“Max”
Cada vez que ela sorri, meu coração dá um pulo, eu não vou mais me segurar, vou conquistar essa mulher, quero ela na minha cama, nos meus braços.
Saí correndo, peguei-a no colo e girei no ar. Quando parei, Lola estava grudada na minha camisa e me olhando assustada.
-Você está tendo um surto? Ficou louco? Poderíamos ter caído.
-Estou louco, sim, mas é por você.
-Max me coloca no chão.
-Lola, vamos começar de novo, eu quero te mostrar que não sou o grosso mal-educado e nem o galinha que você acha que sou.
-Agora estou te achando um louco, você me conhece há dois dias, dá para parar com essa loucura. E eu sou mais velha, não vou me envolver com você.
-Pode parar com essa sua teoria, sei que você tem 30 anos e eu tenho 25, não acho que você é muito velha para mim.
-Como você descobriu minha idade
-Simplesmente, perguntei para seu pai.
-Os homens desse lugar não sabem ficar com a boca fechada.
-Vou te provar que somos feitos um para o outro.
-Até ontem, eu era uma intrusa, a carioca louca que ia matar a onça na primeira tentativa. E agora sou a mulher com quem você quer namorar? Desculpe, mas veja bem como você é infantil, mudou de opinião da noite para o dia.
-Eu só estava com medo de me envolver com uma mulher que não é daqui, mas meu coração bate forte cada vez que olho para você, eu não quero mais brigar, quero fazer amor com você.
-Fica quieto, para de gritar, alguém pode te ouvir falando esse monte de besteiras.
-Quero que todos me ouçam, eu vou falar para seu pai que quero me casar com você, que vamos dar a ele os netos que ele tanto esperou.
-É por isso que as mulheres fogem. Vocês são muito intensos, me escute, eu não vou namorar você, eu nem te conheço.
-Vai, sim, eu vou te convencer de que sou a solução dos seus problemas.
Chegamos à casa e Max me pegou pela cintura, entrou abraçado comigo. Meu pai já abriu um sorriso.
-Pode parar, o senhor também. Tem alguma droga alucinógena na comida da Inês? Vocês estão todos loucos, acham mesmo que a solução da minha vida é o Max?
-Ele pode não ser a solução, mas também não é o problema, filha de uma chance para o amor.
-Gente, vocês sabem que estou aqui só há dois dias?
-E, pelo que estou vendo, Max já mudou de opinião a seu respeito.
Resolvi soltar uma que nem sei se é verdade.
-O senhor adotou ele, então tecnicamente somos irmãos, eu não posso fazer isso.
-Vou investigar se isso atrapalha alguma coisa, mas acho que não.
-Vou ao banheiro lavar minhas mãos, e vocês não fiquem falando pelas minhas costas.
-De jeito nenhum.
“Lola”
Entrei no banheiro e fiquei olhando no meu reflexo. Parece que a dor da separação não me incomoda mais, mas vou me controlar e vou fazer tudo ao meu tempo.
“Rodrigo”
Preciso conversar com Max porque, se isso for só um fogo de palha, eu vou ter que afastar ambos, mas se ele realmente quiser namorar minha filha, vou ter ambas as pessoas que mais amo comigo. Vou falar com ele à noite, agora vamos saborear a comida da Inês.
Max parece impaciente, olhando na porta do banheiro.
-Calma, Max, assim você vai assustá-la.
-Você não acha que ela está demorando demais?
-Não acho, deixa ela se acostumar com as mudanças, é tudo muito recente.
-Vou me controlar, mas se ela me aceitar, nunca mais vou deixá-la sair de perto de mim.
“Lola”
Voltei para a copa e Max levantou para puxar a cadeira para que eu me sentasse, ele parecia decidido a me conquistar. Ele é tão bonito que dá vontade de deixar as coisas acontecerem. Max é possessivo, controlador e não sei se quero isso para minha vida. Preciso falar com minha mãe, mas para isso vou ter que fugir desses dois. Estava tão concentrada no meu plano de fuga que não ouvi o que Rodrigo falou. Olhei e estavam ambos a esperar uma resposta minha.
-Desculpa, eu estava distraída e não escutei vocês, o que me perguntaram?
-Falei para Max que você gostava de cantar uma música pela casa, qual era mesmo?
-Se o senhor se lembra disso, deve lembrar a música.
-Só lembro que eu adorava te ouvir, eu acordava e ficava deitado esperando você passar cantando.
-Agora fiquei curioso, qual música uma adolescente do Rio de Janeiro passaria cantando logo cedo? Um funk?
-Não, Max, minha filha era diferente, o som que ela curtia era mais romântico.
-Imaginei ela passando cantando, “pula, sai do chão, esse é o bonde do tigrão”
“Rodrigo”
Vi minha menina segurando o riso, porque Max se levantou e estava tentando dançar.
-Olha, acho que quem gosta do bonde do tigrão é você.
-Não, gostou da minha performance? Sou um dançarino nato.
-Acho que você vai fazer sucesso nos bailes funk, vestido assim.
Apontei a mão, mostrando o traje dele.
Camisa xadrez, calça jeans, bota de cano longo e chapéu, mas não é o mesmo de ontem, ele deve ter uma coleção.
- Estou muito bem-vestido, mas se você quiser, posso mudar, coloco um short largo mostrando a cueca, uma regata, algumas correntes e dá até para fazer uma tatuagem. O que você acha de uma caveira?
Ele dobrou o braço, mostrando para mim e meu cérebro se perdeu no músculo retraído e na visão de uma caveira tatuada ali. Balancei a cabeça e continuei com a brincadeira.
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Atualizado até capítulo 66
Comments
Vanusa Crispim Da Silva
🔝🔝🔝🔝🔝🔝
2025-03-17
2
Cinthia Matos
🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣
2025-02-26
1
Michele Gomes
cara tô morrendo de rir......kkkk
2025-02-14
2