Aliya estava no jardim dos fundos quando ouviu o pai se aproximar. Cedrik parou a alguns metros dela, visivelmente hesitante, mas com uma expressão que indicava que trazia uma notícia indiscutível.
“Aliya,” começou ele, a voz grave. “Precisamos conversar. Há... uma nova condição para a parceria com os Supremos.”
Ela ergueu os olhos, franzindo o cenho. “E o que isso tem a ver comigo?”
“Tudo,” ele respondeu, com um peso evidente. “Eles exigiram que você trabalhe diretamente com eles.”
Ela o encarou, incrédula. “Está brincando, não está? E você aceitou isso? Como se eu fosse apenas uma moeda de troca?”
Cedrik tentou manter a calma diante do tom indignado da filha. “Aliya, você entende o que essa parceria representa. Se essa é a exigência deles, não cabe a nós discutir.”
“Não cabe a nós? E você está dizendo que devo aceitar isso sem questionar?” Ela cruzou os braços, o olhar cortante. “Eu não quero esse trabalho. Não pedi para fazer parte disso.”
O pai suspirou, impaciente. “Não é uma questão de querer ou não. Eles foram claros. Não temos escolha.”
Aliya balançou a cabeça, cada palavra dele aumentando sua revolta. “Eu tenho escolha, pai. E a minha escolha é não fazer parte do jogo de poder de vocês.”
“É tarde para isso,” ele respondeu, a voz dura. “A decisão foi tomada, e você vai trabalhar com eles. Não é uma discussão.”
Ela se calou, os punhos cerrados enquanto lutava para conter a raiva. Sentia-se traída, vendida como se sua vontade não significasse nada.
Sem dizer mais nada, ela girou nos calcanhares, pegando as chaves do carro em cima da mesa e saindo apressadamente. O pai ficou para trás, ciente de que nada do que dissesse a faria mudar de ideia.
Aliya dirigiu até a mansão dos Supremos, os pensamentos fervilhando.
...****************...
A noite estava densa e silenciosa, mas os Supremos já haviam sentido a presença dela antes mesmo de ver as luzes do carro se aproximarem. O aroma de Aliya, intenso, inquieto, misturava-se ao som dos passos firmes que ecoaram pelo hall quando ela entrou na propriedade.
Os irmãos aguardavam no salão principal, ambos aparentando uma calma que mascarava a tensão crescente. Quando a porta se abriu e a Jovem entrou, o olhar deles a acompanhou como uma sombra.
Ela parou diante dos dois, com os olhos flamejantes e a respiração pesada. A tensão no ar era quase palpável, como se uma tempestade estivesse prestes a explodir.
“Vocês não têm o direito de decidir por mim!” Ela disparou, a voz firme, cheia de indignação. “Essa imposição... Vocês realmente acham que podem me controlar como qualquer peça desse jogo de poder?”
Os gêmeos trocaram um olhar breve, mas mantiveram a expressão impassível. Kael foi o primeiro a responder, com uma calma calculada, cada palavra carregada de firmeza.
“A decisão já foi tomada, Aliya,” ele disse, a voz baixa, quase cortante. “Essa não é uma questão de escolha. É o que vai acontecer.”
A jovem o encarou. “Você mesmo me disse para ir embora,” ela gritou, a voz tremendo de indignação. " E agora isso?”
Aiden, surpreso, voltou o olhar para o irmão, a expressão endurecendo. A tensão entre os dois parecia quase palpável, mas ele manteve o silêncio, esperando a resposta de Kael.
O Supremo, segurando o braço dela com firmeza, rosnou. “Você tem que entender que não está em posição de questionar nossas decisões,” ele sussurrou, a voz baixa e intensa. “Nós decidimos o que é melhor para o nosso povo, inclusive para você, e você vai acatar.”
Ela tentou se desvencilhar do aperto dele, mas o supremo segurava seu braço com firmeza, o olhar dele penetrante, dominador. “Vocês dois acham que têm todo o poder sobre mim,” sussurrou, o tom desafiador. “Mas estão enganados.”
"Você não sabe com quem está brincando, Aliya," ele sussurrou, a voz baixa e afiada como uma lâmina. "Acha que está acima de nossas ordens só porque se atreve a nos desafiar?"
