sem esforço.

Os comuns, sem essa bênção, permaneciam em terra firme, servindo os grandes senhores.

O Príncipe Inocente

Nos salões submersos do palácio, um jovem príncipe deslizava suavemente pelos corredores cristalinos.

Nereus Caelmare, de apenas 15 anos, era uma figura de pura delicadeza e inocência.

Seus cabelos, de um azul celeste esvoaçante, flutuavam ao redor de seu rosto de porcelana, e seus olhos tinham um degradê suave, do azul profundo ao verde-marinho.

Ele era um ômega, e como todo príncipe ômega da água, crescera cercado de luxo e proteção.

A política e os jogos de poder não o interessavam.

Os adultos que resolvessem essas coisas.

Ele preferia passar seus dias entre os jardins de corais e as bibliotecas encantadas.

Mas naquela noite…

Algo quebrou a harmonia das águas.

O Intruso

Enquanto caminhava pelos corredores externos do castelo submerso, Nereus viu algo estranho.

Uma figura encapuzada, movendo-se rápida e silenciosamente em direção ao templo sagrado.

Seus olhos se arregalaram.

Um intruso?

Por um momento, ele hesitou.

Mas então, a curiosidade venceu.

Discretamente, ele o seguiu.

Os corredores levavam ao Santuário da Runa das Marés, o local mais sagrado do reino.

O coração de Nereus acelerou.

A figura se moveu com pressa.

E então, ele viu.

Um brilho cortou as águas como um relâmpago.

A Runa da Água fora arrancada de seu pedestal.

A magia ancestral do reino… havia sido roubada.

Nereus prendeu a respiração.

Seu instinto gritava para que corresse.

E ele correu.

O Príncipe Perdido

Ele nadou para longe, tentando escapar.

Mas antes que pudesse chegar a um lugar seguro…

Algo o puxou.

Forte. Rápido. Implacável.

— N-NÃO! — Ele tentou gritar, mas a água abafou seu desespero.

Seus pulsos foram agarrados.

A última coisa que viu foi o brilho frio de um punho encapuzado se erguendo—e então, escuridão.

O príncipe de Ondaluna desapareceu.

E no dia seguinte, os mares rugiram de revolta.

As manchetes trouxeram o caos ao mundo.

A segunda runa havia sido roubada.

E o segundo príncipe estava perdido.

...----------------...

A Fúria dos Mares

As águas de Azuris Profundis estavam em alvoroço.

As correntes submersas rugiam, os corais bioluminescentes tremulavam, e as criaturas marinhas se escondiam nos recifes.

A notícia se espalhou como uma tempestade submarina.

O príncipe Nereus Caelmare desaparecera.

A Runa das Marés fora roubada.

O caos emergiu das profundezas.

Os Imperadores das Marés

Na sala do trono submersa, dois homens impunham o poder absoluto do oceano.

O Imperador Orion Caelmare, um alfa colossal, permanecia de pé com as mãos cerradas em punhos, suas unhas rasgando a mesa de madrepérola.

Seus olhos azul-esverdeados eram como um mar revolto, prontos para engolir qualquer um que ousasse desafiá-lo.

Os cabelos azul-escuros flutuavam com sua aura de raiva contida.

Orion não era um homem qualquer.

Ele era um rei de ferro.

Um soberano que governava os oceanos com força e medo.

E quando alguém ousava tocar no que era dele...

A fúria do mar não conhecia limites.

Ao seu lado, sentado no trono de madrepérola, estava o Imperador Consorte Lysander Caelmare, um ômega tão delicado quanto uma pérola rara.

Seus cabelos azul-perolados flutuavam suavemente ao redor do rosto esculpido com perfeição.

Os olhos, de um azul-piscina cristalino, brilhavam com um misto de desespero e frieza calculista.

Se Orion era o tubarão, Lysander era a onda silenciosa que destruía sem aviso.

Ele não chorava.

Não ainda.

Seu filho não estava morto.

Mas se alguém ousasse feri-lo...

As águas jamais os perdoariam.

A Ordem Suprema

— Encontrem meu filho.

A voz de Orion ressoou como um trovão submarino.

Os nobres e conselheiros sentados à mesa se encolheram.

— Todos os soldados do reino serão mobilizados. Vasculhem cada canto do oceano, cada caverna submersa, cada corrente marítima. Quem tocar em Nereus sentirá a ira das marés.

Os ministros se entreolharam, apavorados.

Mas Lysander, mais frio que o próprio oceano, interrompeu:

— Isso não é suficiente.

Orion virou-se para ele, ainda tomado pela raiva.

— O que sugere?

Lysander entrelaçou os dedos com calma, como se já tivesse calculado cada movimento antes de falar:

— Nos aliamos ao Reino do Fogo.

Os nobres prenderam a respiração.

O silêncio foi absoluto.

Ninguém jamais ousara propor isso.

O Fogo e a Água nunca foram aliados.

Mas agora...

Haviam dois príncipes desaparecidos.

Duas runas roubadas.

E um inimigo invisível, mas poderoso.

Orion apertou a mandíbula, relutante.

Ele odiava pedir ajuda.

Mas seu filho vinha primeiro.

Sempre.

Ele bateu a mão na mesa, a decisão tomada:

— Preparem uma mensagem para o Imperador Caelum. Vamos ao Reino do Fogo.

O Alerta aos Outros Reinos

Lysander inclinou-se levemente para frente, os olhos brilhando como um oceano profundo.

— E mais uma coisa.

— Alertem o Reino da Terra e o Reino dos Ares.

A sala se congelou.

— O quê? — Um dos nobres ousou perguntar.

Lysander não piscou.

— Se alguém está sequestrando príncipes e roubando runas...

Eles ainda não terminaram.

Mais populares

Comments

Cristiane de Oliveira

Cristiane de Oliveira

Ele era o tsunami...
MAIS PORQUE NEREUS!!!!....EU TINHA MIM APAIXONADO POR ELE!!!!!!!/Sob//Sob//Sob//Sob//Sob/NEREUSSSSSS.....NÃOOOOOOOOOOOO

2025-03-24

1

Cristiane de Oliveira

Cristiane de Oliveira

Eu tou até chorando aqui..../Sob//Sob//Sob//Sob//Sob//Sob//Sob//Sob/porque ele PORQUEEEEEEEE!!!!!.....NEREUSSSSSS!!!

2025-03-24

1

Angel

Angel

os nobres sim, os camponeses é pela superfície (e nesse reino tem mais nobre do que camponeses, e é um grande reino vasto ele domina os sete mares, momento ficção do meu livro: o palácio imperial é o centro, onde as 7 correntezas dos 7 mares se interligam, onde começam, onde terminam) até é poético kakakakakak

2025-03-24

1

Ver todos

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!