Aliya sentiu um frio na espinha. As palavras deles cortaram como lâminas, apesar dos problemas que enfrenta com sua família, ela não deseja mal a eles. O coração dela apertou com a possibilidade de ver sua família destruída.
“Vocês não podem fazer isso,” ela se forçou a dizer, a voz tremendo. Mas, mesmo enquanto falava, as dúvidas começavam a invadir sua mente.
“Oh, nós podemos,” Aiden respondeu, avançando um passo, o olhar agora intenso e firme. “Vocês não têm ideia do que somos capazes. Podemos transformar a vida da sua família em um pesadelo. Pense bem, Aliya. Estamos falando de destruição total. Acha que sua família sobreviveria?”
Kael se aproximou mais, os olhos vermelhos ardendo com uma mistura de determinação e algo mais sombrio. “Não estamos apenas fazendo uma ameaça. Estamos te dando uma escolha. Ficar aqui e preservar o que sua família tem ou sair e ver tudo se despedaçar.”
Aliya sentiu o ódio ferver dentro dela, mas a realidade das palavras deles a atingiu com força. O que seria de seu pai, de sua irmã e irmão? Eles não mereciam isso.
“Vocês realmente acham que podem me controlar assim?” ela desafiou, mas sua voz soou mais vacilante do que gostaria. A cada palavra, sentia-se mais dividida entre a raiva e a proteção que desejava oferecer à sua família.
“Controle não é o que estamos fazendo,” Aiden disse, suavizando o tom, mas ainda carregando a intensidade de um alfa. “É proteção. Você pode pensar que está se libertando, mas a liberdade só existe quando você tem um lar. Se nós tirarmos isso deles… o que restará para você?”
Aliya respirou fundo, a mente em tumulto. O que eles diziam era cruel, mas também era verdade. Se ela saísse, quem seria responsável pelas consequências? E a culpa que sentia ao imaginar sua família sendo destruída por suas decisões.
Kael notou a hesitação dela e se aproximou mais, quase colando os corpos. “Você é mais forte do que isso, Aliya. Mas não pode ser uma ômega perdida em um mundo de lobos. Decida-se agora. Fique e viva com o seu povo, ou fuja e veja sua família se desmoronar.”
Ela olhou para Kael, e a fúria dentro dela começou a se misturar com um sentimento de impotência. As ameaças, a realidade dura que se apresentava diante dela… tudo estava começando a pesar.
“Por favor, não façam isso,” ela murmurou, a voz quase um sussurro, enquanto a raiva e a resistência começavam a evaporar. “Vocês não podem…”
“Podemos,” Aiden interrompeu, a expressão agora de puro desafio. “E podemos fazer isso muito rápido, Aliya. Pense na sua família. Pense em tudo que eles significam para você.”
Os olhos dela arderam com lágrimas que ela se esforçava para não deixar cair. O desejo de ser livre e a responsabilidade de proteger sua família estavam em constante conflito, e, naquele momento, ela sentiu a fragilidade de sua posição.
“Eu… eu não quero que nada aconteça com eles,” ela finalmente admitiu, a voz falhando. “Mas…”
“Então, você sabe o que precisa fazer,” Kael disse, um sorriso satisfeito começando a se formar em seus lábios, como se ele tivesse percebido a fraqueza dela se transformando em aceitação.
Aliya engoliu em seco, sentindo a derrota a invadir. O ódio que sentia por eles se misturava com a necessidade de proteger aqueles que amava. “Tudo bem... Eu… eu vou ficar.”
Kael fez um movimento para se aproximar ainda mais, a intensidade nos olhos brilhando com uma nova força. “Você vai aprender a viver com isso, Aliya. Vai seguir nossas ordens."
A jovem sentiu um frio percorrer a espinha ao ouvir aquelas palavras, mesmo sabendo que sua decisão era uma forma de proteger sua família. E, no fundo, o que ela não queria admitir era que a ideia de permanecer perto deles a atraía de uma maneira irresistível, mesmo que isso significasse lutar contra eles.
Com o coração pesado e a mente confusa, ela apenas assentiu, e no fundo sabia que as consequências da sua escolha estavam apenas começando.
A mansão estava mergulhada em um silêncio pesado depois que Aliya saiu. Os irmãos permaneciam na sala de estar, ambos em silêncio, mas claramente tensos. A decisão dela de fugir havia os pegado desprevenidos e os deixado presos em uma turbulência interna. Enquanto Aiden caminhava de um lado para o outro, Kael permanecia imóvel, os olhos fixos em um ponto invisível no chão.
“Talvez devêssemos deixá-la ir,” Kael finalmente disse, quebrando o silêncio. “Assim, ficaria longe de nós e… dessa ligação.”
Aiden parou de andar, os olhos fixando-se em seu irmão com uma mistura de confusão e raiva. “Deixar ela ir? Depois de tudo isso? Ela é a nossa luna, Kael. Não importa o quanto tentemos resistir, essa ligação existe, e não vamos conseguir ignorá-la.”
Kael suspirou, esfregando a nuca, claramente incomodado. “Mas não podemos dividir uma luna, Aiden. É insano. E é exatamente isso que os deuses estão exigindo de nós. Como podemos aceitar isso?” Ele desviou o olhar, a voz carregada de frustração. “Precisamos de uma solução. Precisamos quebrar essa ligação de alguma forma.”
Após alguns instantes de reflexão, Aiden falou, a voz calma e determinada. “Há um sacerdote que dizem saber dos rituais mais secretos, aqueles que nem mesmo nós ousamos mencionar. Talvez ele saiba o que fazer.”
Kael assentiu, seus olhos voltando a brilhar com uma centelha de esperança e decisão. “Então, vamos procurá-lo.”
...****************...
Enquanto isso, na mansão de sua família, Aliya enfrentava outro tipo de tormento. Assim que entrou pela porta, foi recebida com olhares desaprovadores de sua madrasta e irmã. Elas a cercaram, lançando palavras duras e frias.
“Você acha que é melhor do que todos nós, Aliya?” a madrasta começou, com uma voz gélida. “Saindo como uma fugitiva, sem pensar nas consequências para a sua família?”
Aliya tentou se defender, mas suas palavras foram cortadas. Cada comentário mordaz da madrasta e da irmã a afetava mais do que ela gostaria de admitir. Cansada e magoada, ela subiu para o quarto e trancou a porta, tentando afogar a raiva que sentia. Deitou-se na cama, e os pensamentos a atormentavam. Queria estar em qualquer outro lugar, longe daquele ambiente sufocante.
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Atualizado até capítulo 48
Comments
Ester
idiota eles te odeiam te menosprezam te diminuem e quer ser tábua de salvação deles e tem dois destinados que não te aceitam só por ser ômega Affff manda tudo ao demônio e some vai viver sem culpa e ser feliz
2025-03-18
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Julia Santos
bem bem tão idiota bobona kkkk
isso ainda è pouco tem pena è infeliz por isso que se lasca e bonito
è tratada como lixo ninguém se importa com vc è vc fica como a mosca morta
2025-03-11
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Mônica Wachholz
existe um laço de companheirismo gente ela não pode fugir disso
2025-03-08
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