O salão do conselho imperial era vasto e imponente, construído de mármore pálido com detalhes em prata e azul celeste.
Nas altas paredes, janelas de vidro encantado projetavam imagens do céu exterior, permitindo que a reunião ocorresse sob a vista das nuvens sempre em movimento.
O trono do imperador estava no centro elevado, ladeado pela cadeira da imperatriz e pelos assentos dos nobres de maior escalão.
Zephyr Caelestis adentrou o recinto sem pressa, mas sua mente fervilhava.
Ele sabia que esta não seria uma reunião comum.
Não quando o Reino do Fogo estava em chamas—metafórica e literalmente.
O silêncio reinou por um instante quando o Imperador Astherion Caelestis ergueu sua mão, sinalizando o início da sessão.
Aelric, o primogênito e herdeiro oficial, já estava recostado em seu assento, desinteressado como sempre.
Zephyr se sentou mais à frente, os olhos atentos.
— Meus nobres e conselheiros, — começou o imperador, sua voz ecoando com autoridade e frieza. — Os eventos recentes no Reino do Fogo nos abriram uma oportunidade.
O Duque Ventos-Gélidos, um dos mais velhos presentes, assentiu.
— A vulnerabilidade do Império de Caelum é evidente. A runa do fogo foi roubada. O herdeiro foi sequestrado. O império está em desordem. Não há momento mais propício para propormos um acordo do que este.
Zephyr arqueou uma sobrancelha.
A Imperatriz Nyx Caelestis, sempre impecável e calculista, pousou os dedos no queixo.
— O Reino do Fogo detém a maior fonte de magia primária e riquezas incontáveis. Tentamos alianças por séculos, mas sempre fomos recusados. Dessa vez, a oferta virá acompanhada de um favor—um favor que eles não podem recusar.
Zephyr sentiu um incômodo crescer dentro de si.
— Vocês querem trocar a ajuda ao príncipe por uma aliança política? — Ele falou, a voz soando mais afiada do que pretendia.
O silêncio pesou.
Aelric riu baixo.
— Vejo que meu querido irmãozinho desenvolveu um senso de justiça repentino. — Ele debochou, inclinando-se. — Mas é um jogo de poder, Zephyr. E se o fogo está fraco, o vento deve se aproveitar disso.
Zephyr ignorou a provocação do irmão e virou-se diretamente para seus pais.
— Vocês acham que Caelum aceitaria? Ele não vai ser chantageado.
O imperador sorriu de lado.
— A dor de um pai muda muitas coisas, meu filho.
Zephyr apertou os punhos.
Aquela lógica lhe dava nojo.
Usar a perda de alguém como moeda de troca?
Transformar Lucian em um simples peão de negociação?
Ele não sabia por que isso o irritava tanto.
Mas irritava.
E muito.
— Isso é errado. — Ele disse, firme.
A sala pareceu congelar.
Aelric arqueou as sobrancelhas, surpreso.
Os nobres se entreolharam.
E então, o imperador riu.
Baixo, mas carregado de desdém.
— Meu filho… — Astherion pousou as mãos no apoio do trono, os olhos de um azul gélido perfurando Zephyr. — O mundo não funciona com “certo” ou “errado”. Ele funciona com força.
Zephyr queria retrucar.
Queria gritar que Lucian não era uma ferramenta.
Mas ele não podia.
Não ali.
Então ficou em silêncio.
Mas, em seu coração, tomou uma decisão.
Se o Reino do Vento não ajudaria Lucian por compaixão…
Ele ajudaria.
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Atualizado até capítulo 28
Comments
Cristiane de Oliveira
Já vi que esse tal de Aelric se acha o bambam
2025-03-24
1
Cristiane de Oliveira
Esses negócios de alianças,guerras são tudo complicado...por que não só começa a pancadaria....
2025-03-24
1
Cristiane de Oliveira
E já vão fazer uma gerra....Eu mal posso esperar pra ver o que vai acontecer
2025-03-24
1