Aliya, em um misto de medo e desafio, manteve o olhar, e algo dentro dela pareceu despertar. Seus olhos, instintivamente, tornaram-se de um azul profundo, quase como se ela estivesse revidando a intensidade dele. "Eu sei exatamente o que vocês são," ela murmurou, sem desviar o olhar, sentindo um calor indescritível se espalhar em sua pele. "Mas isso não significa que vou me curvar."
Aiden, que observava a cena, sentiu um impulso incontrolável, uma mistura de raiva e algo mais sombrio. Aproximou-se dos dois e, em um gesto repentino, segurou o queixo de Aliya, forçando-a a olhar para ele.
“Você está acostumada a viver entre humanos,” Aiden falou, o tom carregado de desdém. “Mas aqui, Aliya, entre lobos, não somos iguais. Você, uma ômega, não tem o direito de nos questionar.”
Ela puxou o queixo, tentando se afastar, mas o aperto de Kael era firme. A intensidade do toque, a proximidade, tudo fazia seu coração disparar ainda mais. Ele notou, e seus olhos cintilaram com satisfação e um misto de algo mais possessivo.
“Por que estão fazendo isso?” ela desafiou, sua voz agora um sussurro tenso. "Por que precisam de mim tão perto?”
Kael soltou uma risada baixa, que reverberou como um trovão. "Você acha que merece saber?"
"Eu exijo saber!" ela disparou, e os olhos de Kael brilharam ainda mais intensamente, os músculos tensos como se contivessem uma onda de emoções.
O supremo a soltou, mas manteve o olhar, e com um sorriso frio murmurou, "Você vai descobrir em breve, Aliya. No momento em que decidirmos que está pronta."
Sentindo a tensão e a raiva pulsando sob a pele, ela desviou o olhar e começou a se afastar, mas Aiden agarrou seu braço, forçando-a a parar.
“E outra coisa,” ele sussurrou em seu ouvido, tão próximo que um arrepio percorreu sua pele. “Não pense que essa atitude desafiante vai te ajudar. A partir de agora, você faz o que mandamos. Querendo ou não.”
Ela puxou o braço, tentando se soltar, mas os olhos dele a mantinham presa. Sentia-se sufocada, invadida por uma intensidade que a consumia e lhe tirava a razão. Então, sem dizer mais nada, Aliya finalmente se afastou deles, mas as marcas daqueles olhos vermelhos e o toque dele queimavam sua pele, tão profundos que ela sabia que jamais se apagariam.
Assim que a porta se fechou atrás dela, o silêncio caiu sobre o salão, mas a tensão permaneceu. Aiden voltou-se para o irmão, a expressão dura, a voz carregada de reprovação.
“Você disse para ela ir embora? É isso mesmo, Kael?”
Kael desviou o olhar, a mandíbula tensa. “Estava nervoso, ela me tira do controle de um jeito que... nem sei explicar.”
Aiden o encarou, os olhos fixos e frios. “Nós somos Supremos, Kael. Ela precisa entender isso, mas precisamos ser firmes, não impulsivos. Cada palavra dita tem um peso, e você acabou de criar um problema para todos nós.”
Kael respirou fundo, a culpa visível em seu rosto. “Ela mexe comigo de uma forma... Aiden, você acha que é fácil pra mim? Ela é um desafio constante, e parece que me perco quando ela está perto.”
Aiden soltou um suspiro, ainda desapontado. “Ela mexe comigo também, mas isso não é desculpa para agirmos assim. Temos que manter o controle, ou ela nunca vai respeitar nossa autoridade.”
O irmão assentiu, visivelmente incomodado. Ele sabia que tinha cometido um erro, mas também sabia que era tarde demais para recuar.
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Atualizado até capítulo 48
Comments
Solene Costa
Não entendi foi nada como ela não sabe que e companheira deles se ela senti o cheiro deles e tudo , bom termina de ler pra ver no que dá
2025-03-28
0
Julia Santos
aí dois nojento escroto
2025-03-11
0
Andressa Silva
🧐🧐🧐🧐
2025-02-24
1