Hakari se aproximou da porta, hesitando por um momento antes de abrir. Ele virou-se para sua mãe, que estava na cozinha, preparando o jantar.
— Mãe, vou sair um pouco — anunciou, tentando parecer casual.
Ela ergueu os olhos da panela, com uma expressão de preocupação.
— Cuidado, Hakari. Não volte muito tarde, por favor. — Sua mãe sempre se preocupava, mesmo com as pequenas saídas do filho.
— Pode deixar, vou tentar não me demorar — respondeu ele, um sorriso tranquilo no rosto.
Ayane, sua irmã mais nova, apareceu na sala, com seu olhar curioso e esperançoso.
— Hakari! — ela exclamou, puxando a barra da camisa dele. — Você pode trazer um pudim para mim?
Hakari riu, lembrando-se da última vez que ela pediu algo similar.
— Se eu conseguir achar, eu trago, prometo! — disse ele, piscando para Ayane.
Ela sorriu radiante, como se já estivesse saboreando a sobremesa. Hakari sentiu um calor no peito, sabendo que pequenos gestos como aqueles eram importantes para sua irmã.
Com um aceno de cabeça para sua mãe e um último olhar para Ayane, Hakari saiu pela porta, pronto para a aventura que o aguardava.
Hakari saiu de casa e, com um leve movimento das mãos, ativou seus poderes elétricos. Num instante, ele estava voando, deslizando pelas nuvens, enquanto o mundo lá embaixo continuava sem perceber sua presença. Logo, avistou o parque onde Aki o estava esperando, e, com um impulso, desceu suavemente ao seu lado.
Aki olhou para ele com os olhos arregalados, surpresa.
— Uau! Você chegou voando! — exclamou, admirando a habilidade dele.
Hakari sorriu, um pouco envergonhado, mas satisfeito com a reação dela.
— É, estou tentando me acostumar com isso. Ser amiga de um Deus do trovão pode ser um pouco estranho, não? — disse ela, tentando aliviar a tensão.
Aki assentiu, ainda processando a ideia.
— Com certeza! Mas é incrível. Para onde vamos primeiro? — perguntou, cheia de expectativa.
Hakari pensou por um momento e teve uma ideia.
— Que tal começarmos com um sorvete? — sugeriu, seu rosto iluminando-se com um sorriso.
— Sorvete? Isso soa perfeito! — Aki respondeu, animada.
— E eu pago — acrescentou Hakari, fazendo um gesto amigável.
Eles se dirigiram à sorveteria, onde Hakari pediu dois sorvetes, um de chocolate e outro de morango. Ao receber os sorvetes, Aki olhou para ele, curiosa.
— Hakari, posso perguntar sobre alguns dos seus poderes? — ela disse, enquanto se sentavam em um banco do parque.
Hakari tomou um gole do seu sorvete, pensando por um momento.
— Claro! — ele respondeu. — Como sou um Deus, sou imortal. Mesmo se eu me ferir, meu corpo se regenera. E se eu for destruído... posso renascer.
Aki ficou encantada, seus olhos brilhando com a revelação.
— Isso é incrível! — ela exclamou. — Então, você é praticamente indestrutível?
— Exatamente — confirmou Hakari, um sorriso de orgulho se formando em seus lábios. — Mas, como tudo, tem seu preço.
A atmosfera ao redor deles parecia vibrar com a energia da conversa, e Aki sentiu que estava começando a entender não apenas os poderes de Hakari, mas também a profundidade de sua existência.
O sol brilhava intensamente sobre o parque de diversões, suas cores vibrantes envolvendo tudo ao redor. Hakari e Aki estavam sentados em um barco tranquilo que os levava através de um rio artificial, cercado por flores tropicais e risadas de crianças. Eles seguravam sorvetes, as sombras das palmeiras dançando suavemente sobre seus rostos.
— Então, Aki — começou Hakari, sua voz cheia de entusiasmo.
Aki levantou uma sobrancelha, interessada. O calor do dia era disfarçado pela brisa fresca que soprava da água. Hakari olhou em volta, como se quisesse garantir que ninguém pudesse ouvir o que ele estava prestes a dizer.
— Eu... tenho um poder ocular incrível! — exclamou ele, os olhos brilhando como estrelas. — Chama-se Raiogan, os Olhos do Trovão Divino!
Aki riu, achando que ele estava brincando. — Raiogan? Isso soa como algo saído de um mangá. Você realmente precisa parar de assistir a tanto anime, Hakari.
Hakari sorriu, mas insistiu. — Não, sério! É muito mais do que apenas um nome legal. É um poder incrível! — Ele começou a descrever suas habilidades, sua voz cheia de entusiasmo. — Eu posso acelerar meu pensamento, fazer previsões do futuro e até copiar habilidades de outros!
