Jogos de Poder

O dia amanheceu como qualquer outro, mas Ji-woo sentia que a tensão no ar era palpável. As palavras do CEO ainda ecoavam em sua mente, e a pressão para que ele e Ji-on se adaptassem à política interna da empresa parecia estar apenas começando. Mas o que ele não sabia era que naquele dia algo aconteceria que mudaria tudo de uma vez.

Quando Ji-woo entrou no escritório naquela manhã, uma mensagem apareceu em sua tela. Era de Ji-on: "Nos encontramos depois do trabalho. Tenho algo importante para te contar." O coração de Ji-woo disparou. Ele já imaginava o que poderia ser, mas preferia não se precipitar. Ele sabia que a situação estava mais tensa do que nunca, mas também sabia que Ji-on nunca o envolvia em algo sem um bom motivo.

Ao longo do dia, Ji-woo tentou se concentrar no trabalho, mas o constante sussurro das conversas ao seu redor e os olhares furtivos o distraíam. Parecia que tudo estava se desenrolando lentamente, como um filme de terror, e ele não conseguia ver uma saída clara. Ele sabia que estava sendo testado. Não só pela empresa, mas também pelos próprios sentimentos que ele e Ji-on estavam começando a descobrir juntos.

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Quando o expediente finalmente terminou, Ji-woo foi diretamente ao local combinado. O clima estava carregado, e o céu começava a escurecer, como se refletisse o peso do momento. Ao entrar no restaurante, viu Ji-on esperando por ele, com uma expressão séria. Algo no olhar dele fez com que Ji-woo se sentisse ainda mais inquieto.

— O que aconteceu? — Ji-woo perguntou assim que se sentou, sua voz tensa.

Ji-on respirou fundo, como se estivesse se preparando para algo grande. Ele olhou para Ji-woo, com um brilho de determinação nos olhos, mas também uma sombra de preocupação.

— Eu falei com o CEO depois da reunião de ontem. — Ji-on começou, e Ji-woo ficou em alerta, percebendo que o que estava por vir não seria fácil. — Eles querem usar a nossa situação a favor deles. Querem nos manipular. Querem usar o nosso relacionamento como moeda de troca para pressionar decisões que beneficiem os interesses deles.

Ji-woo sentiu o estômago revirar. Ele não acreditava no que estava ouvindo.

— O que isso significa? — Ji-woo perguntou, a voz tensa. Ele estava começando a entender a gravidade da situação.

Ji-on olhou para ele com uma intensidade que fez o coração de Ji-woo acelerar.

— Significa que, se não cumprirmos o que eles pedem, eles vão expor nossa relação de uma maneira que nos prejudique. Eles sabem que, se colocarem isso nas mãos da mídia ou dos outros executivos, será difícil para nós dois mantermos nossos postos aqui. Eles querem garantir que estamos na linha, que somos obedientes. Eles querem jogar com nossos medos.

Ji-woo engoliu em seco. Ele sabia que a situação estava prestes a se tornar ainda mais difícil do que já era. A política de poder dentro da empresa agora não era mais sobre apenas conseguir respeitar as regras, mas sobre jogar um jogo onde as consequências eram reais, e ele e Ji-on estavam no centro.

— O que você vai fazer? — Ji-woo perguntou, mais preocupado com a resposta de Ji-on do que com qualquer outra coisa. Ele sabia que Ji-on não tomaria uma decisão leviana, mas estava temeroso com o peso da escolha que tinham pela frente.

Ji-on olhou para ele com uma determinação inabalável.

— Eu vou lutar. Eu não vou me submeter às condições deles. Se eles acham que podem nos manipular, estão muito enganados. Mas precisamos estar prontos para o que vem a seguir. Eles vão tentar nos dividir, vão tentar usar tudo contra nós. E, para isso, precisamos estar mais fortes do que nunca.

Ji-woo sentiu um alívio misturado com uma adrenalina que nunca tinha experimentado antes. Ele sabia que a batalha estava apenas começando, mas agora entendia que não seria mais um espectador passivo. Ele e Ji-on eram parceiros nisso, e juntos, nada poderia derrubá-los.

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Naquela noite, quando Ji-woo chegou em casa, a sensação de ser parte de algo maior se fixou em seu peito. Ele sabia que as coisas estavam complicadas e que o jogo de poder da empresa não era algo fácil de vencer, mas não queria mais ficar à margem. Ele queria ser alguém que lutava pelas coisas que acreditava, sem medo do que o futuro poderia trazer.

Ji-woo se deitou, e, mesmo com a mente cheia de pensamentos conflitantes, o peso das palavras de Ji-on ainda pairava sobre ele. Mas, ao mesmo tempo, havia uma tranquilidade que vinha de saber que ele não estava sozinho. Eles iriam enfrentar isso juntos.

E, enquanto o sono finalmente tomava conta dele, uma única frase ecoava em sua mente: "Não importa o que eles façam, nós lutamos juntos."

