A Vida Cotidiana do Deus do Trovão

A Vida Cotidiana do Deus do Trovão

CAPÍTULO 01

A história começa em outro mundo, onde existem magia, reinos, criaturas mágicas e deuses. O mais poderoso de todos, o Deus do Trovão, chamado Storm, percebe que sua vida nesse mundo se tornou repetitiva.

De repente, sua empregada, Verônica, entra no salão e diz:

— Meu rei, seu jantar está pronto.

Storm, de olhos fechados, responde:

— Tá bom, já estou indo.

Verônica o observa por um momento e pergunta:

— Meu rei, há algo lhe incomodando?

Storm suspira e responde:

— Sim. Minha vida nesse mundo é sempre a mesma coisa. Tenho que participar de guerras, impedir seres malignos e resolver problemas de outros reinos. Tudo isso é cansativo e repetitivo… Eu não quero mais viver assim.

Verônica, surpresa, pergunta:

— Então, o que deseja, meu rei?

Storm abre os olhos e diz:

— Quero recomeçar minha vida do zero. Vou reencarnar em outro mundo.

Ainda surpresa, Verônica questiona:

— Mas, meu rei, você pode recomeçar sua vida aqui. Por que escolher outro mundo?

Storm sorri levemente e responde:

— Porque esse mundo que escolhi, apesar de ter um nível de poder muito baixo, é especial. Há coisas novas e interessantes que quero experimentar.

Verônica abaixa a cabeça em sinal de respeito e diz:

— Eu entendo sua escolha, meu rei.

Storm então se levanta e ordena:

— Verônica, como minha última ordem como seu rei, prepare uma reunião para anunciar minha reencarnação.

— Entendido, meu rei.

Após a reunião, Storm começa a brilhar e, pouco a pouco, seu corpo desaparece. Ele então reencarna como um bebê no Japão, na cidade de Tóquio, recebendo o nome de Hakari Mikami, filho de um casal japonês.

E assim sua nova vida começa…

Depois de 16 anos, Hakari já tem 16 anos. Ele está dormindo em seu quarto quando, de repente, uma garota entra correndo e pula em cima dele.

— Acorda, irmãozão! Tá na hora de levantar! — diz animadamente.

Essa garota é Ayane, a irmã mais nova de Hakari.

Ainda sonolento, Hakari resmunga:

— Já acordei, maninha… Agora sai de cima do seu irmãozão.

Ayane cruza os braços e responde com um sorriso travesso:

— Só saio quando você levantar!

Hakari suspira e argumenta:

— Mas eu só consigo levantar se você sair de cima de mim...

Depois de alguns segundos, Ayane finalmente decide sair. Hakari se senta na cama e se espreguiça.

— Ah, quase esqueci! — diz Ayane. — Papai e mamãe saíram mais cedo para uma reunião de trabalho. Eles pediram para você cuidar de mim hoje!

Hakari boceja e responde:

— Entendi… Então vai tomar banho logo. Temos que ir para a escola.

Ayane sorri e coloca as mãos na cintura.

— Eu já tomei banho! Quem precisa se apressar agora é você.

Hakari suspira novamente.

— Certo… Mas você já tomou café da manhã?

— Não! — responde Ayane, inflando as bochechas. — Papai e mamãe não tiveram tempo, então pediram para você preparar algo pra mim!

Hakari passa a mão no rosto, resignado.

— Tá bom, tá bom… Me espera. Primeiro, vou tomar banho.

Ele segue para o banheiro, toma um banho rápido e veste seu uniforme escolar. Ao voltar, pergunta:

— O que você quer para o café da manhã?

— Omelete! — responde Ayane animada.

— Certo.

Hakari prepara o omelete e serve para a irmã. Após dar a primeira mordida, Ayane sorri satisfeita.

— Onii-chan faz o melhor omelete do mundo!

Hakari ri levemente, e assim sua manhã comum continua…

Ayane olha para o relógio e avisa:

— Onii-chan, já tá na hora de irmos para a escola!

Hakari, ainda se alongando, pergunta:

— Você pegou suas coisas?

— Peguei, sim! — responde Ayane com confiança.

Hakari cruza os braços e pergunta:

— Então cadê sua pasta?

Ayane congela por um instante, ficando visivelmente envergonhada.

— E-Espera só um pouco…

Ela corre de volta para seu quarto, pega a pasta e volta apressada.

Hakari a encara com um olhar cético.

— Agora podemos ir?

— Podemos! — responde Ayane, sorrindo.

Os dois saem de casa e começam a caminhar em direção à escola. No meio do caminho, Ayane olha para o irmão com um sorriso travesso.

— Irmão, você já tem uma namorada?

Hakari fica surpreso com a pergunta e desvia o olhar, corando levemente.

— Isso não é da sua conta!

Ayane ri e provoca:

— Haha! Então meu irmãozão não tem uma namorada! Que pena, eu sinto dó de você.

Hakari suspira e retruca:

— Se continuar falando besteira, da próxima vez que papai e mamãe saírem, eu não vou cuidar de você!

