-Até que enfim você resolveu me dar notícias de nossa filha. Achou legal me deixar o dia todo pensando em como ela está?
-Mãe! Estou bem, tive que operar a boca de uma onça e por isso não te liguei antes.
-Meu amor! Desculpa, achei que fosse seu pai, mas me conta como foi seu primeiro dia? Você operou uma onça?
-Foi emocionante, meu primeiro dia foi diferente do que imaginei, foi bom.
-Você está controlando as palavras, tem alguém aí com você?
-O aparelho fica na sala, o celular não funciona, então vou falar só o necessário.
-Entendi! Só me responde se sim ou não. Tem homem bonito aí? Você já conseguiu olhar para algum?
-Tem alguns espécimes bem diferentes, e eu achei bem interessante, mas são ariscos e perigosos. Agressivos brigam por pouca coisa.
-Compreendo, mas às vezes a agressão é um meio de defesa, talvez ele esteja com medo porque você é diferente, mas cai matando e vai viver minha filha.
-Mãe... A senhora conseguiu?
Ficou um silêncio na linha, sei que minha mãe está pensando como me responde, porque não teve outro homem, sei que não esqueceu meu pai.
-Meu caso foi diferente, ele não me traiu, eu só tinha ideias que não coincidiam, talvez hoje teria tomado uma atitude diferente.
-Vou desligar, fica bem mãe.
-Tchau filha e não esquece que a vida é curta para ficar sofrendo por quem não merece.
Desliguei o aparelho e fui na cozinha ver se ambos já tinham acabado de arrumar tudo, e para minha surpresa estava tudo organizado e eles estavam no quintal tomando um café. Rodrigo me viu na porta.
-Pega uma xícara de café e vem sentar aqui olhar as estrelas, isso foi a primeira coisa que me encantou, aqui elas parecem brilhar mais.
-Muito obrigado, mas vou me deitar, o dia foi cansativo, boa noite para vocês.
Meu pai levantou e veio até mim, me abraçou, deu um beijo em minha cabeça e disse:
-Boa noite, filha, durma e sonhe com os anjos.
Eu quase me desfiz em lágrimas na frente dele, não parecia que eu tinha sentido tanta falta desse beijo e desse abraço.
-Boa noite, pa… Rodrigo.
Quase chamei ele de pai, nossa, meu coração parece uma bomba de sentimentos, explode de alegria a cada carinho dele, vou me controlar e não vou dar o braço a torcer, mas estou me sentindo em casa.
“Rodrigo”
Quase que ela me chamou de pai, eu cheguei a segurar a respiração para não demonstrar o tamanho da minha felicidade. Só se passou uma tarde e ela já está sorrindo mais, até suas feições parecem diferentes. Vou trazer minha menina alegre de volta, quero ouvi-la cantar de novo pela casa.
“Lola”
Entrei e coloquei meu pijama de gatinho, eu não gosto muito dele porque me sinto infantil, mas tem o cheiro de minha mãe e isso é tudo o que preciso agora, me sentir abraçada por minha mãe.
Acordei com sede, tentei virar e dormir de novo, mas não consigo meu cérebro fica me dizendo que não tem nada de mais é a cozinha da casa do seu pai e num horário desse não vai ter ninguém acordado, então me levantei e fui bem quietinha, passei pela porta do quarto do Max e está tudo quieto, olha ele não ronca.
Entrei na cozinha ainda rindo da minha descoberta e paralisei bem na minha frente está a perdição em pessoa, com um short de dormir, uma regata e meias, quem usa meias num calor desses? Com a cara enfiada dentro da geladeira, aquela bunda virada para mim, tentei voltar para trás sem que ele percebesse que peguei ele assaltando a geladeira de madrugada, mas esbarrei em alguma coisa que caiu fazendo um barulho enorme dentro da cozinha.
Max virou de uma vez e me encarou, me olhou dos pés à cabeça e disse:
-Se isso for um sonho, não me deixe acordar.
-Eu…
Nisso Rodrigo entrou correndo na cozinha, olhou de um para o outro, e voltou para trás resmungando alguma coisa sobre: “agora serem dois a atacar a geladeira a noite”. Parece que nem percebeu que Max está de pijama e eu com meu pijama de gatinho. Eu senti o riso chegando e até tentei controlar, mas explodi em risadas, nunca me imaginei em uma cozinha com um homem com roupas íntimas que não fosse Alex.
Max encostou na pia com uma vasilha que deve ser o resto do macarrão da janta, me encarou com aqueles olhos azuis que parecem me despir.
Virei voltar para meu quarto, mas Max me perguntou com uma voz rouca que fez todos os pelos da minha nuca arrepiarem.
-Você veio procurar alguma coisa?
Tentei controlar minha respiração para poder responder.
-Água estou com sede, mas já passou.
-Pode vir beber, eu não vou te morder, mesmo você parecendo muito apetitosa nessa roupa de gatinho.
-Você sabe que gatos arranham para se defender?
-Acho que não me importaria de ser arranhado por você.
Peguei um copo, passei por ele e peguei uma garrafa de água na geladeira, quando virei Max estava a centímetros de mim.
-Quem vai te pedir desculpas agora sou eu.
Comecei a respirar acelerado, Max tirou o copo e a garrafa da minha mão, colocou na pia e me puxou para ele, me beijou, eu fiquei um momento sem ação, mas logo estava respondendo ao beijo dele sem pudor, coloquei minhas mãos naquele peito firme e arranhei só para ouvir Max gemer.
-Desse jeito vou perder o controle, você é muito gostosa.
Voltei a meu juízo, o que estou fazendo? Me pegando com Max na cozinha. Empurrei o peito dele, tão firme e quase perdi o controle que parece que deixei no Rio de Janeiro.
-Max, por favor, não podemos fazer isso.
-Por quê? Estou atraído por você e sei que você também está por mim.
-Mas só atração não basta, isso está errado.
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Atualizado até capítulo 66
Comments
Pati 🎀
eita que tudo está sendo bem rápido e intenso 🤭☺️
2025-03-09
1
Vanusa Crispim Da Silva
o pai é um conviteiro /Facepalm//Facepalm//Facepalm/
2025-03-16
2
Carmem Lùcia Pimenta
kkkkkkk
2025-03-04
1