Ji-woo estava parado diante da janela do seu apartamento, olhando para a cidade iluminada abaixo. O beijo ainda queimava em seus lábios, e a sensação de calor não parecia ir embora. As palavras de Ji-on ecoavam em sua mente: “Você não pode fugir disso, Ji-woo. Já está em minhas mãos.”
Era uma frase simples, mas carregada de significados. Ji-woo sempre foi um homem de controle, sempre soubera onde se posicionar, onde colocar suas peças no jogo. Mas com Ji-on, tudo parecia diferente. Tudo parecia fora de lugar, desordenado, como se o controle que ele tão diligentemente mantinha estivesse se dissolvendo, pouco a pouco.
Ele se virou quando ouviu a porta se abrir. Ji-on entrou na sala com sua postura dominante, como sempre. O olhar dele imediatamente foi para Ji-woo, como se o estivesse desafiando a reagir.
— Não tem como fugir de nós, Ji-woo — Ji-on disse, a voz carregada de uma calma que só aumentava a tensão no ar. Ele caminhou em direção a Ji-woo, cada passo seu soando como uma sentença.
Ji-woo queria se afastar, queria argumentar, mas, no fundo, sabia que não seria suficiente. Ele não conseguia mais ignorar a atração que sentia, o desejo proibido que o consumia a cada encontro. Algo em Ji-on fazia com que ele se perdesse de si mesmo, e isso o aterrorizava.
— Você me provocou, Ji-woo — Ji-on continuou, agora a apenas alguns centímetros de distância. Suas palavras eram lentas, medidas, mas com uma intensidade que fazia o coração de Ji-woo bater mais rápido. — Não pode se esperar que eu ignore isso.
O ar entre os dois estava pesado, denso, e Ji-woo sentia o calor irradiando do corpo de Ji-on, como se ele fosse um fogo prestes a consumir tudo ao seu redor. Mas Ji-woo não queria se perder. Ele não queria dar a vitória a Ji-on. A última coisa que ele desejava era entregar-se totalmente.
Ele tentou dar um passo para trás, mas Ji-on foi mais rápido. Com um movimento ágil, Ji-on prendeu Ji-woo contra a parede, o corpo dele pressionando com força. O toque era implacável, sem espaço para escape, e Ji-woo sentiu sua respiração falhar por um momento.
— Você não vai fugir. Eu não vou deixar você — Ji-on murmurou, seus olhos fixos nos de Ji-woo, como se estivesse lendo sua alma.
Era como se a realidade tivesse se distorcido. Não havia mais espaço para os jogos de poder ou as lutas internas. Ji-woo sabia que sua resistência estava se esvaindo, e isso o assustava profundamente. Mas, ao mesmo tempo, ele não podia negar a atração avassaladora que o consumia sempre que estava perto de Ji-on.
Ji-on inclinou-se para beijá-lo novamente, mas, desta vez, Ji-woo não hesitou. Ele correspondeu, de forma feroz, como se finalmente cedesse ao inevitável. O beijo foi urgente, uma mistura de raiva e desejo, como se ambos quisessem absorver tudo um do outro, explorar os limites da atração que os envolvia.
Quando se separaram, ambos estavam ofegantes, mas Ji-woo ainda mantinha a resistência dentro de si, apesar de tudo. Ele se afastou levemente, sem olhar para Ji-on.
— Isso não pode continuar, Ji-on. Não podemos continuar assim — disse ele, a voz baixa, mas firme. Seu coração ainda batia forte, e ele sentia que precisava pôr fim a tudo aquilo, mas as palavras que saíam de sua boca não pareciam corresponder aos seus sentimentos reais.
Ji-on, porém, sorriu com uma leveza que contrapunha a tensão no ar. Ele sabia o que estava acontecendo. Sabia que Ji-woo estava se entregando, mesmo sem admitir.
— Você diz isso agora, Ji-woo. Mas sei que, no fundo, você não quer que acabe. Não quer que eu pare. E não vou parar até você me dar o que eu quero — a voz de Ji-on estava implacável, mas havia um toque de divertimento nela.
Ji-woo sentiu uma ponta de frustração, mas também um estranho alívio. Ele sabia que estava em um jogo perigoso, onde o controle já não estava mais em suas mãos.
E, no fundo, ele não sabia se queria mesmo recuperá-lo.
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Atualizado até capítulo 30
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