Aki olhou para ele com descrença, mas a curiosidade começou a tomar conta. — Isso tudo vem de um par de olhos?
Hakari acenou com a cabeça vigorosamente. — E não para por aí! Posso criar clones feitos de eletricidade, ler mentes... e até ter uma intuição automática em situações perigosas! Pode parecer loucura, mas é real!
Aki parecia cada vez mais intrigada, mas ao mesmo tempo, preocupada. — E quais são as desvantagens de tudo isso? Não é possível que um poder tão grande não tenha um preço.
Hakari respirou fundo, sentindo a gravidade da preocupação de Aki. — Bom, o uso do Raiogan consome uma enorme quantidade do meu cérebro. Se eu não tomar cuidado, posso acabar em um estado de exaustão mental. — Ele começou a brincar com seu sorvete, a expressão de diversão se esvanecendo um pouco. — Mas não se preocupe, Aki. Eu sei quando usar e como controlar isso.
Aki ainda parecia cética. — Sei que você é inteligente, mas se isso consumir todo o seu cérebro, como vai ficar?
Hakari sorriu, um brilho confiante em seus olhos. — Eu sempre cuido de mim mesmo. E além disso, eu posso usar magia de cura para ajudar, mas não quero depender dela.
Aki olhou nos olhos de Hakari, vendo a determinação que irradiava dele, mas sua preocupação continuava a pesar em seu coração. — Só não quero que você se machuque. Prometa que será cauteloso.
— Prometo! — Hakari ergueu seu sorvete em um brinde. — A uma nova aventura, cheia de poderes e muito mais!
Aki sorriu, finalmente permitindo que sua ansiosa preocupação se dissipe um pouco. Eles riram, enquanto o barco se movia suavemente, seus pensamentos se perdendo nas possibilidades do futuro. O parque de diversões estava repleto de vida, mas tudo o que Hakari conseguia pensar eram as novas estratégias que ele poderia criar com seu poder.
A jornada deles estava apenas começando, e com ela, um mar de desafios e descobertas os aguardava.
Enquanto o barco flutuava suavemente, deixando uma trilha de espuma na água, Hakari virou-se para Aki, com um brilho de empolgação nos olhos.
— E não é só isso! — anunciou, comprometendo-se a compartilhar mais do que nunca. Aki já estava presa na narrativa e seus olhos brilhavam de curiosidade. — Eu também tenho uma habilidade chamada Massa Gravitacional Infinita!
Aki franziu o cenho, tentando entender o conceito. — Massa Gravitacional... O que exatamente isso significa?
Hakari, animado, começou a explicar. — Isso é uma distorção na massa e na gravidade do meu corpo. Basicamente, eu posso manipular a massa gravitacional de mim mesmo e de objetos ao meu redor de forma imaginária! É magnífico!
Aki inclinou a cabeça, interessada. — Magnífico como?
— Bem — continuou Hakari — eu posso, por exemplo, aumentar minha massa em toneladas sem perder velocidade. Imagine que eu adicione 10 toneladas à minha massa: meu soco teria a força de 10 toneladas, mas eu ainda me moveria normalmente. É como ter uma força colossal sem perder agilidade!
Aki ficou impressionada. — Isso soa como se você pudesse destruir qualquer coisa com um soco!
Hakari balançou a cabeça. — É verdade! Mas há muito mais. Eu também posso tornar objetos pesados ou leves como eu quiser. Um simples bastão pode se tornar um peso mortal, ou eu posso fazer uma pedra leve o suficiente para lançar como uma pluma!
Os olhos de Aki brilharam com a possibilidade. — E você também se torna mais forte fisicamente, certo?
— Exatamente! — Hakari confirmou. — Com essa habilidade, consigo aumentar a força física bruta de forma significativa. Um golpe meu pode causar um impacto devastador — quase como uma explosão!
Aki começou a imaginar as possibilidades. — Isso é incrível! Você poderia usar isso junto com o Raiogan, certo?
Hakari assentiu, um sorriso de satisfação no rosto. — Perfeito! Quando combinado com meu estilo de combate "Trovão Caótico", a eletricidade negra amplifica os impactos de massa elevada. Cada golpe gera choques sísmicos, fazendo o ar vibrar ao nosso redor!
— Uau! — exclamou Aki. — Isso é simplesmente... insano!
Mas, como sempre, o brilho da habilidade veio com seus desafios. Hakari rapidamente a alertou. — Mas há limitações... Não posso afetar seres vivos com essa habilidade. Só funciona em objetos e em mim mesmo. E exige um controle preciso! Se errar um golpe, posso causar danos enormes ao ambiente.
