-Vilma sabe o que está falando? Ela foi criada aí com você no Rio de Janeiro, está acostumada com a vida da cidade, aqui é muito diferente você não quis nem vir conhecer.
-Ela é diferente de mim, Lola é tranquila, se parece mais com você do que comigo, acho que vai ser bom para ela e para você também.
A não ser que a sua esposa não queira a nossa filha aí com você.
Ficou um silêncio, achei até que Rodrigo tinha desligado.
-Rodrigo, você ainda está aí?
-Estou Vilma, eu não tenho outra mulher, só tive uma mulher na minha vida e prometi na frente do padre que era na saúde e na doença até que a morte nos separe, lembra disso?
-Lembro, pensei que você havia desistido, e talvez construído outra família.
-Eu não fiz, e você? Colocou outro homem na nossa cama?
-Não Rodrigo, eu já tinha problemas o suficiente para pensar em colocar homem em casa.
-Que bom! Quer dizer, que bom que teve juízo e respeitou a nossa filha.
-Eu vou comprar a passagem de avião e assim que tiver com tudo arrumado, te aviso o dia e o horário para você buscá-la no aeroporto.
-Tudo bem, eu aguardo notícias suas.
Desliguei o telefone e ainda fiquei um tempo olhando para o aparelho, ainda não acredito que Vilma me ligou, quando ouvi a voz dela parece que voltei a 15 anos atrás quando eu vim morar aqui. Achei que ela iria mudar de ideia e vir atrás de mim, mas não veio.
Sou Rodrigo Garcia, tenho 60 anos, 1,80, moreno. Cuido de uma reserva ambiental onde recebo os animais que a florestal apreende.
Reserva Ambiental "Boa Esperança" , quando vim para cá eu estava mal, aquela loucura do Rio de Janeiro não era para mim, comprei a propriedade e pensei que a minha mulher ia me apoiar, mas ela não quis nem cogitar a ideia de vir morar aqui comigo. Tentei falar com a minha filha porque eu nunca quis abandoná-la, mas recusou-se a falar comigo, fui assistir à formatura dela e observei a minha mulher e a minha filha lindas de longe, não consegui aproximar-me.
Voltei para assistir o casamento dela, que por sinal é tão parecida com a mãe que eu tive que me controlar para não ir lá e dar um abraço e vê-la entrando sozinha na igreja sem a minha presença também me quebrou e eu fui embora de novo sem falar com elas.
Eu moro aqui no sítio com um menino que adotei, ele é um filho para mim, me ajuda em tudo, mas parou de estudar no colegial e disse que tudo o que um veterinário faz ele faz melhor eu sei que ele faz, mas se tivesse um diploma iria estar mais garantido.
Talvez ele e a minha filha se entendam e se tornem amigos, aí ela consiga convencer Max a fazer faculdade.
Eu sou Maxwell Rosa, tenho 25 anos, 1,90, moreno de olhos azuis, sou peão da fazenda desde que me conheço por gente. Rodrigo me achou escondido na casa, eu tinha 10 anos, e desde então eu moro e trabalho aqui com ele.
Estudei até o colegial e não quis fazer faculdade, Rodrigo me ensinou tudo o que eu preciso saber para cuidar dos animais, sei que ele tem medo de acontecer algo com ele e eu ficarei sem ter onde morar, mas eu me viro, por enquanto ele está forte e eu continuo aqui.
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Atualizado até capítulo 66
Comments
Veranice Zimmer Ferst
gente que lindo 💗 meu Deus o Max é muito lindo 💗!!
Espero que fiquem juntos???
2025-03-08
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Cinthia Matos
Começando hoje dia 25/02/25 e já gostei! Este é o segundo livro que estou lendo 😍
2025-02-25
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Silvia Araújo
a filha indo morar com o pai aí vai ter uma reconciliação do casal
2025-04-15
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