O mistério só parecia se aprofundar ainda mais. O símbolo e o nome "A Ordem da Espiral" me seguiam como sombras, e, embora eu soubesse que estava me metendo em algo perigoso, a curiosidade crescia de forma irresistível, algo que eu não conseguia controlar. Naquela mesma noite, sozinho no meu apartamento eu me peguei pensando, não consegui evitar relembrar cada detalhe do que o barista havia dito.
Despejei um pouco de café em uma caneca, tentando focar nos fragmentos de informação que eu tinha recolhido, enquanto as perguntas continuavam a se acumular na minha mente. Quem era o homem da nota? Como ele sabia tanto sobre mim? E, mais importante, o que exatamente representava aquele símbolo estranho? Precisava encontrar respostas, mas era um tipo de investigação que não era comum para mim. Sempre lidei com fatos concretos, com coisas reais; nunca tinha me deparado com algo tão... oculto e misterioso.
Decidi que a internet seria o melhor lugar para começar a fazer minhas pesquisas. Após algumas horas pesquisando sobre símbolos, sociedades secretas e qualquer coisa que pudesse me direcionar a "A Ordem da Espiral", minha cabeça estava a mil. A maioria das informações era vaga, um monte de teorias conspiratórias que não levavam a lugar algum. Mas, então, encontrei uma imagem que me paralisou: o símbolo era exatamente o mesmo que eu havia visto naquela manhã.
Uma comunidade pequena, obscura, estava discutindo o símbolo em um fórum antigo. As conversas ali pareciam fragmentadas, como se os usuários falassem por códigos. A palavra "iniciação" era mencionada repetidamente, junto com "revelação" e "sacrifício". Meu estômago embrulhou. Cada vez mais, aquilo me parecia uma armadilha cuidadosamente construída, uma teia de segredos dos quais eu não tinha a menor ideia de como escapar.
Foi então que percebi que não estava sozinho. O silêncio do apartamento se transformou em um campo carregado de energia, e os ruídos comuns — o zumbido da geladeira, o tic-tac do relógio — tornaram-se opressores. Tentei me convencer de que era apenas minha mente pregando peças, mas uma sensação de ser observado tomou conta de mim. O frio na espinha me dizia que algo estava... errado e que era para eu ficar atento.
Respirei fundo, tentando manter a calma, e olhei para a janela. As luzes da cidade piscavam lá fora, indiferentes ao meu medo, mas, na esquina escura da sala, uma sombra parecia diferente. Em um instante, achei ter visto uma figura ali, imóvel, me observando como quem não quisesse nada.
— Quem está aí? — Minha voz saiu firme, mas o coração batia acelerado demais.
Silêncio.
Avancei lentamente em direção, segurando qualquer coisa que pudesse servir como defesa. A sombra estava lá, mas, ao me aproximar, desvaneceu como névoa. Olhei para todos os cantos do apartamento, os nervos à flor da pele, mas não havia ninguém ali.
Voltei para o computador, mas era impossível me concentrar. As palavras "sacrifício" e "revelação" ecoavam na minha mente constantemente, enquanto minha atenção retornava à nota deixada pelo homem misterioso. "Eu já te conheço."
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Atualizado até capítulo 47
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