O sol se punha lentamente, tingindo o céu com tons de laranja e vermelho, enquanto Ji-woo olhava pela janela do seu apartamento, a mente imersa em um turbilhão de pensamentos. O que ele havia feito nas últimas horas parecia tão certo quanto errado, e a tensão em seu peito não diminuía. A decisão estava tomada, mas a sensação de estar prestes a atravessar um ponto sem retorno o consumia.
A conversa com o CEO tinha sido apenas o começo. Ji-woo sabia que o que viria agora não seria fácil. A empresa não perdoava fraquezas, e o fato de ele ter desafiado as regras era algo que jamais passaria despercebido. No entanto, havia algo diferente agora. A certeza em seu coração de que a escolha que fizera estava certa, por mais difícil que fosse.
O toque suave de uma mensagem vibrando em seu celular trouxe-o de volta à realidade. Era de Ji-on. Ele rapidamente abriu a tela, sentindo o alívio de ver o nome de Ji-on na notificação.
"Estou indo aí. Precisamos conversar."
O sorriso que se formou nos lábios de Ji-woo foi instantâneo. Mesmo com a tempestade se aproximando, ele sabia que ao lado de Ji-on, tudo parecia mais suportável. Com pressa, ele deixou o celular de lado e foi até a porta, seu coração batendo mais rápido a cada passo. Não importava o que estivesse por vir; ele enfrentaria isso com Ji-on ao seu lado.
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Quando Ji-on chegou, a tensão no ar parecia palpável, como se ambos estivessem cientes de que o que estava por vir poderia mudar tudo. Ji-woo o recebeu na porta, e os dois trocaram um olhar silencioso antes que Ji-on se aproximasse, seu semblante sério, mas determinado.
— Eu estive pensando muito sobre tudo o que aconteceu hoje. Sobre as ameaças, as escolhas que tivemos que fazer... — Ji-on começou, a voz mais baixa do que o habitual. — Mas uma coisa é certa: o que a gente sente um pelo outro, isso não pode ser apagado. Não importa o que a empresa tente nos forçar a escolher.
Ji-woo assentiu, sentindo um peso se dissolver dentro de si. As palavras de Ji-on eram o alicerce que ele precisava para manter a sua decisão firme.
— Eu sei. — Ji-woo disse, passando uma mão pelos cabelos. — A escolha que fiz não foi fácil, mas se tiver que enfrentar o mundo inteiro por isso, eu farei. Só... só me sinto tão perdido, Ji-on. Como se não houvesse mais certezas em tudo isso.
Ji-on se aproximou, sua expressão suavizando à medida que ele chegava mais perto. Ele colocou uma mão sobre o ombro de Ji-woo, em um gesto reconfortante.
— Eu entendo, Ji-woo. E é por isso que estamos juntos nisso. Não vai ser simples, mas não há nada que a gente não consiga enfrentar... juntos.
A proximidade deles fez o espaço entre eles se fechar, e a tensão que até então preenchia a sala foi suavizada pelo conforto de estarem juntos. Ji-woo olhou para Ji-on, sentindo uma mistura de gratidão e incerteza, mas também uma forte sensação de que, juntos, poderiam suportar qualquer tempestade.
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Os dias seguintes se tornaram um campo de batalha psicológico, com ambos tentando manter a compostura enquanto lidavam com as consequências de suas escolhas. Ji-woo continuou a se reunir com o CEO e outros executivos, tentando não ceder às pressões que o cercavam. A cada conversa, ele percebia mais claramente que o jogo de poder estava se tornando implacável. A empresa estava jogando sujo, e ele sabia que a qualquer momento poderiam decidir cortar os laços com ele.
Por outro lado, Ji-on estava sendo confrontado pela sua própria pressão. Como empresário, ele precisava fazer escolhas que fossem boas para o futuro dos negócios. Mas sua lealdade a Ji-woo, seu amor por ele, começava a interferir nos cálculos estratégicos que antes vinham com facilidade. Cada decisão parecia trazer consigo um peso ainda maior, e ele temia o impacto que isso teria em seu relacionamento.
Uma manhã, Ji-woo entrou no escritório e foi imediatamente chamado para mais uma reunião com o CEO. Quando entrou na sala, o olhar do executivo era mais afiado do que nunca.
— Ji-woo, você se mostrou resiliente nas últimas semanas, mas o tempo está se esgotando. Suas atitudes têm causado uma reação em cadeia dentro da empresa. Ou você toma a decisão certa agora, ou as consequências podem ser irreversíveis. — O CEO disse, com um tom quase como uma ameaça velada.
Ji-woo sentiu a pressão crescer, mas manteve a postura firme.
— Eu não vou mudar minha posição. Minha lealdade à empresa permanece, mas minha vida pessoal não está em negociação.
O CEO o observou por um momento, os olhos frios avaliando-o, antes de finalmente falar.
— Muito bem. Mas saiba que quando se joga nesse nível, as peças podem ser derrubadas a qualquer momento. Você já sabe o que está em jogo.
Ji-woo se levantou, sua mente fervendo com os possíveis cenários. Quando a reunião terminou, ele sentiu como se tivesse sido marcado por uma decisão que não poderia mais voltar atrás. A batalha estava apenas começando, e as repercussões poderiam ser devastadoras, não apenas para ele, mas para todos ao seu redor.
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À noite, ao chegar em casa, Ji-woo encontrou Ji-on esperando por ele. A tensão entre os dois era palpável, mas a confiança mútua os mantinha unidos. Ji-woo se sentou ao lado de Ji-on, sentindo a presença reconfortante dele, mas também o peso daquilo que estava por vir.
— Ji-woo, você está bem? — Ji-on perguntou, a voz carregada de preocupação.
Ji-woo suspirou profundamente e olhou para ele.
— Eu estou... lutando. Sinto que estamos sendo empurrados para um caminho sem volta, mas eu não sei o que mais fazer. O que nós temos, isso é real. E eu não posso deixar que eles nos destruam.
Ji-on pegou sua mão, entrelaçando os dedos com os dele, uma ação simples, mas cheia de significado.
— Não estamos sozinhos, Ji-woo. Nós vamos enfrentar isso juntos. Não importa o que aconteça.
Naquele momento, Ji-woo soube que, por mais que o futuro fosse incerto, ele não estaria sozinho. E, talvez, isso fosse a única certeza que ele precisava para seguir em frente.
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O jogo de poder estava longe de terminar, e a tempestade parecia apenas começar. Mas uma coisa estava clara: Ji-woo e Ji-on estavam prontos para lutar por tudo o que tinham. A próxima jogada seria deles. E, juntos, enfrentariam qualquer adversidade que surgisse no caminho.
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Atualizado até capítulo 30
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