O dia seguinte chegou, e a atmosfera no escritório estava ainda mais carregada. Cada passo de Ji-woo parecia ser observado, cada movimento seu, um reflexo de quem estava ciente da tensão crescente. Os colegas de trabalho estavam mais discretos, mas Ji-woo não podia ignorar o fato de que tudo estava se tornando mais evidente. O segredo deles, agora, não era mais só deles. Ele podia sentir o peso da expectativa e da vigilância em cada canto da empresa.

Ao entrar na sala de reuniões para mais uma rotina de trabalho, ele percebeu o olhar penetrante de Min-kyu. Havia algo em seus olhos que parecia mais interessado do que de costume, mais calculista. Mas Ji-woo não se deixou afetar, pelo menos não na frente de todos. O foco agora estava em manter a fachada profissional, em não dar brechas para que qualquer uma das jogadas de poder de seus superiores os atingissem.

Mas no fundo, ele sabia que não estava mais lidando com simples jogadas políticas. Aquilo era algo muito mais profundo. Era uma questão de lealdade. Não apenas à empresa, mas a si mesmo e ao relacionamento com Ji-on. O que ele e Ji-on estavam criando tinha se tornado um jogo de risco, e cada movimento que eles faziam tinha um peso incalculável.

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No final da tarde, Ji-woo recebeu uma nova mensagem de Ji-on, uma simples frase que fez seu coração acelerar: "Nos vemos amanhã à noite. A decisão precisa ser tomada." O que isso significava? O que mais estava em jogo? Mas Ji-woo sabia que não podia fugir daquela situação. Ele precisava entender até onde estavam dispostos a ir.

Ele tentou se concentrar nas tarefas restantes, mas seus pensamentos estavam longe, com Ji-on, com o futuro, e com tudo o que estava em risco. As palavras do CEO ainda o martelavam, e a ideia de ser controlado por aqueles interesses corporativos o deixava com um gosto amargo na boca.

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Quando o expediente finalmente terminou, Ji-woo sentiu como se uma cortina tivesse sido levantada, revelando a verdadeira luta que estava por trás de todos os sorrisos falsos e aparências profissionais. Ele precisava de respostas. Ele e Ji-on precisavam de um plano.

Naquela noite, Ji-woo encontrou-se com Ji-on, em um café tranquilo, longe dos olhares de quem quer que fosse. Quando entrou, viu Ji-on sentado à mesa, a expressão séria e os ombros tensos. Ele estava claramente preocupado, mas também havia algo de resoluto em sua postura. Não era mais sobre apenas seguir as regras da empresa. Era sobre lutar por aquilo que construíram.

— Então, o que vai acontecer agora? — Ji-woo perguntou diretamente, ao se sentar à frente de Ji-on.

Ji-on olhou para ele, os olhos brilhando com uma intensidade que Ji-woo não via há algum tempo. Ele parecia completamente determinado.

— Eu falei com eles. Eles sabem que não vamos simplesmente nos submeter. Mas, ao mesmo tempo, querem nos fazer acreditar que somos vulneráveis. A situação está prestes a ficar ainda mais complicada, Ji-woo. O CEO vai pressionar novamente. Eles vão tentar dividir a nossa lealdade.

Ji-woo sentiu o peso daquelas palavras. Eles estavam prestes a entrar em uma batalha de forças, e ele não sabia até onde poderia ir sem perder o controle.

— Eu não vou deixar isso acontecer. — Ji-woo disse, mais forte do que imaginava. — Não vou deixar eles nos usarem, Ji-on. Não posso.

Ji-on sorriu levemente, como se estivesse esperando por essas palavras. Ele levantou a mão e a colocou sobre a de Ji-woo.

— Não estamos sozinhos. Nós dois sabemos o que vale a pena, e o que estamos construindo é mais forte do que qualquer ameaça que eles tentem nos impor.

Ji-woo não sabia se era coragem ou a simples certeza de que estar com Ji-on fazia tudo parecer mais suportável. Mas o que ele sentia, naquele momento, era uma confiança inabalável no que estavam fazendo. Eles não eram mais apenas peças no tabuleiro dos outros. Eles estavam prontos para jogar o jogo deles, nas próprias regras.

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A noite se estendeu, e os dois ficaram ali, discutindo o futuro, tentando imaginar os passos seguintes. A tensão parecia recuar um pouco, mas a realidade de que o pior ainda estava por vir permanecia. Quando finalmente se despediram, Ji-woo sentiu uma sensação de urgência dentro de si. Ele sabia que o que acontecesse a partir daquele momento mudaria o curso de tudo. Mas ele estava decidido a não voltar atrás.

Naquela noite, quando ele se deitou para dormir, o que pensava não era sobre o trabalho, ou os desafios que viriam. Era sobre como ele e Ji-on estavam indo cada vez mais longe, sem medo, sem hesitação. Eles estavam mais unidos do que nunca, e isso, por mais difícil que fosse, estava tornando-os mais fortes.

E ao adormecer, uma coisa ficou clara em sua mente: "Não importa o quanto tentem nos manipular, nós somos mais fortes juntos."

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