Ayane dá de ombros e responde, divertida:

— Meu irmão simplesmente não sabe aceitar a verdade…

Hakari revira os olhos, enquanto sua irmã continua rindo.

Hakari entra na sala de aula e segue direto para seu lugar habitual: a última carteira, perto da janela. Ele olha para o céu e pensa consigo mesmo:

"Essa vida é muito melhor do que a minha passada... Mesmo sendo simples, é muito mais tranquila."

Enquanto ele reflete, uma figura chamativa se aproxima. Aki Hanazawa, a garota mais rica e popular do colégio, decide sentar-se ao lado dele.

As aulas seguem normalmente até que, em um momento oportuno, Aki deixa sua borracha cair de propósito.

— Opa! Deixei minha borracha cair… Hakari, você pode pegar para mim, por favor?

Por dentro, Aki já imagina a cena: "Ele vai dizer ‘Sim, senhora Aki! Eu farei tudo que você quiser, até mesmo me tornar seu servo!’"

No entanto, sua expectativa é destruída quando Hakari simplesmente responde:

— Não.

Aki pisca algumas vezes, surpresa.

— O que você disse?

Hakari suspira e repete calmamente:

— Eu disse que não. Sua borracha caiu perto de você, então pode pegá-la sem problemas.

Antes que Aki possa responder, o sinal do almoço toca. Enquanto os alunos começam a sair da sala, Aki permanece sentada, olhando para Hakari com as bochechas levemente coradas.

— Ele é... diferente. — murmura para si mesma.

Durante a aula de educação física, Hakari se prepara para o primeiro teste: medir sua força física usando um dinamômetro manual.

"Preciso me segurar..." — ele pensa, reduzindo sua força ao mínimo possível.

No entanto, ao puxar o dinamômetro, o ponteiro vai direto para o máximo.

A professora arregala os olhos, surpresa.

— Uau! Não é normal um aluno alcançar o valor máximo... Como você conseguiu isso, Hakari?

Hakari, sem demonstrar nervosismo, responde com um sorriso tranquilo:

— Ah, eu faço muito exercício físico e como bastante verdura.

Por dentro, porém, ele pensa: "Na verdade, é só minha força de Deus do Trovão..."

Em seguida, chega a hora do teste de velocidade, onde os alunos devem dar uma volta na pista da quadra. Quando chega sua vez, Hakari começa a correr e, em apenas três segundos, já completa o percurso.

Todos ao redor ficam boquiabertos.

— O quê?! Como ele fez isso?!

— Hakari, o que você anda comendo?!

Hakari dá de ombros e solta outra desculpa:

— Eu corro bastante no meu tempo livre.

Os colegas ainda murmuram entre si, impressionados, enquanto Hakari pensa consigo mesmo: "Preciso tomar mais cuidado para não chamar tanta atenção..."

Na hora da saída da escola, Hakari observa Aki atravessando a rua. De repente, ele percebe algo alarmante: um caminhão em alta velocidade se aproxima perigosamente dela.

Sem pensar duas vezes, Hakari ativa sua supervelocidade, avançando até Aki em um instante. Ele a segura nos braços e a protege, virando seu corpo para que suas costas fiquem de frente para o impacto. O caminhão bate com força em Hakari, amassando a parte da frente do veículo.

O som do impacto ecoa pela rua. Todos ao redor ficam paralisados, chocados com o que acabaram de testemunhar.

Aki, ainda tremendo, olha para Hakari, completamente surpresa.

— Você… está bem? — Hakari pergunta, sua voz calma apesar da situação.

Os olhos de Aki se arregalam ao notar que a frente do caminhão está destruída.

— Como você ainda está vivo?! Essa batida poderia ter nos matado!

Hakari, sem demonstrar preocupação, responde com um sorriso tranquilo:

— Eu como muita verdura.

Aki o encara, sem acreditar no que ouviu.

— Mas por que você me salvou?

Hakari suspira e responde de maneira simples:

— Seria cruel da minha parte apenas ficar parado assistindo uma colega perder a vida.

O rosto de Aki fica vermelho na mesma hora.

Nesse momento, a diretora da escola aparece, alarmada.

— O que aconteceu aqui?!

Um dos alunos se adianta e responde, ainda impressionado:

— Hakari salvou Aki de um acidente… e ele sobreviveu à batida do caminhão!

A diretora fica boquiaberta, sem palavras.

— Vocês dois estão bem?!

Hakari apenas acena com a cabeça.

Depois de um tempo, ele retorna para casa, como se nada tivesse acontecido. Enquanto isso, Aki permanece parada, olhando para suas mãos, ainda sentindo o calor do toque de Hakari.

"Quem é o Hakari… ou melhor, o que é o Hakari?" — ela se pergunta, confusa.

Então, ao colocar a mão sobre o peito, percebe algo estranho. Seu coração bate mais rápido que o normal.

"O que é esse calor que estou sentindo?"

FIM.

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