A noite estava calma na casa da família de Hakari. A mesa de jantar estava posta, com pratos fumegantes e um aroma agradável preenchendo o ambiente. Seus pais, Kenji e Haruka, estavam sentados em seus lugares habituais, enquanto sua irmã mais nova, Ayane, comia distraidamente, balançando os pés debaixo da cadeira.
Hakari olhou para sua família e respirou fundo. Ele sabia que aquele momento chegaria, e agora era a hora certa.
— Pai, mãe, Ayane… posso fazer uma pergunta para vocês três? — Sua voz era firme, mas havia um certo peso por trás dela.
Kenji ergueu uma sobrancelha enquanto terminava de beber um gole de chá.
— Claro, filho. Qualquer coisa.
Haruka sorriu gentilmente.
— O que foi, querido?
Ayane, que estava mastigando um pedaço de carne, olhou para ele curiosa.
— O que houve, Nii-san?
Hakari hesitou por um segundo, mas então olhou nos olhos deles e perguntou:
— Vocês me aceitariam mesmo se eu contasse algo sobre mim que vocês nunca souberam?
Seus pais se entreolharam por um instante, mas logo sua mãe respondeu com um sorriso caloroso:
— Hakari, nós sempre te aceitaremos. Não importa o que seja, você é nosso filho.
Kenji assentiu.
— Uma família deve aceitar todos os seus membros do jeito que cada um é.
Ayane sorriu.
— Sim! Você é meu irmão mais velho, então eu te aceito de qualquer jeito!
Hakari sentiu seu coração se aquecer com aquelas palavras. Ele então respirou fundo mais uma vez e, com uma expressão séria, finalmente revelou:
— Eu sou o Storm.
O silêncio preencheu a sala por alguns segundos. Kenji e Haruka trocaram olhares. Ayane parou de mastigar. Então, de repente, todos sorriram.
— Nós sempre soubemos, filho — disse Kenji, cruzando os braços.
— O quê?! — Hakari arregalou os olhos.
Haruka riu baixinho.
— Hakari, você desaparecia do nada quando surgiam notícias sobre ataques de monstros gigantes. Quando voltava, sempre tinha um olhar de alívio, como se tivesse cumprido uma missão.
— Sem contar que a voz do Storm é idêntica à sua! — Ayane riu. — Você acha que ninguém perceberia?
Hakari passou a mão na nuca, um pouco envergonhado.
— Vocês não ficaram bravos por eu ter escondido isso?
— Claro que não! — Kenji sorriu. — Mas ficamos preocupados.
Haruka segurou a mão do filho com carinho.
— Você está constantemente arriscando sua vida para salvar os outros. Como seus pais, não podemos evitar de nos preocupar.
Kenji apoiou o cotovelo na mesa e olhou firme para Hakari.
— Filho, você realmente consegue se cuidar? Mesmo em meio a tanto perigo?
Hakari sorriu confiante.
— Eu sou muito mais forte do que qualquer inimigo. Não há nada que possa me derrotar.
Kenji e Haruka se entreolharam e suspiraram.
— Ainda assim, queremos que você se proteja. Se algo acontecer com você… uma parte dessa família também morreria.
Hakari viu a preocupação genuína no olhar dos pais e de sua irmã. Ele então segurou a mão da mãe e do pai, e sorriu para Ayane.
— Eu prometo… nunca vou deixar nada me acontecer.
A família se olhou, e um sentimento de alívio e união preencheu a sala. Eles confiavam em Hakari, mas, acima de tudo, o amavam e queriam sua segurança.
A noite seguiu tranquila, com conversas e risadas ao redor da mesa. Agora que o segredo havia sido revelado, Hakari se sentia mais leve. Afinal, sua família sempre esteve ao seu lado.
Ayane olhava para Hakari com os olhos brilhando de empolgação. Desde pequena, ela sempre admirou histórias de heróis e superpoderes, e agora descobriu que seu próprio irmão era um deles. A curiosidade era inevitável.
— Nii-san! — Ayane chamou, inclinando-se sobre a mesa com um sorriso travesso. — Você pode fazer uma demonstração dos seus poderes?
Hakari ergueu uma sobrancelha e sorriu de canto.
— Uma demonstração?
— Sim! Quero ver algo incrível!
Seus pais riram baixinho, mas também ficaram curiosos. Apesar de sempre suspeitarem que Hakari era o Storm, nunca tinham visto uma demonstração real de seus poderes.
— Bem, já que insistem… — Hakari disse, cruzando os braços. — Vou fazer algo especial para vocês.
Ele ergueu a mão direita, e pequenos raios azulados começaram a dançar entre seus dedos. O ar na sala ficou eletricamente carregado por um instante. Então, em um piscar de olhos, uma luz brilhou no centro da mesa.
Quando a luz se dissipou, um bolo confeitado perfeitamente decorado apareceu diante deles. Era grande, com várias camadas cobertas de chantilly, morangos e raspas de chocolate. O aroma doce se espalhou pelo ambiente, deixando todos com água na boca.
Ayane arregalou os olhos.
— UAU! Isso é incrível!
Haruka levou a mão à boca, surpresa.
— Você criou isso do nada?!
Kenji olhou para o bolo, impressionado.
— Esse é o uso mais delicioso que eu já vi para superpoderes.
Hakari riu.
— Pensei que seria um bom jeito de impressionar vocês e, ao mesmo tempo, deixar o jantar ainda melhor.
Ayane pegou um garfo e provou um pedaço. Seus olhos brilharam de felicidade.
— É tão gostoso! Você realmente é incrível, Nii-san!
Haruka e Kenji também experimentaram e ficaram surpresos com o sabor perfeito.
— Hakari… você precisa fazer isso mais vezes — Haruka comentou, encantada.
— Realmente! — Kenji riu. — Se eu tivesse esse poder, faria doces o tempo todo.
Hakari sorriu, sentindo-se feliz por ver sua família se divertindo. Ele sabia que seus poderes eram vastos e poderiam ser usados para coisas muito maiores, mas naquele momento, não havia nada mais importante do que ver sua família sorrindo.
— Fico feliz que tenham gostado. Agora, vamos aproveitar esse bolo juntos.
E assim, entre risadas e conversas animadas, a família de Hakari aproveitou aquele momento especial, celebrando não apenas o poder do Storm, mas também o amor e a união entre eles.
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Atualizado até capítulo 24
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