Aki refletiu, entendendo a gravidade das palavras dele. — Isso faz sentido. Se você exagerar em um golpe, poderia ferir a si mesmo e a outros ao seu redor.
— Exatamente! — Hakari concordou. — Além disso, quanto mais massa eu aplicar, mais mana eu consumo. Por isso, preciso ser cuidadoso.
— Então é realmente uma habilidade incrível, mas você deve sempre medir seus limites. — Aki olhou para Hakari com preocupação, mas também com admiração. — Prometa que não se deixará levar pelo poder.
Hakari olhou nos olhos de Aki, seu coração batendo forte. — Eu prometo. Aventura e coragem andam juntas, mas a responsabilidade é a chave. — Ele fez uma pausa, permitindo que suas palavras ecoassem.
Os dois amigos continuaram a remoer sobre as habilidades extraordinárias de Hakari enquanto o barco prosseguia seu curso tranquilo, cercado pela magia do parque de diversões. À medida que a tarde avançava, eles não sabiam que um mundo inteiro de desafios e adversários aguardava, prontos para testar não apenas o poder de Hakari, mas também a força de seu vínculo com Aki.
O barco continuava sua jornada relaxante, enquanto Hakari e Aki compartilhavam risadas e histórias sobre suas novas habilidades. O som das atrações do parque e as vozes animadas dos visitantes misturavam-se à brisa suave que soprava sobre eles.
Após um momento de silêncio, Aki olhou para Hakari com um brilho de hesitação nos olhos. — Ei, Hakari. Posso te fazer uma pergunta?
— Claro! — respondeu ele, curioso.
— Você... já pensou em ter um relacionamento sério? Tipo, namorar?
Hakari ficou surpreso com a pergunta. Ele olhou para Aki, sentindo seu coração acelerar. — Você está perguntando isso para mim, Aki?
Ela mordeu o lábio, olhando para o lado, um pouco envergonhada. — Sim. Eu só... pensei que, com tudo isso que estamos vivendo, talvez pudéssemos... você sabe, ser mais do que amigos.
Hakari sorriu, uma onda de felicidade tomando conta dele. — Eu realmente quero isso, Aki. Eu... quero namorar com você.
Aki franziu a testa, um pouco confusa. — Não entendi. Você... realmente quer isso?
Hakari tomou uma respiração profunda, sabendo que precisava esclarecer algumas coisas importantes. — Sim. Mas, Aki, há algo que você precisa saber sobre mim. Eu não sou apenas um garoto de 16 anos. Na verdade, eu sou um ser reencarnado.
Os olhos de Aki se alargaram em choque, enquanto ela tentava processar o que havia acabado de ouvir. — O que você quer dizer com reencarnado?
— Significa que, embora eu pareça ter a idade que tenho, eu já vivi por 150.016 anos — explicou Hakari, seu tom sério, mas os olhos brilhando com sinceridade. — E se você quer namorar alguém que é mais velho do que você, deve saber que isso pode ser um pouco complicado.
Aki ficou pensativa, seu olhar fixo em Hakari. A ideia de namorar alguém que tinha vivido tanto a intrigava, mas a diferença de idade e experiência não a assustava. Afinal, sua aparência era de um jovem. — Mas, você ainda parece tão jovem... Isso não deve importar, certo?
Hakari sorriu, aliviado pela resposta de Aki. — Então, você não se importa? Afinal, eu poderei sempre parecer um adolescente... Enquanto eu tiver essa forma, os anos que passei não vão mudar isso. Mesmo que eu tenha vivido muito, você é a pessoa que eu quero ter ao meu lado agora.
Aki sorriu amplamente, sua timidez se dissipando. — E eu quero estar ao seu lado, Hakari. Vamos aproveitar isso juntos!
— Então, está decidido! — Hakari declarou, estendendo a mão para Aki.
Ela pegou a mão dele, sentindo uma onda de calor e excitação se espalhar por seu corpo. — Eu nunca pensei que um dia diria isso, mas sim... nós somos namorados agora!
O barco deslizou para a frente, levando os dois para novas aventuras. A conexão entre eles se solidificava, e o parque de diversões ao redor parecia mais brilhante e cheio de possibilidades. Embora eles enfrentassem desafios à frente, agora estavam juntos, prontos para enfrentar o que o destino lhes reservasse.
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Atualizado até capítulo 24
Comments
Gerson carlos da cruz pereira Cruz pereira
alguém pode me responder se o hakari está errado em namorar uma garota de 16 anos sendo que ele tem 150.016 anos lembrando que ele tem 150.016 anos mentalmente fisicamente ele tem 16 anos.
2025-03-14
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