O teatro tremeu quando a criatura emergiu do portal, uma abominação que parecia formada pelos pesadelos mais profundos. Seu corpo era composto de sombras densas, olhos vermelhos ardentes e chifres retorcidos que brilhavam sob a luz vermelha do portal. Ela rugiu, um som que fez o ar vibrar, e avançou na direção dos irmãos.
— Isso é pior do que eu imaginava. — murmurou Gabriel, preparando uma chama dourada em cada mão.
— Não temos tempo para hesitar. — respondeu Fagner, já invocando sombras que se torciam e se entrelaçavam ao seu redor.
A criatura ergueu um braço descomunal, tentando esmagá-los. Fagner reagiu rapidamente, estendendo a mão para o chão. As sombras do teatro cresceram e envolveram o braço do monstro, atrasando seu movimento.
— Gabriel, ataque enquanto eu seguro!
— Já estou na sua frente. — Gabriel disparou uma rajada de fogo direto no peito da criatura. As chamas explodiram contra a sua pele, iluminando o teatro por um momento, mas não causando danos visíveis.
— Isso não é bom. — ele disse, recuando.
A criatura se libertou das sombras com um movimento violento e avançou novamente. Desta vez, Gabriel rolou para o lado enquanto Fagner conjurava uma barreira de sombras para protegê-los.
— Ela está ligada ao portal. — disse Fagner, observando a conexão energética entre o monstro e o círculo de runas brilhantes no chão. — Precisamos cortar essa ligação.
— E como fazemos isso? — perguntou Gabriel, desviando de outra investida da criatura.
— As runas. Se destruirmos o círculo, o portal colapsa.
Gabriel olhou para o palco, onde o círculo brilhava intensamente, emanando energia sombria.
— Certo, mas precisamos de uma distração.
— Eu cuido disso. — Fagner deu um passo à frente, as sombras ao seu redor se expandindo como tentáculos. Elas envolveram as pernas da criatura, prendendo-a ao chão.
— Ei, grandão! — gritou ele, atraindo a atenção do monstro. — Vamos brincar.
A criatura rugiu e atacou Fagner, que desviava e contra-atacava com suas sombras. Enquanto isso, Gabriel correu na direção do círculo de runas, suas chamas aumentando de intensidade.
Ele chegou ao palco, estudando as runas enquanto desviava de rajadas de energia que saíam do portal.
— Só preciso de uma explosão concentrada... — murmurou para si mesmo.
Atrás dele, Fagner continuava sua luta desesperada contra o monstro. Ele bloqueava golpes devastadores com suas sombras, mas o desgaste físico e energético começava a cobrar seu preço.
— Gabriel! Rápido! — gritou ele, sentindo suas forças vacilarem.
Gabriel ergueu as mãos, canalizando sua energia em uma única chama azul, brilhante como o céu ao amanhecer.
— Segura firme, Fagner! — gritou ele, lançando a chama diretamente no centro do círculo.
A explosão foi imediata. As runas se apagaram uma a uma, e o portal começou a colapsar, sugando tudo ao seu redor. A criatura soltou um rugido de desespero enquanto era arrastada de volta para as profundezas.
Fagner recuou rapidamente, suas sombras desaparecendo enquanto o portal finalmente se fechava com um estrondo ensurdecedor.
O teatro ficou em silêncio, exceto pelo som da respiração pesada dos irmãos.
— Acabou? — perguntou Gabriel, desabando no chão, exausto.
— Por enquanto. — respondeu Fagner, encarando o palco destruído.
De repente, a risada fria de Lilith ecoou pelo teatro vazio.
— Muito bem, irmãos. Vocês são mais fortes do que eu pensava. Mas isso foi apenas um prelúdio.
Fagner e Gabriel trocaram olhares preocupados. A batalha estava longe de terminar, e Lilith ainda estava lá fora, planejando sua próxima jogada.
CONTINUA...
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Atualizado até capítulo 100
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