PAZ E GUERRA

No quarto silencioso, iluminado apenas pelo brilho suave do computador, Aliya digitava com rapidez. A escrita sempre fora uma espécie de refúgio para ela, um lugar seguro onde podia expressar seus pensamentos sem medo de julgamentos. Enquanto as palavras fluíam na tela, sentia-se imersa em uma paz rara, algo que parecia lhe escapar nas interações do cotidiano.

Terminando um parágrafo, ela parou por um momento, suspirando e recostando-se na cadeira. Seu olhar vagou até a janela, onde as luzes da cidade se mesclavam à noite calma. Sentiu uma vontade súbita de sair, de respirar o ar fresco e apenas andar. Pegou um casaco, guardou o celular no bolso e saiu em direção à cidade, deixando para trás o peso que sentia no peito.

Enquanto caminhava pelas ruas tranquilas, algo em seu semblante se suavizou. Havia algo revigorante na simplicidade daquele momento. Ela podia sentir o vento tocar seu rosto, ouvir o som distante de risadas de um grupo que passava, as luzes dos postes lançando um brilho dourado sobre a calçada. Em um determinado ponto, notou uma criança tentando alcançar um balão que havia se soltado da mão, subindo lentamente pelo ar. Sem pensar duas vezes, Aliya correu, esticando o braço e conseguindo segurar a linha antes que o balão se perdesse.

"Aqui está," disse ela, entregando o balão à menina, que a olhou com um sorriso imenso e olhos brilhantes.

"Obrigada!" exclamou a criança, com uma gratidão genuína que fez o coração de Aliya se aquecer.

Ela acenou com a cabeça e continuou seu caminho, um sorriso leve surgindo em seus lábios. Aqueles pequenos momentos de conexão pareciam ter o poder de amenizar a carga que ela carregava todos os dias. Foi quando avistou uma sorveteria ainda aberta, suas luzes coloridas iluminando a calçada de maneira convidativa.

Sem pensar duas vezes, entrou e escolheu um sorvete de chocolate, sentando-se em uma mesinha do lado de fora. Sentiu a cremosidade doce se derretendo na boca, e, por alguns minutos, esqueceu-se de tudo: das tensões, das obrigações, dos olhares críticos que costumava enfrentar. Era apenas uma garota desfrutando de um sorvete, saboreando um momento raro de simplicidade e liberdade.

Aliya suspirou, sentindo-se leve e, de certa forma, em paz. Observava a cidade ao seu redor, as pessoas passando, cada uma em seu próprio mundo, com suas histórias e desafios. E, enquanto terminava o sorvete, deixou-se perder um pouco mais nesse instante de tranquilidade, com a certeza de que momentos como aqueles, mesmo raros, eram o que a faziam seguir em frente.

...----------------...

Enquanto isso, em uma sala escura, iluminada apenas por uma fileira de luzes que projetavam sombras inquietantes nas paredes de concreto. os supremos se posicionavam no centro, as expressões duras e implacáveis enquanto aguardavam os betas serem trazidos. Os irmãos haviam lidado com muitos como aqueles antes, mas a arrogância dos betas capturados naquela noite era algo que eles não perdoariam.

Quando dois betas foram escoltados para dentro, com as mãos amarradas, seus olhares carregavam uma mistura de desdém e desafio. Um deles, alto e com um ar de provocação estampado no rosto, riu com desprezo ao vê-los.

"Então, é assim que os "implacáveis" alfas supremos resolvem seus problemas?" disse ele, com um tom sarcástico. "Amarram a gente como covardes?"

Kael deu um passo à frente, os olhos estreitos e penetrantes, avaliando cada reação do beta. O silêncio do supremo era mais cortante que qualquer palavra, e o beta começou a se remexer sob o olhar afiado dele. Aiden, por outro lado, deu um leve sorriso, que era tão frio quanto ameaçador.

"Parece que você está sob uma impressão errada, beta" começou Aiden, a voz baixa, mas cheia de uma fúria contida. "Pensou que nós deixaríamos uma ofensa como a sua passar sem consequências?"

O outro beta, que estava ao lado do primeiro, começou a se remexer, tentando falar com um tom de falsa bravura. "Vocês acham que podem manter o controle para sempre? As coisas estão mudando. Vocês não têm poder sobre nós."

Kael riu, um som seco e sem humor, e deu mais um passo, aproximando-se o suficiente para que o beta sentisse a presença ameaçadora dele. "O que você chama de mudança é apenas uma tentativa patética de se rebelar. Vocês escolheram o lado errado, e agora vão pagar por isso."

O traidor tentou manter a postura desafiadora, mas Aiden já estava ao seu lado, a mão firme agarrando seu queixo e forçando-o a olhar diretamente em seus olhos. "Acredita mesmo que somos como os outros? Que temos alguma hesitação em punir quem cruza o limite?" O tom de Aiden era perigoso, a voz baixa, como um sussurro mortal. " Somos implacáveis porque aprendemos que misericórdia não é uma opção para tolos como vocês."

O beta tentou soltar-se, mas a força de Aiden o mantinha imóvel, o olhar do alfa queimando o dele com uma intensidade que não deixava espaço para dúvidas. Os olhos do beta começaram a demonstrar o primeiro sinal de medo.

Kael puxou uma faca afiada que carregava em seu cinto, girando-a entre os dedos enquanto observava o beta, agora incapaz de esconder o pavor. "Me dê um bom motivo para não acabar com isso agora. Ou talvez prefira se ajoelhar e pedir perdão" ele disse, com um sorriso cínico que fazia seu rosto parecer quase cruel.

O beta hesitou, a respiração ficando rápida. Ele sabia que não havia escapatória, e a postura inicial de arrogância desapareceu. "Por favor… eu…" começou ele, gaguejando, mas a expressão de Aiden endureceu ainda mais.

"Agora implora?" Aiden disse, com um desdém que cortava como uma lâmina. "Vocês desafiaram nossa autoridade, traíram nossa confiança, e agora esperam que uma palavra possa apagar tudo?"

Kael se aproximou, encostando a ponta da faca contra o peito do beta, com um toque leve, quase cuidadoso, mas o suficiente para que ele sentisse a ameaça concreta. "A palavra de um traidor nunca vale nada. Vocês fizeram suas escolhas. Nós apenas estamos aqui para concluir o que vocês começaram."

Os olhos dos betas mostravam puro terror. Aiden olhou para Kael, com uma expressão sombria. "Vamos acabar com isso."

Em um movimento rápido e preciso, Kael cravou a lâmina no peito do beta, sem qualquer hesitação. O outro beta tentou se afastar, mas Aiden segurou-o firme, os olhos ainda mais frios.

"Fiquem tranquilos" sussurrou Aiden, com um sorriso gélido. " Essa é a última vez que se colocam contra nós."

Enquanto os corpos caíam, o silêncio que se seguiu era pesado, mas não abalava os irmãos. Eles estavam acostumados a lidar com aqueles que ousavam desafiar sua autoridade, e, para eles, isso era apenas mais uma lição que os betas aprenderiam tarde demais.

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Comments

Jamilly Santos

Jamilly Santos

eu desisto aff a estória ficou cansada, sem sentido

2025-03-08

4

Andressa Silva

Andressa Silva

🤪🤪🤪🤪🤪

2025-02-24

1

Ana Lúcia De Oliveira

Ana Lúcia De Oliveira

Alfas agindo como bons mafiosos, executam logo os traidores. gostei 😃😃

2025-02-14

1

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